Documento seria usado durante CPMI do 08 de janeiro; objetivo era culpar Lula pelas manifestações em Brasília
Do Jornal GGN:
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Tatiane Correiajornalggn@gmail.com
O general Mário Fernandes, um dos presos por envolvimento em trama que planejava assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, elaborou uma espécie de roteiro para os deputados bolsonaristas usarem na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro.
O documento divulgado pelo jornalista Tacio Lorran, do site Metropoles, orientava a oposição em como atacar a Polícia Federal, o ministro Alexandre de Moraes e o STF, com foco na libertação dos “patriotas”, desgaste de imagem do STF e do governo, e um futuro impeachment do presidente da República.
Entre outros pontos, um dos objetivos era mostrar que o governo Lula era “responsável” pelos atos uma vez que “tinha conhecimento do que poderia acontecer e não atuou para evitar a depredação do patrimônio público”.
Sobre a Polícia Federal, os opositores deveriam apontar “abusos” da corporação por atender “ordens ilegais” e que a prisão de “1,5 mil patriotas” não seguiu “o devido processo legal”.
O relatório em questão também sugeria questionamentos e listava as autoridades a serem convocadas, como o então ministro da Justiça Flávio Dino e o ex-ministro do GSI general Gonçalves Dias.
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