sábado, 1 de agosto de 2020

Contra “descalabros” de Bolsonaro (e seus militares coniventes), intelectuais apoiam a “Carta ao Povo de Deus" dos 152 bispos brasileiros”






Projeto Brasil Nação, movimento de intelectuais e artistas, manifestou apoio às críticas feitas por 152 bispos brasileiros




No texto, intelectuais criticam "descalabros" do governo federal e denunciam que Bolsonaro age de forma deliberada para "para destruir o Brasil" - Marcos Corrêa/PR



do Brasil de Fato

Contra “descalabros” de Bolsonaro, intelectuais apoiam “Carta ao Povo de Deus”


As duras críticas a Jair Bolsonaro (sem partido) feitas por 152 bispos, arcebispos e bispos eméritos brasileiros na Carta ao Povo de Deus seguem recebendo manifestações de apoio. Nesta sexta-feira (31), intelectuais e artistas do Projeto Brasil Nação endossaram publicamente o posicionamento dos religiosos, criticando “descalabros” do governo federal e denunciando que Bolsonaro age de forma deliberada para “para destruir o Brasil e subordiná-lo aos interesses estrangeiros”.
O Projeto Brasil Nação é um movimento suprapartidário que reúne intelectuais, artistas, cidadãos de diferentes visões políticas, como Margarida Genevois, Fábio Konder Comparato, Luciano Coutinho, Maria Victoria Benevides e os ex-ministros Luiz Carlos Bresser-Pereira e Celso Amorim (veja a lista completa ao final desta matéria).
Na Carta ao Povo de Deus, divulgada na segunda-feira (27), e endossada posteriormente por mais de mil padres, os religiosos criticaram a incapacidade de enfrentar as crises no Brasil. O texto também rechaça a postura do presidente ao difundir “discursos anticientíficos, que tentam naturalizar ou normalizar o flagelo dos milhares de mortes pela covid-19”.
Leia na íntegra a manifestação de apoio do Projeto Brasil Nação:
O Projeto Brasil Nação apoia e se solidariza com a “Carta ao Povo de Deus”, assinada por mais de 150 de bispos brasileiros. O texto aponta os descalabros produzidos pelo governo Bolsonaro, que impõe ao país milhares de mortes na pandemia, ataques à democracia, desagregação social, desastre ambiental, uma “economia que mata”.
De forma deliberada, Bolsonaro age para destruir o Brasil e subordiná-lo aos interesses estrangeiros, colocando a Nação como vassala dos Estados Unidos. Roendo as instituições, desprezando a população e aniquilando pequenas empresas, o governo se transforma em inimigo da vida, da saúde, da democracia, da soberania, da diplomacia, de direitos, da ética, da educação, da cultura, do desenvolvimento com justiça, igualdade e paz.
Como reforça o documento dos bispos, “o momento é de unidade no respeito à pluralidade!”. Seus signatários propõem “um amplo diálogo nacional que envolva humanistas, os comprometidos com a democracia, movimentos sociais, homens e mulheres de boa vontade”.
O Projeto Brasil Nação, movimento suprapartidário que reúne intelectuais, artistas, cidadãos de diferentes visões políticas, apoia essa ideia e se soma a esse chamamento. É preciso, como afirmam os religiosos, despertar “do sono que nos imobiliza e nos faz meros espectadores da realidade de milhares de mortes e da violência que nos assolam”.
São Paulo, 31 de agosto de 2020
Projeto Brasil Nação
Luiz Carlos Bresser-Pereira
Celso Amorim
Margarida Genevois
Fábio Konder Comparato
Luciano Coutinho
Maria Victoria Benevides
Luiz Gonzaga Belluzzo
Paulo Sérgio Pinheiro
Eleonora de Lucena
Paulo Nogueira Batista Júnior
Maria Auxiliadora Arantes
Rodolfo Lucena
Luiz Felipe de Alencastro
Maria Aparecida Aquino
Fernando Morais
João Pedro Stedile
Silvio Almeida
Leda Paulani
José Luiz Del Roio
Antonio Elpídio da Silva
Rosane Borges
Edson Carneiro Índio
Tata Amaral
Edson França
Mario Vitor Santos
Gilberto Maringoni
Eduardo Fagnani
Benedito Tadeu Cesar
Ismail Xavier
Henri Arraes Gervaiseau
William Nozaki
Paulo Kliass
Cassia Damiani
Ângela Cristina dos Santos Ferreira
Altamiro Borges
Rodrigo Medeiros



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