O "Povo"deu aulas de civilidade ao "topo" e à política com a Copa
No jornalismo, por questões de espaço, tempo e técnica, a realidade é fatiada. Em matérias e títulos distintos.
Cada reportagem trata de um assunto que se encerra em si mesmo... Isso é Copa, aquilo é política, isso é economia.
Na vida, na real, tudo é parte inseparável do todo.
As eleições estão ai. Páginas escritas nessa Copa deixam ensinamentos para a Política, e para o topo. Ensinam sobre quem soube jogar.
O Brasil recebeu 1 milhão de visitantes. Pesquisa do Datafolha diz: 83% dos estrangeiros aprovaram a Copa.
Os estrangeiros perceberam os altos custos, a desigualdade social, a insegurança... mas 95% querem voltar ao Brasil.
Impressionantes 95% disseram que a recepção a eles foi "ótima" ou "boa". Performance extraordinária em qualquer lugar do mundo.
Quem recebeu os visitantes foi um conjunto de instituições, e o coletivo de cidadãos que chamamos de "o povo brasileiro".
Note-se: num país onde 50 mil pessoas são assassinadas a cada ano, nada de grave aconteceu ao longo de um mês com esse 1 milhão de visitantes.
Disputas entre torcidas, farras homéricas Brasil afora, e foi no trânsito que dois argentinos, jornalistas, perderam a vida.
Espancamentos e prisões arbitrárias, assassinatos nossos de cada dia, se deram entre brasileiros... Aprendamos algo com isso.
Aprenderam sobre o Brasil bilhões de pessoas que acompanharam a Copa e as notícias.
Se os alemães souberam vender e comprar simpatia, quem recebeu bem 1 milhão de hóspedes também soube jogar.
Essa lição de maturidade coletiva deve se assimilada pela Política, e pelo topo.
Pelos que anunciaram e apostaram no caos. E por quem tenha sonhando em obter dividendos com a eventual glória alheia.
A eleição está ai. Virá a marquetagem, vendedores e vendedoras de fumaça.
Vai errar quem duvidar de novo da capacidade de entender, decidir e agir do chamado "povo brasileiro
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