quinta-feira, 31 de julho de 2025

Igor Gadelha: Trump faz barulho com Lei Magnitsky para ofuscar tarifaço desidratado

 

Donald Trump usou aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes para ofuscar tarifaço sobre produtos brasileiros cheio de exceções



Do site Metrópoles:


Igor Gadelha

Após provocar tensão no governo Lula e no empresariado brasileiro ao recusar negociações prévias, o governo Trump oficializou nesta quarta-feira (30/7) um tarifaço com cerca de 700 exceções.

Na lista de produtos brasileiros excluídos da tarifa de importação de 50% imposta pelos Estados Unidos, estão artigos de aeronaves civis, veículos, suco de laranja, fertilizantes, celulose e donativos.

De importante mesmo, restaram como alvos do tarifaço a carne e café brasileiros, produtos que costumam ser bastante comprados pelos americanos — hoje, os EUA produzem apenas 1% do café consumido pela população.

A ordem executiva para o tarifaço e suas respectivas exceções, porém, só foi assinada por Donald Trump após o governo americano divulgar a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Reinaldo Azevedo – Alexandre de Moraes se agiganta como símbolo da soberania nacional; Lula reúne o governo

  Da Rádio BandNews FM:




Reinaldo Azevedo – Magnitsky contra Moraes: maior atentado da história à soberania do Brasil; a fascistada bolsonarista vibra

  Da Rádio BandNews FM:






Tarifaço que virou meio-tarifinho e o Magnitsky deturpado para ser aplicado contra Moraes: Poder ou desespero de Trump? Vídeo do Portal do José

 

 

Do Portal do José:


DAQUI PRA FRENTE A GEOPOLÍTICA ENTRA EM DEBATES SIGAMOS



terça-feira, 29 de julho de 2025

Richard Wolff: Com Trump, vemos a desmoralização do império...

 

Do Canal Manual do Rico, com o economista Richard Wolff:

 Richard Wolff revela com exclusividade o que está por trás de uma ameaça sem precedentes que pode atingir os EUA a qualquer momento. Neste vídeo impactante, você vai entender como a venda massiva de dólares pela China, a crise de confiança global e a ascensão dos BRICS estão levando os Estados Unidos para um cenário de crise econômica profunda. Prepare-se para descobrir os bastidores das guerras prolongadas, a fuga dos aliados dos EUA e a crescente desigualdade social dentro do país. O que ninguém está dizendo sobre a desvalorização acentuada do dólar e como isso pode afetar a sua vida diretamente. Richard Wolff faz um alerta urgente sobre o futuro do império americano e as consequências que o mundo pode enfrentar. Não perca este vídeo se você quer entender os rumos da economia global e se preparar para o pior. Deixe seu comentário, inscreva-se no canal e ative o sininho para não perder nenhuma atualização sobre a crise dos EUA e os impactos mundiais!




segunda-feira, 28 de julho de 2025

Ditatorialmente, Trump prepara nova base "legal" para justificar o injustificável tarifaço de 50% para produtos brasileiros

 

Do ICL Notícias:




Defender a democracia e fundar uma democracia eco-social, por Leonardo Boff

 

    "Atualmente, como poucas vezes na história, a democracia como valor universal e forma de organizar a sociedade está sob ataque. Há uma articulação mundial de grupos com muito poder e dinheiro que a negam em nome de propostas regressivas, autoritárias que beiram à barbárie."

COLUNISTAS ICL

Defender a democracia e fundar uma democracia eco-social

A democracia se sustenta sobre quatro pilastras: a participação, a igualdade, a inter-ação e espiritualidade natural

Atualmente, como poucas vezes na história, a democracia como valor universal e forma de organizar a sociedade está sob ataque. Há uma articulação mundial de grupos com muito poder e dinheiro que a negam em nome de propostas regressivas, autoritárias que beiram à barbárie.

A democracia, a partir de seus primórdios gregos, se sustenta sobre quatro pilastras: a participação, a igualdade, a inter-ação e espiritualidade natural.

A ideia de democracia supõe e exige a participação de todos os membros da sociedade, feitos cidadãos livres e não meros assistentes ou simples beneficiários. Juntos constroem o bem comum.

Quanto mais se realizar a participação, maior é o nível de igualdade entre todos. A igualdade resulta da participação de todos. A desigualdade, como, por exemplo, a exclusão de cidadãos pobres, negros, indígenas, de outra opção sexual, de outro nível cultural e outras exclusões, significa que a democracia ainda não realizou sua natureza. Por natureza ela é, nas palavras do sociólogo português Boaventura de Souza Santos (injustamente acusado) uma democracia sem fim: ela deve ser vivida na família, em todas as relações individuais e sociais, nas comunidades, nas fábricas, nas instituições de ensino (do primário à universidade), numa palavra, sempre lá onde seres humanos se encontram e se relacionam.

Com a participação de todos em pé de igualdade se cria a possibilidade da inter-ação entre todos, as trocas, as formas de comunicação livre até na maneira de comunhão, própria dos seres humanos com sua subjetividade, identidade própria, inteligência e coração. Assim, a democracia emerge como uma teia de relações que é mais do que o conjunto dos cidadãos. O ser humano vive melhor sua natureza de “nó de relações” num regime onde viceja a democracia. Ela comparece como um alto fator de humanização, vale dizer, de gestação de seres humanos ativos e criativos.

Por fim, a democracia reforça a espiritualidade natural e cria o campo de sua expressão. Entendemos a espiritualidade como é entendida hoje pela new science, pela neurociência e pela cosmogênese como parte da natureza humana. Ela não se confunde nem se deriva da religiosidade, embora essa pode potenciá-la. Ela possui o mesmo direito de reconhecimento como a inteligência, a vontade, a afetividade. Ela é inata no ser humano. Como escreveu Steven Rockefeller, professor de ética e filosofia da religião no Middlebury College em Nova York  em seu livro Spiritual Democracy and our Schools (2022): “a espiritualidade é uma capacidade inata no ser humano que, quando alimentada e desenvolvida, gera um modo de ser feito de relações consigo mesmo e com o mundo, promove a liberdade pessoal, o bem-estar, e o florescimento do bem coletivo”(p.10). Ela se expressa pela empatia, solidariedade, compaixão e reverência, valores fundamentais para o convívio humano e daí para a vivência em ato da democracia.

Estas quatro pilastras, no contexto atual do antropoceno (e suas derivações em necroceno e piroceno), no qual o ser humano surge como o meteoro ameaçador da vida em sua grande diversidade a ponto de colocar em risco o futuro comum da Terra e da humanidade, fazem da democracia sem fim, integral e natural seu antídoto mais poderoso. Sustento a mesma opinião de muitos analistas das atividades humanas com efeitos em escala planetária (a transgressão de 7 dos 9 limites planetários), que sem um novo paradigma, diverso do nosso que não inclui a espiritualidade natural, benigno para com a natureza e cuidador da Casa Comum, dificilmente escaparemos de uma tragédia ecológico-social que trará grandes riscos para a nossa subsistência neste planeta.

Daí a importância de combatermos frontalmente o movimento nacional e internacional da extrema direita que nega a democracia e se propõe destruí-la. Urge defender a democracia em todas as suas formas, mesmo aquelas de baixa intensidade (como a brasileira), caso contrário sucumbiremos.

Vale a sábia advertência de Celso Furtado em seu Brasil: a construção interrompida (1993): ”O desafio que se coloca no umbral do século XXI é nada menos do que mudar o curso da civilização, deslocar seu eixo da lógica dos meios, a serviço da acumulação num curto horizonte de tempo, para uma lógica dos fins, em função do bem-estar social, do exercício da liberdade e da cooperação entre os povos” (p.70). Essa reviravolta implica fundar uma democracia eco-social que nos poderá salvar.



Colabore com o Brasil: fora Eduardo Bolsonaro! Artigo de Ana Cláudia Laurindo, Pedagogoa e Cientista Social.

 

    "Eles buscam arrasar a terra para dominá-la e semear ditaduras, como por exemplo, as religiosas, que se autorizam a exterminar possíveis “hereges” sem culpa nem condenação social. Por isso, nossa militância de resistência é fundamental, mas precisamos de preparo para lidar com este momento político agressivo e cruel."


Por Ana Cláudia Laurindo, no Repórter Nordeste

Se você está dormindo e acordando com o nome, o rosto, a voz de Eduardo Bolsonaro ecoando em sua mente, saiba que a doença do caos infectou você.

Eduardo é filho de Jair Bolsonaro e filhote político do provocador de estrema direita Steve Bannon, que se vende como assessor político em sistemas de criação caótica, desde os Estados Unidos para todos os países onde focos golpistas se revelam interessados em promover a derrocada dos sistemas vigentes, para implantar ditaduras.

Se você descobre o mal também precisa conhecer o antídoto, e para sobreviver com saúde mental ao que estes articuladores do Hades semeiam, todos os dias precisamos tomar uma boa dose de contracultura. A criação de grupos saudáveis, como clubes de leitura, confrarias que mesclem cultura e lazer, e autocuidado podem ajudar a seguir em participações político-sociais sem declinar organicamente, emocionalmente.

Eles buscam arrasar a terra para dominá-la e semear ditaduras, como por exemplo, as religiosas, que se autorizam a exterminar possíveis “hereges” sem culpa nem condenação social. Por isso, nossa militância de resistência é fundamental, mas precisamos de preparo para lidar com este momento político agressivo e cruel.

Fortaleça sua sabedoria e colabore com o Brasil.

Reinaldo Azevedo: Ou se está com o Brasil e contra Bolsonaro ou se está com Bolsonaro e contra o Brasil

 

Da Rádio BandNews FM:




O ataque da Casa Branca e a traição interna: Brasil entre o cerco internacional e o sabotador doméstico. Artigo de Elisabeth Lopes, advogada e pedagoga

 

O Brasil enfrenta não apenas uma crise diplomática e econômica, mas uma grave tentativa de desestabilização política e institucional


    Donald Trump e Lula (Foto: Reuters | ABR)


247. - O Brasil está sob ataque de um imperialismo em crise, num mundo que já não comporta mais o unilateralismo. Não há retorno viável ao domínio decadente dos Estados Unidos sobre os demais países. A tentativa de minar a soberania das potências emergentes, especialmente por meio da apropriação de reservas estratégicas de minerais, como o nióbio, o lítio e as chamadas terras raras, das quais o Brasil detém 25% das reservas mundiais e de enfraquecer os mecanismos nacionais de proteção frente aos interesses das Big Techs, que manipulam a autodeterminação das subjetividades, revela a nova face do conflito geopolítico global. Além disso, o impacto da influência dos Brics no cenário mundial e a crescente projeção do Brasil nessa organização desafia a hegemonia estadunidense. Como agravante, de acordo com o jornalista Jamil Chade, do site Vero Notícias, análises da inteligência brasileira apontam para suspeitas crescentes de que estejam em curso ações estratégicas de desestabilização do governo Lula, supostamente articuladas pela CIA com o aval da Casa Branca. Trata-se, ao que tudo indica, de uma tentativa de preparar o terreno político para a eleição de 2026, favorecendo a ascensão de um aliado fiel aos interesses de Washington. O conjunto desses fatores estão entre as subjacentes razões das ameaças de Trump, como símbolo da tentativa de reimpor a lógica de supremacia americana.

Nessa perspectiva, o desumano, inelegível e antipatriota, que agora apela, em tom de clemência, com um choro ensaiado é apenas um instrumento da política de sanções promovidas por quem se considera o mais temido líder global. No entanto, a chantagem trumpista ao usar Bolsonaro como desculpa teve um efeito colateral imprevisto: serviu para unir o povo brasileiro no repúdio à mesquinhez da família que, ao longo dos anos, saqueou os cofres públicos com golpes que variam do vulgar ao abjeto, culminando na tentativa de colocar em risco a integridade soberana do próprio país.

Nesses tempos turbulentos, o Brasil tem girado em torno de consertar os efeitos dos problemas causados pelos desvarios cometidos por Trump e seus auxiliares: Bolsonaros e asseclas. Esses impropérios têm sobrecarregado o Poder Judiciário na defesa da constitucionalidade e o Poder Executivo que além de ocupar-se com a reconstrução do que foi deliberadamente destruído durante o desgoverno de Jair Messias, está envolvido com as negociações para evitar as consequências nocivas à economia brasileira, caso vigore o tarifaço.

A onda bolsonarista estimulou a eleição de parlamentares substancialmente desqualificados, à imagem e semelhança de Bolsonaro e de seus filhos que vivem dos cargos públicos, sem oferecer nenhuma contribuição legislativa digna. São figuras beligerantes, despreparadas e abusivamente oportunistas em favor de causas que os beneficiem exclusivamente. Elegem-se com discursos populistas, mas defendem causas corporativistas do mercado, omitindo propositalmente a realidade do país em meio à profunda desigualdade social perpetuada por um sistema econômico concentrador de renda a partir de uma herança escravocrata e latifundiária, de uma educação desigual marcada pela exclusão, de um modelo tributário injusto fortalecido pela submissão do poder político ao poder econômico. 

Esses políticos da extrema direita e direita fisiologista exploram a ingenuidade de pessoas em situação de desamparo. Em vez de oferecerem políticas públicas concretas que possam melhorar a vida dessa população, fazem promessas vazias, reforçando um ciclo de alienação. Instalados no Congresso, utilizam seus mandatos para desviar recursos públicos em favor de interesses próprios. Patrocinados pelas máfias corporativas interessadas em angariar vantagens pra si, atuam em detrimento das demandas populares e do desenvolvimento estrutural do país.

As consequências do desserviço criminoso provocado pelo clã detrator da nação junto ao governo Trump ameaçam a estabilidade econômica do país, o cerne de uma variedade de setores produtivos e o emprego de milhares de trabalhadores estão sob risco. O cenário é complexo pela proporção dos prejuízos que podem advir, se a alíquota de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos perseverar ao que tudo indica, uma vez que, nenhuma resposta foi dada ao governo brasileiro acerca das duas cartas de negociações enviadas ao governo americano em 16 de maio e na semana passada, entre outras tratativas. Restam poucos dias até a validação do tarifaço, e não há qualquer indício de recuo nas sanções.

Essa química deletéria entre os extremistas da direita brasileira e americana uniu o útil ao oportunismo imperialista. De um lado um governo estrangeiro autoritário, intervencionista e interessado em tirar vantagens inescrupulosas por meio de chantagens descabidas, de outro um país que tem vivido sob tensionamentos desde o impeachment da presidente Dilma, atravessado por seis anos de governos liberais de Michel Temer e Jair Bolsonaro, e por um congresso composto majoritariamente por parlamentares da extrema direita de perfil fascista e de uma direita que oscila de lado conforme conveniências utilitárias.

O impacto potencial dessas sanções não pode ser subestimado. Os Estados Unidos representam um destino estratégico para exportações brasileiras, e uma interrupção brusca nesse fluxo comercial pode causar dificuldades econômicas expressivas para o país que, apesar da alta taxa Selic de 15%, a segunda maior do mundo, inferior apenas a da Turquia com 14,4%, vinha apresentando índices de crescimento surpreendentes diante das previsões.

Diante das dificuldades, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad reafirmou o compromisso do governo brasileiro em manter-se à mesa de negociação. Segundo ele, não há justificativas técnicas ou políticas para a imposição de sanções ao Brasil. O governo também está construindo um plano de contingenciamento em relação às empresas mais afetadas para que os prejuízos sejam minorados. Soma-se a essa medida, os inúmeros encontros do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin, com setores atingidos pelo tarifaço.

Esses esforços têm sido massivos e envolvem também uma comitiva multipartidária composta por oito senadores que viajarão a Washington para esclarecer os parlamentares americanos sobre os riscos das sanções para ambos os países. Porém, Eduardo Bolsonaro ao saber dessa iniciativa fez nova investida tentando influenciar os parlamentares americanos a não receberem a comitiva. Mais do que isso: declarou nas redes sociais que a iniciativa está “fadada ao fracasso” e que “não há sequer início de discussão sem anistia ampla, geral e irrestrita”. A postura nefasta e de traição aos interesses do Brasil dessa figura pretenciosa e abominável passou dos limites.

Nesta semana, com o encerramento de sua licença parlamentar, o deputado que pretende permanecer nos Estados Unidos, solicitou ao Partido Liberal apoio para manter-se no mandato. Entre as alternativas, os aliados aventaram a possibilidade de Eduardo ser convidado para um cargo no Executivo estadual com exercício no Exterior. Essa artimanha permitiria a ele renovar a licença parlamentar para o exercício no novo cargo. 

A desfaçatez tem sido a tônica desses extremistas. Eduardo Bolsonaro dobrou a aposta contra o ministro Alexandre de Moraes, afirmando, em uma live, que pretende tirá-lo do Supremo Tribunal Federal. E como se não bastasse, expressou que os presidentes das duas casas do Congresso Nacional, também estão no radar de Trump. 

Há também, a tentativa de atribuir ao governo Lula a culpa pelas sanções impostas por Trump com a alegação de que existe um distanciamento do governo brasileiro em relação ao governo trumpista. A atuação, principalmente, do partido liberal é marcada pela permanente lesão à verdade. Nas últimas semanas, o partido tem feito investimentos pesados em produção de fake news com o fim de confundir a opinião pública sobre a verdadeira origem das sanções.

Em 21de julho, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, à revelia do recesso parlamentar, realizou uma reunião emergencial na Câmara para planejar estratégias após a operação da Polícia Federal contra o réu Bolsonaro. A reunião foi um fracasso, reunindo apenas 28 deputados e dois senadores. Nesse dia, num ato de submissão ao governo americano, ostentaram um cartaz nas dependências da Câmara de deputados, com o slogan de Trump Make America Great Again. Apesar dessas provocações do PL o recesso foi mantido pelo deputado Hugo Motta. Porém resultou mais uma vez numa articulação encenada pelo réu Bolsonaro à Suprema Corte com o fim de criar constrangimento às últimas medidas cautelares impostas a ele. Bolsonaro continua esticando a corda ao máximo com o objetivo de mobilizar manifestações contrárias às decisões da justiça por meio dos velhos argumentos de perseguição política, de censura à liberdade de expressão.

Diante do descumprimento das medidas cautelares impostas pela Primeira Turma do STF, o ministro Alexandre de Moraes convocou a defesa de Bolsonaro. Seus advogados alegaram que ele “não teve a intenção de desobedecer” às ordens judiciais. Embora houvesse especulação sobre sua prisão, Moraes, com cautela e estratégia, decidiu não decretar a prisão, por ora.

Enquanto a extrema direita esperneia em suas tramas corrosivas, o presidente Lula segue o caminho oposto. Participou, no Chile, do encontro “Democracia Sempre”, ao lado dos presidentes da Colômbia, Espanha e Uruguai O evento abordou temas centrais como a defesa da democracia e do multilateralismo; o combate às desigualdades; e o enfrentamento à desinformação digital. Após o encontro, Lula referiu: “Neste momento em que o extremismo tenta reeditar práticas intervencionistas, precisamos atuar juntos. A defesa da democracia não cabe somente aos governos. Requer participação ativa da academia, dos parlamentos, da sociedade civil, da mídia e do setor privado”. 

A poucos dias do desfecho da ameaça da tarifa arbitrária sobre o Brasil, tomou conta da mídia americana e internacional o escândalo envolvendo Donald Trump no caso Jeffrey Epstein, bilionário acusado por tráfico sexual de menores, condenado e morto em 2019. Trump está na lista de Epstein. Esse episódio está mexendo com os nervos de Trump. Resta saber se essa fúria sobrará para mais retaliações em tarifaços aos países na tentativa de distrair a atenção de sua associação a Epstein. 

Essas suspeitas, somadas às revelações de possíveis ganhos financeiros indevidos por investidores com acesso privilegiado a anúncios tarifários dá para depreender em que terreno movediço pisam os países nas tentativas de negociações econômicas com o país governado por essa figura grotesca, marcada por tantas suspeitas e por atos reais de chantagem que imprime ao Brasil para liberar um réu sobre o qual perduram provas robustas de tentativa de ruptura do Estado de Direito. Réu que acumula outros atos infames e cruéis: contra a vida dos brasileiros na pandemia, contra o meio ambiente, fraude nos seus registros de vacinação contra a covid-19, ganhos com a venda de joias presenteadas ao país, ataques ao processo eleitoral, criação da Abin paralela, do gabinete do ódio, aparelhamento das instituições, entre outras ilegalidades. 

Diante de tantos elementos que se sobrepõem, das ameaças externas às traições internas, da ingerência norte-americana às manobras do clã Bolsonaro, fica evidente que o Brasil enfrenta não apenas uma crise diplomática e econômica, mas uma grave tentativa de desestabilização política e institucional. O tarifaço imposto por Donald Trump representa mais do que uma retaliação comercial, é a expressão de um imperialismo que se recusa a aceitar a emergência de um novo protagonismo internacional, especialmente de países do Sul Global organizados em blocos como os BRICS. Enquanto isso, no plano interno, figuras como Eduardo Bolsonaro seguem operando como elos desse projeto imperialista, sabotando ações do governo brasileiro, traindo o próprio país em nome de interesses pessoais. A tentativa de desqualificar as instituições democráticas e enfraquecer a soberania nacional não é apenas um ataque político é uma afronta ao país. Ainda assim, a resposta da sociedade brasileira tem sido vigorosa, inclusive apoiada pelos senadores americanos opositores ao governo Trump. A união de diferentes setores em torno da legalidade, do multilateralismo e dos princípios democráticos indica que, há resistência. O governo brasileiro, embora ameaçado age de modo propositivo e soberano.

Derrotar e deslegitimar o bolsonarismo para salvar a Democracia. Artigo de Aldo Fornazieri, Professor da Fundação Escola de Sociologia e Política e autor de "Liderança e Poder"

 

O bolsonarismo trata as forças democráticas, progressistas e de esquerda como inimigas. Quer destruí-las. Age na democracia para destruir a democracia.

    Donald Trump e Jair Bolsonaro foram alvos dos manifestantes (Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil)


Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o nazismo e o fascismo não só foram derrotados, mas foram também deslegitimados. A derrota foi em vários campos. A vitória das forças aliadas ocidentais e da União Soviética no front do Leste implicou numa derrota militar avassaladora ao Eixo constituído pela Alemanha, Japão e Itália. A derrota foi de tal ordem que as ideologias que buscavam legitimar esses regimes ficaram sem sustentação política e militar.

O processo de deslegitimação foi catapultado, principalmente, pela divulgação mundial das atrocidades que esses regimes cometeram contra inimigos externos e também contra populações e oposições internas. O Holocausto e as atrocidades ali praticadas foram o ponto mais alto da barbárie daqueles projetos políticos e ideológicos.

A condenação internacional dos crimes de guerra teve no Tribunal de Nuremberg um repúdio em nome do Humanismo e dos valores civilizacionais. Essa condenação estabeleceu uma interdição política, ideológica e moral ao nazismo e ao fascismo em, praticamente, todos os países do mundo, mesmo com as suas diferentes ideologias e diferentes sistemas e formas de governo.

Na esteira desse processo, nas democracias ocidentais, se fortaleceu um consenso de que era necessário garantir direitos aos trabalhadores, inclusão e bem-estar. Esse entendimento foi sacramentado na ideia e na construção do Estado de bem-estar social.

Com essa deslegitimação do nazismo e do fascismo, essas ideologias não morreram, mas submergiram por décadas, sofrendo até mesmo interdições legais. No final do século XX, já existiam sinais de seu ressurgimento através de organizações e agrupamentos extremistas de direita. Mas foi no início do século XXI que esses agrupamentos se tornaram mais assumidos, mais explícitos e mais ativos em disputas políticas, ideológicas e eleitorais. Quer dizer: buscaram relegitimar-se em diversas partes do mundo. Se afirmaram com mais força e ousadia nas democracias ocidentais.

Donald Trump, Bolsonaro, Viktor Orbán, Bukele, entre outros, se tornaram expressões públicas, partidárias e eleitorais mais conhecidas de uma série de grupos, partidos, movimentos, formuladores e ativistas dessas ideologias que assumiram várias formas matizadas. Hoje trabalham para construir articulações mundiais, buscando maior coerência, unidade e eficácia. Muitos analistas e pensadores foram surpreendidos por esse ressurgimento, pois, com a queda da União Soviética, acreditava-se que as democracias liberais estavam garantidas indefinidamente e que aquelas ideologias extremistas estavam mortas.

O Brexit, a vitória de Trump, de Bolsonaro, entre outros, e o fortalecimento dos partidos de extrema-direita em vários parlamentos são, não apenas fatos perturbadores, mas sinais de que existe uma crise profunda e de que o mundo está transitando de uma era política para outra, sem que esse futuro tenha qualquer garantia de seu desenho, de seu conteúdo e de sua forma. É aquela velha advertência de Antonio Gramsci: “o velho está morrendo e o novo ainda não pode nascer”.

Hoje existe uma batalha campal pelo domínio do novo período civilizacional. Ela envolve várias frentes: valores, ideologias, tecnologias, mercados, influências, corrida espacial, Big Techs, comida, água, rios, mares, florestas, terras raras, ecologia, metahumanismo, genética, biopolítica etc. As forças que estão nessa guerra campal ainda estão se alinhando, definindo seus rumos, suas armas, suas estratégias.

No trânsito do século XX para o século XXI não ocorreu apenas o colapso da União Soviética e uma crise do marxismo e das esquerdas. A democracia liberal também entrou em crise. O neoliberalismo foi uma tentativa de resposta, um epifenômeno da crise do liberalismo. O neoliberalismo provocou uma tensão extrema da democracia liberal, testando os seus limites.

Muitos analistas de esquerda afirmam que a emergência da extrema-direita se deve à crise do neoliberalismo. Mas não é só isso: é também o resultado da incapacidade do liberalismo e das esquerdas promoverem saídas para a crise das democracias. Incapacidade de oferecer soluções para os desafios ecológicos, econômicos, sociais, políticos, culturais e tecnológicos. A extrema-direita ressurgiu nas brechas, nas fendas deixadas pela ausência dessas alternativas, dessas incapacidades de renovar a democracia, os direitos, a igualdade e a liberdade.

Em 2022, o bolsonarismo sofreu uma derrota eleitoral, mas não política. O mesmo ocorreu com Trump quando foi derrotado por Biden. Nem os Democratas nem o sistema judiciário norte-americano se dispuseram a derrotar política e ideologicamente e a punir Trump e o trumpismo, mesmo com os acontecimentos trágicos da invasão do Capitólio.

No Brasil, a tragédia negacionista da pandemia, o golpismo recorrente de Bolsonaro durante seu governo e a tentativa explícita de golpe no final de 2022 e início de 2023 não estimularam as forças democráticas e progressistas a deslegitimar o bolsonarismo. Apenas o STF agiu com firmeza com o objetivo de derrotar o golpismo. O preço dessa inação dos democratas e progressistas é a permanência do bolsonarismo como força política significativa na disputa política e eleitoral.

Mas agora, com a traição e com a chantagem que a família Bolsonaro e os bolsonaristas estão promovendo contra o Brasil, estimulando o tarifaço de Trump, surge uma ocasião extraordinária para derrotar politicamente o bolsonarismo e deslegitimá-lo moralmente. O bolsonarismo não é uma força de direita que possa ser tratada como adversária no âmbito do jogo democrático. O bolsonarismo precisa ser tratado como uma força inimiga, que precisa ser derrotada e deslegitimada.

O bolsonarismo trata as forças democráticas, progressistas e de esquerda como inimigas. Quer destruí-las. Age na democracia para destruir a democracia. É inimigo da ordem republicana e democrática. É inimigo do STF porque, hoje, ele é o pilar fundamental da garantia do Estado de Direito e da Constituição. Quer derrubar e, se possível, eliminar os ministros do STF que são os mais ativos no combate ao golpismo.

Vivemos numa conjuntura em que não é possível impor uma interdição legal ao bolsonarismo e ao extremismo de direita. Mas é possível impor uma derrota política e uma deslegitimação moral, reduzindo sua influência na sociedade e seu espaço de manobra no meio político. É esta a ocasião que a traição e a chantagem dos bolsonaristas, associados ao tarifaço punitivo e ilegítimo de Trump, oferecem. A omissão nessa tarefa pode custar caro às forças progressistas e à democracia.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política e autor de "Liderança e Poder".

domingo, 27 de julho de 2025

Bob Fernandes: Trump segue atacando, França já trabalha com o PIX, e grandes inimigos do Brasil estão... no Brasil

 

Do Canal do analista política Bob Fernandes:




UOL - Revista The Economist chama tarifaço de 'chocante agressão de Trump ao Brasil'

 

Do UOL:

A revista americana The Economist publicou uma reportagem, na quinta-feira (24), chamando o tarifaço dos EUA contra o Brasil de "chocante agressão de Trump" ao país.





Reinaldo Azevedo – Os pistoleiros pró-império: o truque de um eventual adiamento das tarifas em troca das terras raras

 

Da Radio BandNews FM:




Analista internacional Lourival Sant'anna, na CNN: Trump, por cobiça, deve anunicar mais retaliações ao Brasil

 

Da CNN Brasil:

Após o anúncio do presidente Donald Trump de tarifas de 50% aos produtos brasileiros, o republicano deve anunciar mais retaliações ao Brasil na próxima semana. A informação foi apurada pelo analista de Internacional Lourival Sant’Anna.



Desmascarando - BOMBA: CNN VAZOU PLANO DE TRUMP PARA O BRASIL, DOMINAÇÃO DOS MINERAIS, FIM DO PIX EDM FAVOR DOS BANCOS AMERICANOS E BOLSONARO COMO FANTOCHE INTERVENTOR

 

Do Canal Desmascarando




sexta-feira, 25 de julho de 2025

Portal do José: FALHOU! AMEAÇA RIDÍCULA DOS LESA-PÁTRIA MOSTRA BOLSONARO PERTO DA CADEIA! INCRÍVEL: JN DENUNCIA TRUMP! LULA REAGE

 

Do Portal do José:

25/07/25 - ACERTAMOS AS PREVISÕES DESCRITAS NO PROGRAMA ANTERIOR ABAIXO: "MEU ENTENDIMENTO É QUE MORAES NÃO DETERMINARÁ PRISÃO PREVENTIVA, CONTINUA VALENDO. MORAES NÃO CAIU NA ARMADILHA! BOLSONARO LONGE DAS REDES E COM TORNOZELEIRA. MAS CONTINUA A TENTAR A DECRETAÇÃO DE UMA PRISÃO PREVENTIVA! QUER SE APRESENTAR COMO VÍTIMA VEM MAIS AÍ" SIGAMOS.



UOL: Com o apoio de 40 países, Brasil prova que não está sozinho contra tarifas de Trump em atitude política na OMC | Jamil Chade

 

 Do UOL:

O colunista do UOL Jamil Chade fala da ação do Brasil durante reunião da OMC (Organização Mundial do Comércio) nesta quarta-feira.



quinta-feira, 24 de julho de 2025

Portal do José: O TONTO FOGO "AMIGO"! DIREITA QUER BOLSONARO NA CADEIA JÁ! DOIDÃO, MALA ATACA AGRO! SADI: QUE ESGOTO É ESSE?

 


Do Portal do José:

23/07/25 - MALA ATACA PRA TODO LADO! MEU ENTENDIMENTO É QUE MORAES NÃO DETERMINARÁ PRISÃO PREVENTIVA. HOJE DARÁ NOVA DECISÃO DE MORAES SOBRE O FUTURO DO BANDIDO-MOR. BOLSONARO LONGE DAS REDES E COM TORNOZELEIRA. MAS CONTINUA A TENTAR A DECRETAÇÃO DE UMA PRISÃO PREVENTIVA! QUER SE APRESENTAR COMO VÍTIMA VEM MAIS AÍ



UOL: Bloqueio de contas de Eduardo Bolsonaro saiu barato pelo que ele fez contra o Brasil | Leoardo Sakamoto

 

Do UOL:

O bloqueio das contas pelo STF da esposa de Eduardo Bolsonaro, Heloísa Bolsonaro, acabou saindo barato pela traição ao país que o deputado federal cometeu, disse o colunista Leonardo Sakamoto na edição do UOL News da tarde de hoje, no Canal UOL.







terça-feira, 22 de julho de 2025

Portal do José: SEM VOLTA! BOLSONARO: RISCO DE PRISÃO IMINENTE! FUX: O DESLEAL NO STF! CRIME: NOVO CARGO A BANANA BOZO?

 

Do Portal do José:

22/07/25 - HOJE TEM NOVA DECISÃO DE MOIRAES SOBRE O FUTURO DO BANDIDO-MOR. BOLSONARO LONGE DAS REDES E COM TORNOZELEIRA. MAS CONTINUA A TENTAR A DECRETAÇÃO DE UMA PRISÃO PREVENTIVA! QUER SE APRESENTAR COMO VÍTIMA VEM MAIS AÍ SABOTADORES E TRAIDORES DA PÁTRIA TERÃO O QUE MERECEM: A LEI EA REPUGNÂNCIA DO PAÍS. SIGAMOS.



PL e bancada bolsonarista: A oposição CONTRA o Brasil

 

    Em uma das cenas mais deploráveis já vistas na Câmara dos Deputados, deputados da Oposição que estiveram hoje na Casa estenderam uma faixa em aopoio ao presidente dos Estados Unidos, que taxou os produtos brasileiros em 50%. Além de estampar o nome de Trump, a faixa tinha também o slogan do governo norte-americano “Make America great again” (Faça a América grande novamente).

Do ICL:


Política

OPOSIÇÃO CONTRA O BRASIL

Deputados protagonizaram vexame

Em uma das cenas mais deploráveis já vistas na Câmara dos Deputados, deputados da Oposição que estiveram hoje na Casa estenderam uma faixa em aopoio ao presidente dos Estados Unidos, que taxou os produtos brasileiros em 50%. Além de estampar o nome de Trump, a faixa tinha também o slogan do governo norte-americano “Make America great again” (Faça a América grande novamente).

O gesto aconteceu depois da decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de proibir a realização de reuniões de comissões que tinham o objetivo de apoiar Jair Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal.

A decisão de Motta, que suspendeu as sessões deliberativas que seriam comandadas por parlamentares do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi tomada momentos antes da realização de um das sessões, que tinha na pauta moções de apoio político ao ex-presidente. Jair Bolsonaro deveria comparecer à sessão, mas desisitiu.

Mesmo com o cancelamento, deputados da oposição estiveram na Câmara e, em sinal de protesto, estenderam a tal faixa em apoio a Trump, o que gerou reações negativas entre os próprios presentes.

A proibição foi oficializada por meio de ato publicado no Diário Oficial da Câmara. Hugo Motta justificou a medida em razão de obras em andamento na sede legislativa e reiterou que atividades parlamentares estariam suspensas durante o chamado “recesso branco”. Apesar disso, aliados de Bolsonaro insistiram em convocar sessões das comissões que presidem.

Durante uma coletiva organizada após a suspensão das sessões, os deputados Sargento Fahur (PSD-PR) e Delegado Caveira (PL-PA) ergueram uma bandeira dos Estados Unidos em homenagem a Donald Trump. O gesto gerou incômodo, com alguns parlamentares pedindo a retirada da bandeira. “Tira essa bandeira daqui”, reagiu um deputado.

Questionado sobre o episódio, o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), presidente da Comissão de Segurança Pública, negou constrangimento, mas justificou a retirada: “Não é o foco aqui hoje”. Ele ainda comentou que ações de Trump seriam uma reação à diplomacia do governo Lula: “Um trabalho ruim recebe a resposta da comunidade internacional”.

Oposição

Placa com o nome de Jair Bolsonaro, que deveria ir à reunião de comissão na Câmara (Foto: Rede social)

Oposição tenta manter reuniões das comissões

Mesmo com a proibição oficial, um grupo da Comissão de Segurança Pública se reuniu informalmente e exibiu uma placa com moção de apoio a Bolsonaro. “É uma decisão que nos impede de expressar nossa opinião”, declarou Bilynskyj, alegando que havia quórum para a reunião.

Filipe Barros (PL-PR), presidente da Comissão de Relações Exteriores, afirmou que a oposição pretende mobilizar sua base fora do Congresso. “Apesar do recesso branco, não teremos descanso. Vamos às nossas bases conversar com a militância e convocar manifestações nas ruas”, disse.

Além da bandeira de Trump, outro ponto de tensão foi o uso de uma placa com o nome de Jair Bolsonaro durante a coletiva. O item foi levado por aliados liderados pelo deputado Zucco (PL-RS), mas gerou preocupação entre alguns colegas.

O General Pazuello (PL-RJ) expressou receio de que o ato pudesse prejudicar Bolsonaro. “Não coloca placa do Bolsonaro, ele já está exposto demais”, alertou. Segundo ele, o uso do nome poderia dar a entender que o ex-presidente estava presente, o que não ocorreu.

Portal do José: HORAS DECISIVAS! BOLSONARO "CAVA" PRISÃO PREVENTIVA! FUX: VOTO ABSURDO LEVANTA SUSPEITAS! NETO DO DITADOR QUER VOLTAR VOANDO EM UM "PICASUS"?

 


Do Portal do José:

22/07/25 - BOLSONARO LONGE DAS REDES E COM TORNOZELEIRA. MAS CONTINUA A TENTAR A DECRETAÇÃO DE UMA PRISÃO PREVENTIVA! QUER SE APRESENTAR COMO VÍTIMA VEM MAIS AÍ SABOTADORES E TRAIDORES DA PÁTRIA TERÃO O QUE MERECEM: A LEI EA REPUGNÂNCIA DO PAÍS. SIGAMOS.



Reinaldo Azevedo: Não se espantem se Bolsonaro for preso na 4ª por descumprimento judicial. E o voto vergonhoso de Fux

 

Da Rádio BandNews FM:




Da humilhação (imperialista) como nova violência institucional, por José Sócrates, ex-Primeiro ministro de Portugal, sobre os ataques de Donald Trump ao Brasil e ao mundo

 

A ameaça feita pelos Estados Unidos à soberania do Brasil é tão injusta que não deixa alternativa que não seja o seu enfrentamento


José Sócrates
José Sócrates

Primeiro-ministro de Portugal, de 2005 até 2011

COLUNISTAS ICL

Da humilhação como nova violência institucional





Primeiro ponto: os Estados Unidos são hoje uma potência sem controle. Difícil imaginar pior. A nação mais poderosa do mundo tem hoje uma política externa dominada pela imprevisibilidade, pelo capricho e pela vaidade do seu presidente. Uma das culturas políticas mais admiradas no mundo ocidental foi repentinamente substituída pela anarquia institucional e pela retórica da humilhação dos outros países. O prestígio americano nunca foi tão baixo. A crise do ocidente é também a crise da sua liderança.

Segundo ponto: a ameaça feita pelos Estados Unidos à soberania do Brasil é tão injusta, tão repulsiva e tão humilhante que não deixa alternativa que não seja o seu enfrentamento. Mais ainda: o que qualquer país decente espera é que, nestes momentos críticos, governo e oposição se unam perante uma humilhação externa completamente injustificada. A atitude da oposição, que se colocou contra os interesses do seu próprio país, foi um suicídio político.

Terceiro ponto: o presidente e o governo brasileiro têm gerido muito bem a crise política. Sublinhando o óbvio: entre o Brasil e os Estados Unidos, o déficit comercial é em favor do segundo; os assuntos de justiça doméstica são matéria de soberania nacional. O caso brasileiro tem sido apresentado com sobriedade e sem retóricas inflamadas. Não há humilhação sem humilhados: a resposta do Brasil, firme, mas contida, colocou o mundo do seu lado. Repito: o governo está indo muito bem, a oposição muito mal.

Quarto ponto: não, não concordo com o mandato de buscas e apreensão a casa do antigo presidente Bolsonaro nem com a coação de uso de tornozeleira eletrônica. Acho que foi um ato fútil de retaliação. Um ato impróprio de um poder judicial que deve, mais do que os outros, ter um comportamento moderado e contido. Mais: foi um ato condenável de humilhação. Como se o moderno monopólio do uso legitimo da força tivesse sido substituído pelo monopólio do uso (ilegítimo) da humilhação. Como se a violência institucional não se dirigisse mais ao corpo, mas ao rosto. Como se o poder disciplinar tivesse sido substituído pela vulgaridade da humilhação pública. Somos sensíveis à violência, somos sensíveis às injustiças, mas quase nos tornamos indiferentes às humilhações. E, no entanto, a história do mundo mostra-nos a poder diabólico do ressentimento. O nosso dever é não permitir uma sociedade da humilhação, em particular contra os nossos adversários políticos. Porque, justamente por serem nossos adversários, temos para com eles um dever especial — e é por essa razão que estou a escrever estas linhas.

Quinto ponto: os Estados Unidos decidiram escalar, em vez de conversar. O ministro dos Negócios Estrangeiros americano, Marco Rubio, insiste na tentativa de humilhação e cancela o visto de entrada ao juiz Alexandre de Moraes, colocando de novo toda a nação brasileira ao lado do seu juiz. Sempre a tentação do bruto: quando desafiado, deixa de pensar. Mas não há humilhação sem humilhados: a humilhação exige o silêncio do humilhado e o Brasil não aceita, o Brasil reage, o Brasil enfrenta. A atitude é tão repugnante que tem ressonância mundial — já ninguém no mundo leva este governo americano a sério.

Finalmente: visto de fora, Lula da Silva (é justo referir também o comportamento impecável do vice-presidente Alckmin) parece ser o único estadista na sala. Os estarolas americanos parecem querer decidir a eleição presidencial brasileira logo no primeiro turno.


Ação trumpista contra Brasil sai pela culatra, diz o The Washington Post

 

Do Jornal GGN:

EUA usa tarifaço para interferir na justiça e na economia brasileira, mas estratégia dá força para Lula defender a soberania nacional


Foto: Ricardo Stuckert/PR

A estratégia de Donald Trump em tarifar as compras de produtos brasileiros como justificativa para defender seu aliado político Jair Bolsonaro saiu pela culatra ao ajudar a aumentar o apoio ao atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

Em artigo publicado no jornal Washington Post, o jornalista Ishaan Tharoor destaca que o atual governo é “explicitamente indiferente à causa dos direitos humanos globais”, e Trump “passou a defender um eleitorado político no Brasil que é abertamente nostálgico dos dias da ditadura militar”.

Recentemente, Trump não só tarifou as importações de itens brasileiros para os EUA em 50% como deixou claro que pode romper seu relacionamento com o segundo país mais populoso do hemisfério.

A tensão nas relações diplomáticas e econômicas é evidente: a ação norte-americana tem por objetivo obrigar o Brasil a suspender os processos judiciais contra Bolsonaro, bem como punir o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, responsável por aplicar a lei brasileira contra as big techs norte-americanas para reprimir a desinformação online.

Alvo incomum


Tharoor lembra que a estratégia norte-americana é incomum por si só, uma vez que as relações comerciais entre EUA e Brasil mostram que o mercado norte-americano possui um superávit significativo em bens e serviços com o Brasil.

Ao contrário do que aconteceu em outros países latino-americanos, o Brasil percebeu uma oportunidade na crise.

Desde a imposição do tarifaço, Lula destacou publicamente que Trump não pode esquecer que foi eleito para governar os Estados Unidos “e não para ser o imperador do mundo”.

Além disso, o presidente brasileiro começou a defender a soberania brasileira de forma mais explícita, o que lhe deu um novo fôlego nas pesquisas de aprovação – e as elites empresariais, principais apoiadoras da oposição à Lula, não ficaram nada satisfeitas com a ação bolsonarista.

Segundo o articulista, o plano de Bolsonaro não teve o resultado esperado: a base de apoio começa a se voltar contra o bolsonarismo e o ataque para “proteger um aspirante a ditador” renovou a força política de Lula.

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A estúpida má vontade sobre o documentário “Apocalipse nos Trópicos”, por Luís Nassif

 

    "(...) tudo o que a crítica diz que o documentário não tem, o documentário tem. A diretora optou por montar um roteiro – com um texto muito bem elaborado – abordando o uso da religião por um pastor megalomaníaco, Silas Malafaia, visando eleger um presidente joguete, Jair Bolsonaro."


Do Jornal GGN:


A má vontade sobre o documentário “Apocalipse nos Trópicos”, por Luís Nassif

Não era intenção do documentário discutir todas as nuances dos evangélicos, e os ângulos da religião não ligados ao jogo político.

    Divulgação


Quando li, na Folha, o artigo “´Apocalipse nos Trópicos´ ignora catolicismo e reforça estereótipos”, de Tabata Tesser, Mestre em ciência da religião (PUC-SP), julguei que era uma crítica correta sobre o filme. Isso, antes de assistir o documentário.

O que dizia o artigo:

Ponto 1 – o documentário não menciona o declínio da religião católica, como um dos motivos para a ascensão da religião evangélica.

Ponto 2 – reforça um dualismo simplista, que os católicos são bons, porque defendem os pobres, e os evangélicos são maus.

Ponto 3 –  Ao eleger Malafaia como figura central, quase como o “sindicalista” dos evangélicos, o documentário exagera sua influência, ignora o jogo partidário e a complexidade das bases evangélicas: suas múltiplas vertentes, redes de solidariedade, disputas locais em Conselhos Tutelares e espaços participativos — e os múltiplos sentidos da fé em contextos populares.

Ponto 4 – Por fim, ao adotar uma estética e narrativa apocalíptica, o documentário sugere que vivemos uma distopia religiosa que foi “pausada” com a vitória de Lula em 2022.

Depois de assistir o documentário, a impressão é de uma crítica de má vontade.

Ponto 1 – no documentário mostra-se, claramente, a ruptura na Igreja católica com o fim da teologia da libertação. Primeiro, mostra Dom Pedro Casaldáliga. Depois, menciona Henry Kissinger convencendo o Departamento de Estado de que o movimento era contra os Estados Unidos, e recomendando o estímulo aos neopentecostais. As cenas com Dom Pedro Casaldáliga simbolizam a Igreja antes do fim da Teologia da Libertação. A sequência é clara para mostrar a ruptura da Igreja com a Teologia da Libertação como passo inicial de seu afastamento dos pobres.

Ponto 2 – com exceção de Casaldáliga não há uma menção sequer à Igreja Católica.o contraponto à visão catastrofista de Malafaia, e o discurso de que Jesus é amor, são feitos por outros pastor evangélico, não por um padre católico.

Ponto 3 – o destaque a Malafaia é jornalisticamente correto. Ele foi o elo central do apoio dos evangélicos a Bolsonaro. E o documentário é sobre a ascensão de um candidato que usa a religião como bandeira, não uma proposta de discutir todas as nuances do neopentecostalismo.

Ponto 4 – o documentário foi sutil, ao colocar, primeiro, Lula criticando o uso político das igrejas. Depois, ironizando o discurso dos sindicalistas e da Igreja católica, em comparação com o dos pastores evangélicos. Depois, Lula indo a um templo e desdizendo seu discurso inicial e endossando a bobagem sobre banheiros unissex, criticando o aborto. Tudo isso para a conclusão final: o retrocesso civilizatório, com o domínio da religião sobre o estado laico.

Ou seja, tudo o que a crítica diz que o documentário não tem, o documentário tem. A diretora optou por montar um roteiro – com um texto muito bem elaborado – abordando o uso da religião por um pastor megalomaníaco, Silas Malafaia, visando eleger um presidente joguete, Jair Bolsonaro.

Não era intenção do documentário, nem caberia em 90 minutos, discutir todas as nuances dos evangélicos, e os ângulos da religião não ligados diretamente ao jogo político.

Mas, aí, a professora recorre a um truque habitual da crítica ligeira: em vez de criticar o que o documentário diz, prefere se concentrar no que ele não se propôs a dizer. Com esse critério, nenhuma obra literária ou cinematográfica escaparia ilesa. O papel do crítico precisa ser entender a proposta do autor e discutir o conteúdo dentro do que foi proposto.

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