Bruno Pereira e Dom Phillipis teriam sido vítimas de emboscada.
Isso depois de documentarem, com imagens, locais de invasões na Terra Indígena Vale do Javari.
O que teria contrariado criminosos.
Em “O O Mercado”, o capital financeiro. O Dinheiro.
Do Canal de Bob Fernandes:
Amigo, Amiga,
Veja e leia em primeira mão o comentário desta terça-feira, dia 7 de junho de 2022:
Erasmo Alves, líder de 54 famílias no Lote 96, Anapu, Pará, já vítima de atentado, está marcado para morrer. Na mesma Amazônia e Brasil de Bolsonaro & Militares onde desapareceram o jornalista Dom Phillips e o também ameaçado indigenista Bruno Pereira. Vejam:
www.youtube.com/embed/j2_KIAZrfIo
Leia com exclusividade a íntegra do comentário:
BRUNO E DOM DESAPARECEM NO BRASIL DE BOLSONARO E MILITARES. ERASMO AMEAÇADO DE MORTE NA AMAZÔNIA
Desaparecidos no Oeste do Amazonas o indigenista Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips.
Jornalista do jornal diário The Guardian, o mais importante da Inglaterra e um dos mais importantes jornais do mundo.
Bruno, indigenista da Funai licenciado, vinha sendo ameaçado por madeireiros, garimpeiros e pescadores.
(Áudio).
- É. Três pessoas ameaçaram a equipe que estava lá, equipe de vigilância da Univaja. E o Bruno estava junto com essa equipe, e o jornalista também. Inclusive o jornalista tirou as fotos quando eles estavam mostrando a arma para eles.
No site Amazônia Real, Elaíze Farias e Eduardo Nunomura publicaram ao meio-dia e 18 minutos desta terça.
Bruno Pereira e Dom Phillipis teriam sido vítimas de emboscada.
Isso depois de documentarem, com imagens, locais de invasões na Terra Indígena Vale do Javari.
O que teria contrariado criminosos.
Ligados ao tráfico, narcotráfico, disse, anonimamente, um indígena ao Amazônia Real.
Se foi fato, se é verdade, fato seria: criminosos foram contrariados.
Estimulados, autorizados, como estamos vendo, lendo e ouvindo todo dia, não faltam criminosos de todos os tipos. Na Amazônia. Ou no Rio. Ou…
Na Amazônia, grileiros, garimpeiros, contrabandistas de madeira - inclusive gente do governo foi acusada disso -, traficantes, milicianos.
Mais de um dia depois da notícia do desaparecimento, esta terça-feira é Dia Nacional da Liberdade de Imprensa.
Silêncio absoluto do presidente da República, que só às 9h da manhã desta terça-feira falou. Ao SBT News.
O longo silêncio até então e o comentário feito são eloquentes. Dizem tudo.
(Bolsonaro em vídeo)
- E realmente, duas pessoas apenas num barco, numa região daquela, completamente selvagem. Uma aventura que não é recomendável que se faça. Tudo pode acontecer. Pode ser um acidente, pode ser que eles tenham sido executados, tudo pode acontecer.
De fato, um indigenista da Funai, Bruno, defendendo indígenas na Amazônia não é recomendável nesses tempos.
Um jornalista investigar o banditismo, o milicianato se espalhando, o estupro da Amazônia autorizado, verbalizado pelo Poder não é recomendável.
Até Bolsonaro expelir o que ele pensa, o que ele é, por ele falaram duas notas do Comando do Exército na Amazônia.
Na primeira nota se diz que buscas seriam feitas só depois de ordem do Comando Superior.
Uma segunda nota informa que nas buscas seria utilizada uma Lancha chamada “Guardian”.
Os nomes dos desaparecidos, Bruno Pereira e Dom Phillips, não são citados nas duas notas.
Mas citam a marca da lancha, “Guardian”. Mesmo nome do jornal onde trabalha Dom Phillips.
O silêncio eloquente por mais de 24 horas, o conteúdo do comentário tardio, a demora pra agir e as notas oficiais configuram um conjunto profundamente calhorda.
Gestos e atos de um Poder arrogante, de uma cultura fascista.
Isso é o Brasil do Poder na Amazônia do hoje. É o vale-tudo.
Seja na Amazônia Ocidental, onde Bruno e Dom estão desaparecidos ainda até o final da tarde, seja na Amazônia Oriental.
Amazônia Oriental onde está o Pará. Onde vive, em Anapu, Erasmo Alves Theofilo.
Erasmo ameaçado de morte e já vítima de um atentado.
Erasmo é defensor de direitos humanos na Transamazônica, na região do Xingu.
É liderança camponesa que representa 54 famílias do Lote 96, no Sudeste do Pará.
Na mesma Anapu onde, a 12 de fevereiro de 2005, foi assassinada a missionária Dorothy Stang.
Na entrevista a seguir, um dramático depoimento, Erasmo, ameaçado de morte, e 54 famílias lutando contra o Poder.
Contra a violência do Estado, seus pistoleiros, capangas e, claro, políticos. Em Anapu, na Amazônia.
Um microcosmo do Brasil dos militares e seu porta-voz Bolsonaro. E dos sócios com ações preferenciais.
Em “O O Mercado”, o capital financeiro. O Dinheiro.
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