"A evidência até agora sugere que nos primeiros minutos após a morte, a consciência não é aniquilada. Se ela desaparece depois, não sabemos, mas logo após a morte, a consciência não é perdida" - Dr. Sam Parnia, chefe da pesquisa da Universidade de Southampton sobre experiências de quase morte (EQM)
Segue nossa tradução de um artigo publicado no Natural News em 10 de setembro de 2015:
A consciência humana sobrevive mesmo após a morte biológica, confirma pesquisa
Da Redação do Natural News:
(Tadução e notas de Carlos Antonio Fragoso Guimarães)
Tem havido sempre uma série de teorias - alguns baseados em princípios religiosos, alguns outros em premissas filosóficas - sobre o que acontece com nossas "almas" quando morremos.
Muitas pessoas, de várias crenças religiosas, por exemplo, acreditam que há um "céu" ou outra forma agradável de vida após a morte para aqueles que levaram éticas, virtuosas e morais, na Terra.
Mas os cientistas têm amplamente rejeitado tais reivindicações tradicionais, principalmente porque a ciência se baseia, principalmente, na evidência documental e replicabilidade de fatos. Agora, quando o assunto se trata do que ocorre com a consciência humana após a morte do corpo, temos algo completamente diferente.
Tendo isto em mente, um grupo de pesquisadores da Universidade de Southampton, no Reino Unido, recentemente conduziu o que, talvez, seja o maior estudo já realizado sobre o que acontece com a consciência humana após a morte. A equipe concluiu que, ainda que não se saiba bem o como e o por que , há, no entanto, indícios de que há a permanência de alguma consciência e autoconsciência, pelo menos por algum, tempo depois que a morte física do corpo ocorreu. Isso sugere que a consciência e o corpo estão interligados de alguma forma, mas que, contudo, eles podem ser distintos e tomam um caminho diferenciando, não-fisiológico, depois daquilo que os descrevemos como a morte.
(Nota do Tradutor: Poderia-se, como mera anologia aproximada, comparar-se a questão da mente e do corpo com o que ocorre com o funcionamento de uma TV: Enquanto a televisão funciona normalmente, não pensamos que as imagens decodificadas e expostas na tela são uma manifestação eletrônica do aparelho diante de ondas magnéticas etéreas independentes da TV em si, emitdas por uma emissora. O fim do período útil da TV e seu descarte não implica no fim das ondas de TV que eram, antes, traduzidas em imagens e sons pelo aparelho. Lembremos, contudo, que isto é apenas uma analogia para dar uma ideia do que, talvez, aconteça na relação corpo-consciência).
A pesquisa citada foi liderada pelo Dr. Sam Parnia (foto), e o estudo foi publicado na revista médica de estudos de reanimação de pacientes Resuscitation. O estudo envolveu mais de 2.000 pessoas que haviam sofrido uma parada cardíaca no Reino Unido, Estados Unidos e Áustria.
"A evidência sugere a consciência não é aniquilada "
Sendo o maior estudo deste tipo até à presente data, os pesquisadores aplicaram metodologia rigorosa, a fim de eliminar todos os casos que poderiam ter sido baseado em impressões individuais, que poderiam ter sido dignos de nota, mas que, todavia, não tinham nenhum interesse científico.
Os resultados revelaram que 40 por cento das pessoas que sobreviveram a uma parada cardíaca estavam conscientes durante o tempo que elas estavam clinicamente mortas e antes de seu coração começarem a bater mais uma vez.
"A evidência até agora sugere que nos primeiros minutos após a morte, a consciência não é aniquilada. Se ela desaparece depois, não sabemos, mas logo após a morte, a consciência não é perdida", disse Parnia.
(Nota do Tradutor: De fato, só é possível reverter o quadro de morte clínica dentro de um limite temporal mais ou menos curto, de, no máximo, alguns minutos, posto que a falta de oxigenação no cérebro pos mais de cinco minutos leva o mesmo a morrer definticamente, no todo ou em parte, inviabilizando a vida. Por isso, os relatos que cofirmam a continuação da consciência se dá nos sobreviventes que retiveram a lembrança de alguma consciência do que ocorreu no período entre a morte e o retorno através das técnicas ressuscitamento clínico. A evidência, portanto, é de que, no intervalo entre a morte e a reanimação, a consciência reteve memória de eventos e, em alguns casos, pôde observar e compreender o que estava ocorrendo como agiam médicos e enfermeiros sobre o seu corpo. Por isso é dado o nome de Experiência de Quase Morte, posto que a morte, claro, não foi defintiva, mas um intervelao onde houve a morte clínica. E isto, por hora, são os fatos comprovados. Deles, contudo, não se pode afirmar a durabilidade da consciência no tempo bem posterior à morte, embora seja possível especular que isso seja uma consequencia lógica da experiência)
"Sabemos que o cérebro não pode funcionar quando o coração parou de bater," continuou o pesquisador. "Mas neste caso consciência parece ter continuado por até três minutos para além do período em que o coração não estava batendo, mesmo alem de quando o cérebro normalmente entra em colápso, baixando drasticamente suas atividades dentro de 20-30 segundos depois que o coração parou.
"Isso é significativo, uma vez que muitas vezes tem sido presumido que tais experiências em relação à morte são resultados de alucinações ou ilusões provavelmente ocorridos, quer antes de o coração parar ou depois que o coração foi reanimado com sucesso", observa Parnia. "Mas não é uma mera experiência ilusória coincidente com eventos reais ,quando o coração não está batendo. Além disso, as lembranças detalhadas de consciência visual, neste caso, foram consistentes com os eventos verificados."
"Processo potencialmente reversível"
Parnia disse que, ao todo, um total de 2.060 pacientes com parada cardíaca foram estudados. Desses pacientes, 330 sobreviveram, e desse número, 140 disseram ter estado parcialmente conscientes durante o seu tempo de reanimação.
"Trinta e nove por cento das pessoas descreveram uma percepção de consciência, mas não têm qualquer memória explícita de eventos", disse ele, sugerindo que "mais pessoas podem ter a atividade mental inicialmente, mas depois perdem suas memórias, quer devido para os efeitos da lesão cerebral ou medicamentos sedativos sobre a recuperação da memória ".
(Nota do Tradutor: Este fato não deveria impressionar. Lembremos que a maioria das pessoas sonham, por vezes de forma intensa, mas que, quando acordam, devido a mudanças do estado de consciência e da estrutura cerebral de um estado a outro, as lembranças dos sonhos são drasticamente apagadas em poucos minutos após o despertar, quando não inteiramente apagadas ou, então, conservando traços confusos e bem diferentes do sonho real - qualquer um que tenha o hábito de manter um diário de sonhos e e registrá-los ao acordar conhecerá esse fenômeno melhor do que ninguém. O mesmo se dá em traumas psicológicos: sobreviventes de acidentes, por exemplo, aéreos, costumam entrar em um estado de choque e desnorteamento. Dificilmente lembram das coisas que fizeram ou disseram imediatamente antes do acidente e durante o período de resgate).
"Um em cada cinco pessoas disseram ter sentido uma sensação incomum de tranquilidade enquanto quase um terço disse que o tempo parecia ter abrandado ou acelerado ", continuou o investigador, citado pela Bioethics.Georgetown.edu. "Alguns lembram de ter visto uma luz brilhante;.. Um flash de ouro ou o sol brilhando. Outros relatram sentimentos de medo ou afogamento ou sendo arrastado como sendo em águas profundas. 13 por cento disseram ter se sentiu separadas de seus corpos eo mesmo número disse seus sentidos tinham sido intensificados. "
(Nota do tradutor: Desde os estudos pioneiros dd Dr. Raymond Moody Jr, em meados da década de 70, com pessoas que passaram por experiências de quase-morte, que estas "sensações" descritas acima são comumente relatadas, embora os casos de impressões positivas superem, em número, as negativas. Sugerimos ao leitor interassado pesquisar a literatura dedica à pesquisa da EQM, começando com o livro "Vida Depois da Vida", do Dr. Raymond Moody).
No final, Parnia disse que acredita que, "ao contrário da percepção comum, a morte não é um momento específico, mas um processo potencialmente reversível, que ocorre após qualquer doença grave ou acidente que faça com que o coração, pulmões e cérebro para parem de funcionar."
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