Respeitando o devido processo legal, haverá a individualização dos crimes e um poder de controle sobre os anseios extremistas golpistas de certos militares
Do Jornal GGN:
Vamos a algumas premissas iniciais:
1. A maior parte das Forças Armadas é legalista.
Tive certeza ontem, no TVGGN 20 horas, com o testemunho de dois cientistas políticos, que dão aulas para militares, e um professor da Poli, que recebe estudantes da Marinha. Aparentemente, o que aconteceu foi o protagonismo dos grupos de direita, que se organizaram e passaram a aguar em nome da corporação.
2. Os comandantes legalistas e os conspiradores
Há exemplos na própria história recente. Três comandantes das Forças Armadas recusaram-se a participar das provocações que Bolsonaro articulou para 7 de Setembro. Foram demitidos. Quem são? São os verdadeiros heróis da pátria, exemplos para as Forças Armadas, mas que foram apagados da história. O mesmo ocorreu com o general que pediu demissão do sistema de controle de armas, quando percebeu as articulações de Bolsonaro com as milícias e os CACs. Finalmente, o Almirante que impediu a tomada da Anvisa durante a pandemia.
O que vai acontecer daqui para frente?
Que os conspiradores precisam ser exemplarmente punidos – e desligados das Forças Armadas – não se tenha dúvida. Mas se a iniciativa partir do presidente da República, cria-se uma crise política, pois aí toda a corporação estará sendo criminalizada.
O caminho parece dado: as investigações da Polícia Federal, coordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes, e as futuras denúncias a serem apresentadas pelo novo Procurador-Geral da República, Paulo Gonet.
Se estará respeitando o devido processo legal, haverá a individualização dos crimes e um poder de controle – o MPF e o STF – definindo as penas.
Mas os generais que se omitiram ou colaboraram com os golpistas prevaricaram pra dizer o minimo.
Aparentemente é isso. Se for, está mais do que bom.
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