sábado, 29 de agosto de 2015

O Capitalismo (em especial a Indústria Farmacêutica) contra o bem-estar geral: brasileiro é perseguido por ter encontrado fórmula eficaz no combate ao câncer



Pesquisador catarinense descobriu e começou a produzir a substância em 2008, reconhecida pela USP e Fiocruz como eficaz, após caso da mãe. Em consequência de seu desejo de ajudar,
Carlos Kennedy Witthoeft passou 17 dias preso e responde por falsificação.


Veja o vídeo e, depois, leia a reportagem:




24/08/2015 09h31 - Atualizado em 24/08/2015 10h13

'Consciência em paz', afirma homem preso por doar cápsula contra câncer

Catarinense começou a produzir a substância em 2008, após caso da mãe.
Carlos Kennedy Witthoeft passou 17 dias preso e responde por falsificação.

Stefhanie PiovezanDo G1 São Carlos e Araraquara
Carlos Kennedy Witthoeft quis produzir as cápsulas após ver a melhora da mãe (Foto: Paulo Chiari/EPTV)Carlos Kennedy Witthoeft quis produzir as cápsulas após ver a melhora da mãe (Foto: Paulo Chiari/EPTV)
Carlos Kennedy Witthoeft afirma que está "com a consciência em paz”. Durante uma visita a São Carlos (SP), ele contou como conheceu a fosfoetanolamina sintética, apontada por pesquisadores como um tratamento alternativo para o câncer, por que quis doá-la e o que aconteceu após ser preso e indiciado por falsificação de medicamento. "Não tem como mensurar o que a gente sentia a cada pessoa que vinha falar que estava curada", disse.
O catarinense relatou que conheceu a fosfoetanolamina em 2007. No dia 19 de março daquele ano, sua mãe teve uma hemorragia e exames apontaram câncer no útero. “Ela tinha o coração fraco, não daria para fazer cirurgia e nem quimioterapia, só radioterapia para dar mais qualidade de vida, mas não a cura”, relatou.
Dois meses após o diagnóstico, quando amigos e familiares julgavam que a idosa de 82 anos não aguentaria por muito mais tempo, ele soube que pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos distribuíam uma substância para a doença. Pediu o telefone do coordenador dos estudos, o professor Gilberto Orivaldo Chierice, e ganhou as cápsulas.
“Minha mãe não levantava mais da cama, dava duas, três mordiscadas no pão e isso era a refeição do dia inteiro. Pedi para ela tomar o remédio e, no terceiro dia, ela andou, desceu as escadas, foi à cozinha e disse: ‘Eu queria comer uma sopa’”, narrou Kennedy.
Ele afirmou que a melhora foi progressiva e, no 18º dia de consumo da fosfoetanolamina, foi surpreendido. "Eu havia saído para ir ao banco e, chegando em casa, uns 40, 50 minutos depois, a minha mãe estava no canto do jardim segurando a enxada. Eu disse: 'Mãe, o que tu queres com a enxada?'. E ela disse: 'Vou dar uma capinadinha'”.
Nesse dia, ele deu a mãe como curada e ligou para Gilberto perguntando se poderia indicar as cápsulas, mas ouviu que a produção era insuficiente para atender mais pacientes. “Minha mãe era conhecida em Pomerode, pessoas viam a recuperação e perguntavam o que ela tinha feito, se eu conseguia para elas. Eu queria que amigos pudessem tomar, como podia dizer que não tinha como fornecer? Eu perguntei então se eu podia produzir”, contou.
Eu disse: 'Mãe, o que tu queres com a enxada?'. E ela disse:
'Vou dar uma capinadinha'"
Carlos Kennedy
“O doutor Gilberto me perguntou se eu era químico e eu contei que não, então ele disse que eu não poderia fazer, mas continuei insistindo porque, se eu estivesse com câncer, queria que me dessem a fosfo. Disse: ‘O que eu tenho é muita vontade de ajudar essas pessoas, não adianta ser químico e não ter vontade de ajudar’. Acho que esse argumento o sensibilizou e ele perguntou quando eu poderia vir aprender”.
Kennedy viajou várias vezes para São Carlos e a cada visita passava alguns dias na cidade. Ao todo, acredita que ficou cerca de quatro meses aprendendo a ser um químico prático e a sintetizar a substância. Quando finalmente conseguiu, começou a produzir as cápsulas em casa e a distribuí-las de graça.
Quando o câncer aparece,
cai todo mundo, a família
quer ajudar, o pai, o filho...
Muitos ainda recebem como sentença de morte"
Carlos Kennedy
Prisão
Kennedy produzia as cápsulas na companhia da esposa, Aridina Gutknecht Witthoeft, mais conhecida como Rita. Era ela que atendia as ligações e conversava com as pessoas que pediam ajuda. “Quando o câncer aparece, cai todo mundo, a família quer ajudar, o pai, o filho... Muitos ainda recebem como sentença de morte. Ela atendia as pessoas e as confortava, ficava uma hora, duas horas conversando. É preciso paciência, não é fácil, mas ela tinha o dom para isso”.
No começo, em 2008, ele conciliava a produção com o trabalho como representante comercial, mas a demanda cresceu. Sensibilizadas, várias pessoas começaram a ajudar e a dedicação passou a ser exclusiva. “Cada curado trazia em média três, quatro pessoas”, estimou.
Mas, no fim de junho deste ano, a produção cessou. Uma denúncia  levou a polícia ao imóvel e a Vigilância Sanitária apreendeu o material. Kennedy passou 17 dias preso e foi indiciado por falsificação de medicamento, uma vez que a fosfoetanolamina sintética não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No dia em que saiu da cadeia com um habeas corpus, Aridina passou mal. Ela foi internada e, após dias na unidade de terapia intensiva (UTI), faleceu em 1º de agosto, em decorrência de um aneurisma.
Carlos Kennedy Witthoeft passou 17 dias preso por produzir as cápsulas (Foto: Paulo Chiari/EPTV)Carlos Kennedy Witthoeft passou 17 dias preso
por produzir as cápsulas (Foto: Paulo Chiari/EPTV)
“Até dois meses atrás eu morreria feliz. Não tem como mensurar o que a gente sentia a cada pessoa que vinha falar que estava curada”, afirmou.
Entenda o caso
Na última segunda-feira (17), o G1 divulgou a existência de processos envolvendo pacientes com câncer e a USP. Eles pedem que a universidade continue fornecendo as cápsulas da substância, mas uma nova norma da instituição impede a distribuição sem o registro na Anvisa.
Segundo a agência, o registro de um novo medicamento só pode ser solicitado após testes clínicos e os pesquisadores da USP afirmam que a substância foi testada em um hospital em Jaú, mas a parceria acabou e eles precisam que uma nova unidade de saúde aceite concluir o estudo.

4 comentários:

  1. Anvisa é um Órgão que deveria ser investigado pelo Ministério publico, porque ela atua sempre de forma contraria as novas descobertas da Ciência, a Homeopatia é a principal vitima dessa organização criminosa, porque toda medicação relacionado a ela é extinta , desconstroem e alteram as formulas para diminuir os efeitos curativos da medicação com denuncismos para barrar os investimentos na Homeopatia e o mais recente é o caso da Almeida Prado que teve uma redução imensa na sua industria por dificuldades com a Anvisa que parou de produzir os principais medicamentos mais usados para varias finalidades e terapêuticas de forma natural e dispensando em sua maioria das vezes o uso de antibióticos e isso explica a perseguição contra terapias naturais e novas descobertas medicamentosas!

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  2. Agradecimento público.
    Carlos, quero te agradecer muito por esta publicação.
    Sabe... gostaria muito de chegar aqui e te dizer que ajudou a salvar a vida de uma pessoa da minha família.
    Você nem sabe, mas nos deu muita esperança com o seu compartilhamento! Te agradeço por isso!
    Conseguimos a liminar para o meu padrasto no dia 10/09/2015. Depois da sua postagem, fui atrás.
    Mas, infelizmente, o laboratório não tinha a fosfoetanolamina sintética para a pronta entrega.
    Eu e minha família esperamos por mais de 20 dias a entrega.
    Nesse período, o meu padrasto foi para UTI.
    Mesmo com a liminar suspensa, a fosfoetanolamina sintética chegou no sábado passado, não deu tempo de buscar nos correios e ele veio a óbito na madrugada de domingo passado.
    Fizemos tudo o que foi possível!
    Mas ele estará sempre em nossos corações!
    Temos que lutar para que não sejam necessárias liminares e que o medicamento seja distribuído para quem precisa urgentemente!
    O Estado de São Paulo junto com a USP precisam difundir essa pesquisa às outras universidades do país para que possamos acelerar a produção e o registro na Anvisa.
    Mas agradeço imensamente a sua ajuda, Carlos, dando-nos esperança sem saber.
    Agora, o remédio será entregue a outra família que está precisando!
    Muito obrigado, amigo!

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  3. No Brasil só temos visto prosperar a industria da gatunagem; precisamos passar o Brasil a limpo e acabar com essa vergonha.

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