Ex-presidente corre o risco de prisão por incitar um golpe de estado no Brasil
247 – Uma reunião ministerial realizada em 5 de julho de 2022, comandada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, veio à tona como evidência de uma ação golpista, conforme revela um vídeo obtido pela Polícia Federal. No encontro, o então presidente instou seus ministros a agirem antes das eleições, alertando que se esperassem para reagir, o Brasil enfrentaria um caos. As imagens, que captam mais de uma hora do encontro, destacam Bolsonaro em um estado visivelmente alterado, lançando ataques a seu então adversário Luiz Inácio Lula da Silva e a membros do Supremo Tribunal Federal, incluindo Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.
Durante a reunião, Bolsonaro expressou convicção na vitória de Lula nas eleições devido a uma suposta fraude que, segundo ele, já estava delineada antes mesmo do início da disputa eleitoral, programada para o dia 2 de outubro de 2022. O presidente orientou seus ministros a questionarem o processo eleitoral e a agirem preventivamente, indicando que o governo não poderia permitir que as eleições ocorressem conforme o planejado.
A gravação, que foi disponibilizada pela coluna de Bela Megale, do Globo, sugere a existência de uma estratégia golpista dentro dos mais altos escalões do governo. Em um ambiente marcado por nervosismo e destempero, Bolsonaro desferiu ofensas e palavrões, lançando acusações contra figuras-chave do sistema judiciário e político brasileiro.
As declarações feitas durante a reunião ministerial reforçam a narrativa de uma tentativa de deslegitimar o processo democrático em curso no país. Bolsonaro, ao enfatizar a necessidade de agir antes das eleições, indicou claramente a disposição de seu governo em adotar medidas que poderiam minar a estabilidade institucional do Brasil.
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