quinta-feira, 30 de abril de 2020

Na República que deveria ser laica, equilibrada, justa e imparcial, Bolsonaro pressiona Receita Federal a perdoar dívidas de “pastores” evangélicos no meio de uma pandemia



  Jair Bolsonaro está pressionando a Receita Federal para que as dívidas tributárias das igrejas evangélicas sejam na prática anuladas. Ele ordenou à equipe econômica “resolver o assunto”. So uma delas, a Igreja Internacional da Graça de Deus, tem R$ 144 milhões em débitos inscritos na Dívida Ativa da União


(Foto: ABr | PR)

247 - Jair Bolsonaro promoveu uma reunião no Planalto na última segunda-feira, 27, entre o deputado federal David Soares (DEM-SP), filho do empresário R. R. Soares, dono da Igreja Internacional da Graça de Deus e o secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto. No encontro, Bolsonaro pressionou o secretário da Receita para que a Receita cancele a  dívida tributária de R$ 144 milhões da igreja.
A informação é das jornalistas Idiana Tomazelli e Adriana Fernandes, no jornal O Estado de S.Paulo. Bolsonaro já ordenou à equipe econômica “resolver o assunto”, da Igreja Internacional e de outras, mas a queda de braço continua por resistência do órgão. Há pelo menos 12 processos em âmbito administrativo na Receita envolvendo dívidas tributárias de igrejas. 
A pressão de Bolsonaro ocorre no contexto no qual ele tenta remontar sua base parlamentar com o centrão e parlamentares ligados à bancada evangélica, que tem 91 membros, de acordo com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
A Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, por exemplo, tem seis processos em andamento no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), última instância administrativa para recorrer às autuações do Fisco. 

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