terça-feira, 1 de novembro de 2011

A sabedoria de Carl Gustav Jung



Carlos Antonio Fragoso Guimarães

Nos acostumamos, devido à educação formal pró-externalidade e à mídia, a acreditar que que o mero acumular informações e adestramento de habilidades para apertar botões e comunicar são suficientes para sermos felizes. Não é assim, contudo, que as coisas funcionam. E nunca como agora tantas pessoas se sentem infelizes, mesmo - e principalmente - as que aparentam poussir tudo, da comodidade tecnológica ao status social. Isso se dá porque desenvolvemos o racional às custas do resto de nós: o sentimento, o espírito de partilhar, amar...

Sobre tudo isso, o modo como nosso sistema social nos tornou menos humanos, o médico psiquiatra e psicólogo suíço Carl Gustav Jung (1875-1961) refletiu e escreveu a partir de sua prática clínica. Ele foi um dos primeiros a expor, com base base psicologia e nos quadros clínicos que tratou, a falácia unilaterialista do ocidente industrial, centrado na produtividade e no racionalismo instrumental, que vê com desconfiança o sentimento e as questões existenciais.

É bom perceber que, cinquenta anos após a sua morte, a obra e as idéias de Carl Jung estão sendo continuamente redescobertas, bem recebidas e estão a atingir, finalmente, o Self de milhões de pessoas no mundo inteiro, estimulando-as à desenvolverem suas demais funções mentais, desenvolvendo um pensamento crítico e os sentimentos para além do mero adestramento instrumental prático da educação impessoal e formal de hoje.

Segue alguns de seus pensamentos, apenas um amostra de vários, para a reflexão do leitor:

Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.

Tudo aquilo que não enfrentamos em vida acaba se tornando o nosso destino.

Tudo depende de como vemos as coisas e não de como elas são.

Ser normal é a meta dos fracassados!

Não preciso ‘acreditar’ em Deus; eu sei que ele existe.

Sua visão se tornará clara somente quando você olhar para dentro do seu coração. Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta.

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