terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O Tea Party conservador de Sarah Palin e a tragédia de Tucson, nos Estados Unidos



Escrito por Joana Azevedo Viana, Publicado em 11 de Janeiro de 2011

O americano de 22 anos tido como principal suspeito no tiroteio de sábado em Tucson, Arizona, estudara o homicídio público da congressista democrata Gabrielle Giffords há vários meses. A descoberta foi feita por agentes do FBI, que ontem encontraram vários planos para o tiroteio numa caixa-forte na casa de Jared Lee Loughner, ontem presente ao tribunal federal de Phoenix, pela morte de seis pessoas - entre elas o juiz federal John Roll e uma criança de apenas nove anos.

O atentado tinha como alvo a congressista, que desde as eleições de Novembro fazia parte de uma lista criada por Sarah Palin com os nomes dos democratas que apoiam a reforma da saúde nos Estados Unidos em benefício dos mais carentes. Desde o ataque, o FBI aconselhou os funcionários públicos a "estarem alerta", nas palavras do director da agência federal, Robert Mueller.

Mas as atenções viram-se agora para os políticos. A republicana Palin é uma das que tomaram lugar central no centro do furacão de críticas. Desde sábado, o Partido Democrata desdobra-se em ataques à ex-governadora do Alaska, por ter publicado um mapa com miras de armas a assinalar os estados dos "alvos". Da mesma forma, o Tea Party toma lugar central no acontecimento.

Richard Durbin, senador democrata pelo Illinois, foi uma das vozes mais críticas. Ontem, em entrevista à CNN, Durbin subli-nhou que, assim como o gráfico de Palin, os slogans que o movimento ultraconservador Tea Party usou durante a campanha para as intercalares do final do ano passado podem levar "pessoas instáveis a pensar que actos de violência são aceitáveis". O senador fala em "retórica de ódio envenenada", criticando a imprensa por não divulgar que tais palavras de ordem "ultrapassam os limites".

As respostas republicanas aos ataques da Esquerda não tardaram. "Devíamos ser mais prudentes quanto a imputar as ações de um indivíduo mentalmente perturbado a um grupo particular de americanos que tem as suas convicções políticas", defendeu ao mesmo canal o senador republicano pelo Tennessee, Lamar Alexander. O atirador (acrescentou fantasiosamente o senador de direita tentando reverter a imagem ruim sobre seu partido), "lia" Karl Marx e Hitler e tinha desenhado a ferro quente a bandeira norte-americana no braço, "o que não corresponde ao típico perfil de um membro do Tea Party".

Fonte: http://www.ionline.pt/conteudo/97848-tucson-esquerda-critica-retorica-odio-do-tea-party-e-sarah-palin

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