Vejam este documentário grego (o vídeo está abaixo, ao final do texto), intitulado Catastróika - termo cunhado na Rússia após o colapso da União Soviética onde a "transição" para o capitalismo foi feita com base na privatização selvagem do patrimônio público da Rússia - , um filme sobre o horror dizimador do Neoliberalismo (esse mesmo que está destruindo a Europa, em especial a própria Grécia, para garantir lucros fabulosos a especuladores financeiros e bancos)...
O filme é relato muito bem feito, e segue a linha dos documentários "Capitalismo, uma História de Amor", de Michael Moore, e de "Inside Job- Trabalho Interno", de Charles Ferguson, mas se foca especialmente na dizimação dois direitos sociais e da democracia europeia em favor dos interesses dos especuladores dos banqueiros seguidores ferrenhos do modelo Neoliberal.
Todo o filme é bem fundamentado a partir de entrevistas com professores de Harvard à Londres e Paris, perpassado por imagens fortes, sobre o impacto da privatização massiva de bens públicos e sobre toda a ideologia neoliberal que está por detrás. As consequências mais devastadoras registram-se nos países obrigados, por credores e instituições internacionais, a proceder privatizações massivas, como contrapartida dos planos de resgate, o que inclui, além da Grécia, Portugal, Itália e, pasmem, até mesmo certos estados Norte-Americanos, berço desse câncer chamado Neoliberalismo, ideologia que solapa e destrói ganhos sociais e a própria democracia.
Catastroika demonstra que o endividamento crescente de povos consiste numa estratégia calculada para suspender a democracia, estabelecendo uma distorção da realidade onde a mídia desempenha papel fundamental, passando a acusar as vítimas da economia de mercado como sendo responsáveis pelas "crises" e, assim, implementar medidas de desmantelamento de direitos sociais. O objetivo é a transferência para mãos privadas da riqueza gerada, ao longo dos tempos, pelos cidadãos. Nada disto seria possível, num país democrático, sem a implementação de medidas de austeridade que deixem a economia refém dos mecanismos da especulação e da chantagem — o que implica, como se está a ver na Grécia, o total aniquilamento das estruturas basilares da sociedade, nomeadamente as que garantem a sustentabilidade, a coesão social e níveis de vida condignos.
É menos catastrófica a destruição do Planeta, conforme profecia, aí em 2019 do que essa tal "CATASTRÓIKA", visto que nesta somente o povo será atingido,enquanto a elite será poupada, já naquela todos, a começar pelo triunvirato Temer, Aécio, Cunha, serão solenemente "COMIDOS"
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