Demonstração de força já era esperada e deveria ser muito maior para Bolsonaro tentar atingir seus objetivos políticos; Sem anistia para bandido!
247. - Uma Paulista cheia no ato bolsonarista deste domingo já era o projetado para quem analisa a linha fina da política brasileira. Empresários evangélicos jogando muita grana na logística, prefeitos e governadores mobilizando, além da presença garantida dos “patriotários”, os já conhecidos personagens folclóricos que rezam para pneu e possuem a foto no zap com a bandeira do Brasil e de Israel. (A grande maioria tem um tio ou parente assim, infelizmente. Quem não tem, que sorte).
Pelas imagens aéreas, foram quatro quarteirões cheios. A PM obviamente inflou o ato e calculou que 700 mil pessoas passaram ali. Já a USP considera que cerca de 32.691 pessoas passaram pela micareta mórbida.
Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno - É fato que para encher quatro quarteirões da Avenida Paulista é preciso de gente. Muita gente. Mas, para quem conhece bem uma Paulista entupida de gente (como pude presenciar nas manifestações de 2013, na principal manifestação golpista contra a Dilma e, mais recentemente, com a vitória de Lula), sabe muito bem a diferença do que foi visto ontem.
Uma paulista completamente lotada, como os bolsonaristas juram que ocorreu neste domingo, ocupa todos os quarteirões, desde o shopping Pátio Paulista até a rua da Consolação.
Se a tua ideia é tentar dar uma recuada para tomar um ar fresco as ruas laterais (como eu tentei na vitória do Lula), sem chance. As ruas mais próximas ficam abarrotadas de gente. Dá para andar com mais facilidade, mesmo assim é difícil. Isso é uma Paulista lotada. O que vimos ontem foi uma paulista cheia. Ou seja, não foi um fiasco e nem um show do Rolling Stones na praia de Copacabana. Estava sim, cheia, e isso é um fato, mas não para bancar uma manchete como a destacada no Globo: “Apoiadores de Bolsonaro ocupam a Paulista”. Não. “Apoiadores de Bolsonaro ocupam parte da Paulista”. Isso seria o correto.
Existem questões centrais: Para atingir seu objetivo de mostrar sua força e sair como “o mito das multidões”, Bolsonaro teria que entregar mais. Uma Paulista entupida e diversas manifestações pelo país em apoio ao extremista. Isso não ocorreu. Inclusive, ele já mobilizou mais no passado. Sem tal musculatura, o extremista entregou ontem o que já era previsto nas pesquisas de opinião pública. O bolsonarismo é forte no Brasil, influencia, mas não é maioria. Por isso, ao contrário do que defende a Eliane Cantanhêde, Lula não deve temer o bolsonarismo. Ao contrário, ele deve seguir com sua agenda de presidente, foi eleito para isso. Já tem muita demanda como um chefe de estado para se preocupar. Bolsonaro foi derrotado nas eleições e está inelegível. O STF sim que deve se preocupar com ele. E por falar na suprema corte, nada do que ocorreu na Paulista irá mudar o curso dos processos. Crimes foram cometidos. Sempre vale repetir: tentaram dar um golpe de estado nesse país. Se Dino e companhia não tivessem sido rápidos na resposta, hoje o Brasil poderia viver em um pesadelo.
Nenhuma micareta com elementos cafonas e bancada por gente com muita bufunfa irá mudar o passado e dificilmente o futuro, tendo em vista o empenho de Alxandre de Moraes com os processos do 8/01. Sem anistia para bandido, incluindo o líder do bando.
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