segunda-feira, 9 de março de 2020

“Ou a democracia brasileira corta as asas do autoritarismo ou vai morrer degenerada crescendo 1%”



Jair Bolsonaro fracassou na economia. Isso significa que pode ter que aceitar o jogo e virar um “presidente normal” ou “pode tentar acelerar o processo para destruir a democracia enquanto sua popularidade ainda não foi destruída pelo baixo crescimento.” Se a democracia brasileira não acordar e “cortar as asas do autoritarismo bolsonarista”, “ela vai morrer, vai morrer melancólica, degenerada e crescendo 1% ao ano.” É o que afirma Celso Rocha de Barros em artigo na Folha desta segunda (9)
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Jornal GGN – Jair Bolsonaro fracassou na economia. Isso significa que pode ter que aceitar o jogo e virar um “presidente normal” ou “pode tentar acelerar o processo para destruir a democracia enquanto sua popularidade ainda não foi destruída pelo baixo crescimento.” Se a democracia brasileira não acordar e “cortar as asas do autoritarismo bolsonarista”, “ela vai morrer, vai morrer melancólica, degenerada e crescendo 1% ao ano.” É o que afirma Celso Rocha de Barros em artigo na Folha desta segunda (9).
Para Barros, Bolsonaro só está segurando os reformistas em seu governo porque eles são influentes na mídia, na elite e no Congresso.” Mas quando “tudo isso estiver no bolso do governo, o “Chicago Guy” Paulo Guedes e sua turma “vão rodar”. “Talvez rodem antes.”
Guedes já vem perdendo credibilidade em meio à elite que o elegeu. Apostou num presidente que não é “minimamente higiênico” e não foi capaz de apresentar um programa econômica que fizesse o País crescer no primeiro ano de governo, ao contrário do que prometeu aos quatro ventos.
A proposta reformista, na qual ele se agarra, tem além de tudo um “vício de origem”: “o plano era cortar gastos (o que reduz o crescimento no curto prazo) e promover o crescimento com as reformas. As reformas precisam ser negociadas politicamente, no Congresso e na sociedade. No projeto reformista, portanto, o essencial é todo feito pelos políticos.”
“Em um cenário como esse, seria de se esperar que se tivesse tomado o máximo cuidado na construção de uma coalizão política consistente. Em vez disso, a elite apostou que Temer não seria pego roubando e que Bolsonaro seria pego trabalhando.”

Celso Rocha de Barros é servidor federal e doutor em sociologia pela Universidade de Oxford (Inglaterra).

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