Espírita não rima com terrorista e muito menos com bolsonarista. Texto de Ana Cláudia Laurindo

 

Tenho recebido prints de espírita de voz adocicada participando do rugir criminoso e antidemocrático que está envergonhando o país.

Escolhi não aumentar a valorização destes nomes, nem mesmo através da análise crítica, porque o nosso trabalho de esclarecimento preza por algo maior na alçada responsável do livre pensar, e recusamos qualquer risco de fala comovida.

Raciocinar com paciência histórica, porque as ações vão provando quem precisa ser acreditado, desacreditado, no amadurecimento das nossas perspectivas individuais e coletivas na busca por referências.

Este espiritismo cristão que afinou com evangelismo fundamentalista e catolicismo moralista entrou em rota de queda, e todos conhecemos os médiuns que contribuíram para isso, assim como escritores e artistas.

Neste caso, haveremos de manter a linha editorial amorosa e politizada, no apoio incondicional aos posicionamentos espíritas progressistas, pisando com respeito no território do amor laico, porque a liberdade é a morada das energias divinais.

Nunca estivemos em fronts golpistas, nem estaremos. Espiritismo é vida, amor e liberdade; somos partes do Brasil que resiste ao ódio e Allan Kardec é uma agradável inspiração para este livre pensar.

Não atordoemos nossos corações mas estejamos vigilantes e unidos para fortalecer o bem comum, sem buscar aplausos ou longas filas, porque o amor está pulsando em nós em todos os atos e pensamentos.

Melhores dias haverão de vir ao Brasil amado, terra de todos nós.