quinta-feira, 8 de setembro de 2022

“Ele não”, ela também não! Mulheres pelo Brasil. Por Ana Cláudia Laurindo

     "(...) aquela que tem lucrado “horrores” sendo usada pelo marido em sucessão de blasfêmias tornada acessório do poder, investe no arquétipo da subserviência feminina como mantenedora do lar, e persegue o voto da mulher religiosa tradicional para a manutenção da misoginia."


Texto de Ana Cláudia Laurindo, no Repórter Nordeste

O tempo de ataques à razão está aberto, e a pátria mãe não seguirá apenas distraída, porque nós mulheres brasileiras recusamos a pecha de fraquejadas quando nos unimos e institucionalizamos um brado chamado “Ele não”.

Contudo, aquela que tem lucrado “horrores” sendo usada pelo marido em sucessão de blasfêmias tornada acessório do poder, investe no arquétipo da subserviência feminina como mantenedora do lar, e persegue o voto da mulher religiosa tradicional para a manutenção da misoginia.

O voto feminino, não se resume a uma ideia de mulher/mãe conservadora porque no lado de cá do real, muitos filhos e filhas estão sendo perseguidos, humilhados e mortos por esta mentalidade destruidora de corpos livres.

Repudiamos o brado cristofascista de Michele e entoamos nas ruas e nas redes o clamor da esperança, sempre libertária, pela vitória da mentalidade democrática, humanizada, que protege corpos insubmissos porque não admite preconceitos nem discriminações.

Somos as mulheres que denunciam a misoginia machista que redunda em feminicídio! Dizemos “Ele não”!

Somos as mulheres mães de filhos gays, pretos, trabalhadores pobres, e defendemos todas estas vidas gritando “Ele não”!

Nossa religião é o Amor, e este se desmembra na diversidade religiosa que faz do Brasil um território amplo de crenças, e contra a intolerância cristã arregimentada por Michele gritamos “Ele não”!

Mas será nas urnas que confirmaremos esta escolha, porque a pátria mãe não quer ser subtraída!

Por nossas vidas, “Eles não”!

Pelas vidas dos nossos filhos e filhas, “Eles não”!

Nossos votos libertarão o Brasil da seita bolsonarista.

O amor das mulheres sempre foi política!

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