Dói no peito perceber que a fala de um presidente causa mais indignação do que ver todos os dias cadáveres de crianças. Corpos de inocentes multilados
247. - Observamos ao longo dos séculos, com o extermínio da população indígena na América Latina, sob o aval cristão, que de lá pra cá pouco mudou. Um exemplo didático: Quando ocorreu a guerra Ucrânia, o mundo se compadeceu. Hollywood, Lucianos Hucks e milhares de pessoas ao redor do mundo compartilhando fotos de crianças loiras de olhos azuis em situação de risco.
A questão aqui não é a solidariedade em questão, mas a razão de tal compaixão ser restrita apenas a tal segmento.
Por que corpos de crianças palestinas não causa ojeriza, com a mesma intensidade?
Sem dúvidas existe um pacto silencioso e constrangedor que dá uma licença de morte aos “sub humanos”. E isso possui sim uma baliza racial.
Dói no peito perceber que a fala de um presidente da República causa mais indignação do que ver todos os dias cadáveres de crianças. Corpos de inocentes multilados.
Banalizaram a barbárie. O mal.
Vocês, revoltados seletivos, já perderam a alma há muito tempo.
E a barbárie com gostinho de hipocrisia. Líderes da extrema-direita, que flertam cotidianamente com o nazismo (alô alô Bia Kicis, Kim Kataguri), atuam como paladinos da moral. Faça-me o favor.
Lula, que poderia muito bem ficar em sua zona de conforto silenciosa, com sua coragem e protagonismo diplomático, dá uma aula ao mundo: não devemos naturalizar o genocídio, por mais que o mundo naturalize a morte de “sub humanos”. Não existem sub-raças. Por mais que muitos queiram enfiar tal naturalização grotesca goela abaixo.
Que os palestinos tenham mais chance de sobrevivência após o alerta do presidente Lula. Mais uma vez, repito: parabéns pela coragem!
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