segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O #CarnaCoxinha na Av. Paulista




 "A cada manifestação contra Dilma Rousseff a oposição irracional e despolitizada coloca menos gente nas ruas. A 'qualidade' dos manifestantes também está se tornando cada vez mais estranha: nazistas de braços levantados, moçoilas com os peitos de fora, meninos mostrando seus ânus, velhos com os fundilhos sujos, malucos fantasiados e idiotas usando a camisa da CBF para protestar contra a corrupção como se a própria CBF não fosse um antro de corruptos." - Fábio de Oliveira Ribeiro


O #CarnaCoxinha na Av. Paulista e o desgaste da oposição

Por Fábio de Oliveira Ribeiro - extraído do Jornal GGN
A cada manifestação contra Dilma Rousseff a oposição irracional e despolitizada coloca menos gente nas ruas. A qualidade dos manifestantes também está se tornando cada vez mais estranha: nazistas de braços levantados, moçoilas com os peitos de fora, meninos mostrando seus ânus, velhos com os fundilhos sujos, malucos fantasiados e idiotas usando a camisa da CBF para protestar contra a corrupção como se a própria CBF não fosse um antro de corruptos.
200 mil Margaridas em Brasília não despertaram a mesma atenção jornalística que 40 mil espinhos na Av. Paulista dia 16 de agosto. A oposição e a crise (artificialmente criada para permitir a entrega do Pré-sal às petrolíferas norte-americanas) só existem por causa da imprensa. Mas a própria imprensa está derretendo econômica e politicamente. A reeleição de Dilma Rousseff contra a vontade dos donos de quase todos os meios de comunicação prova a força popular do PT. Prova também a incapacidade dos jornalistas de fabricar consensos.
Entre o consenso sacramentado nas urnas e aquele desejado pela oposição há um abismo. E este abismo não pode mais ser transposto pela imprensa. Quantas pessoas o PT colocará na ruas no dia 20 de agosto? 400 mil, 4 milhões ou 14 milhões? Os jornalistas provavelmente não darão o mesmo destaque que deram à manifestação anti-PT nas passeatas pró-Dilma que irão ocorrer em breve. Mas isto não mudará o quadro político.
Um golpe de estado não pode ser dado pela minoria, especialmente se esta não tem o apoio das Forças Armadas. A falta de apoio nos quartéis talvez seja a grande fragilidade da oposição.
Durante oito anos FHC fez tudo o que pode para sucatear o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Lula retomou os investimentos nas três armas e revitalizou a indústria bélica nacional. Dilma Rousseff preservou estas duas diretrizes. Isto explica porque os governos petistas se tornaram mais confiáveis entre militares da ativa do que os carcarás da terra arrasada travestidos de tucanos. Também explica porque o PSDB se tornou cada vez mais escravo de alguns grupelhos nazistas. Todavia, o nazismo canarinho se caracteriza pelo ódio manifesto o povo brasileiro. Em razão disto, os nazitucanos não podem nutrir qualquer esperança de criar um movimento de massas ou de contar com um golpe de mão semelhante ao de 1964.
As massas que rejeitam as prioridades dos barões da mídia, por outro lado, estão na internet. O fenômeno mais importante neste domingo foi a hashtag #CarnaCoxinha no Twitter, que cresceu de maneira consistente durante o dia até se tornar a tópico mais discutido mundialmente naquela rede social. O que fazer quando a gozação virtual é maior do que o próprio movimento golpista? Neste ponto cedo a palavra aos eloquentes “canetas” do Cachoeira na Veja e aos demais apoiadores do golpe-Titanic que afundou no Rio Tietê junto com a revista da Abril Cultural.

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