Intolerância fundamentalista ao lado da violência e imbecilidade fascista, estimulada pela grande mídia.... tudo a ver.... Eles querem impor suas crenças a todos, tomar o poder, acabar com o Estado Laico e ainda refazer uma sociedade elitista, unindo-se ao pior da direita fascista, para impor uma teocracia infernal. Onde estão as pessoas sãs para fazer frente a isto? Faz tempo que este blog faz a sua parte contra o retrocesso à Idade Média... E você, o que está fazendo?
Segue, abaixo, texto de Giselle de Almeida, extraído do UOL
Para artistas, intolerância religiosa é ignorância e regressão da sociedade
Ignorância, absurdo, caça às bruxas. Entre os famosos ouvidos pelo UOL, casos de intolerância religiosa que têm ganhado as páginas do noticiário com frequência, seja em comentários ofensivos nas redes sociais ou agressões na vida real, mostram, de certa forma, que a sociedade está regredindo.
Em maio, o ator Henri Castelli enfrentou comentários negativos da própria ex, assessora de imprensa Juliana Despirito, quando publicou em sua conta no Instagram uma foto da filha, Maria Eduarda, vestida de baiana com sua mãe de santo, Neide Oyá, fundadora e dirigente do Grupo União Espírita Santa Bárbara (Guesb). O caso está sendo investigado, e Juliana será indiciada por intolerância religiosa.
Quando a menina Kailane Campos, de 11 anos, foi apedrejada na cabeça ao deixar um culto de candomblé, no Rio, Henri saiu em sua defesa. "Eu me pergunto: pra que isso? Que Deus é esse que está dentro das pessoas que praticam intolerância e preconceito. Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou a ter amor ao próximo, praticar a verdadeira caridade, ajudar uns aos outros. Por que tanta agressividade? Vamos nos respeitar e nos amar independente da raça, classe social, religião ou opinião política", escreveu o ator.
O baiano Luis Miranda, que teve orientação católica desde muito jovem, mas mantém uma relação forte com o candomblé, diz que nunca sentiu na pele discriminação por conta de sua religiosidade, mas sabe que é uma exceção. "De uma certa forma, a classe artística tem quase um laço protetor. Mas o povo de santo costuma levar olhares preconceituosos na rua. É acintoso, as pessoas se sentem no direito de humilhar, de dizer desaforo", conta ele, que defende a tese de que crenças diferentes podem coexistir em harmonia.
A festa católica para Santo Antônio em Barra de Jacuípe, onde mora, e as celebrações para Ogum (sincretização do santo na Bahia) são um exemplo. "Era muito lindo de ver, as baianas em seus rituais religiosos e a procissão católica convivendo tão lindamente. Era respeitoso. Vejo como se estivéssemos regredindo. Essa coisa preconceituosa tem muito a ver com o avanço da bancada evangélica no congresso", opina.
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