terça-feira, 28 de novembro de 2017

Bob Fernandes sobre o Documentário "Em Nome da Inocência: Justiça" que enfoca as causas do "suicídio" do Reitor Cancellier e o ferir a Lei em nome da Lei


  Obs: Segue o vídeo (e sua transcrição textual) do comentário de Bob Fernandes para a TV Gazeta seguido do video do documentário Em Nome da Inocência: Justiça, produzido por Sérgio Giron e Edike Carneiro, que discorre sobre os abusos de poder que levaram ao suicídio do reitor da UFSC, Dr. Luiz Carlos Cancellier de Olivo que completa dois meses esta semana sem que nenhum dos responsáveis tenha sido incriminado, em claro acobertamento com a ajuda do silêncio cúmplice da "grande" mídia....

 Vídeo I: Comentário de Bob Fernandes


Vídeo II: Documentário Em nome da Inocência: Justiça


Bob Fernandes/Documentário: o suicídio de Reitor Cancellier e o ferir a lei em nome da lei


Estreou nas redes sociais o documentário "Em nome da Inocência: Justiça".

Documentário sobre o suicídio de Luiz Carlos Cancellier. Dirigido por Sergio Giron e Edike Carneiro.

Reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Cancellier se matou há dois meses.

Depois de ser preso sem acusação formal, sem ser réu e sem ter sido ouvido pela justiça. Foi preso, posto nu, submetido à revista íntima. Solto foi proibido de entrar na Universidade.

Prisão arbitrária. Sob suspeita de tentativa de obstruir uma investigação. De um caso de 10 anos antes da sua gestão.

Nos dias da prisão, escândalo nacional: "Roubalheira", "80 milhões"... Um pedaço de fato e muita mentira. 

A Operação da Polícia Federal se chamou "Ouvidos Moucos". Ou seja: Ouvidos Surdos.

Passados quase 60 dias, silêncio sobre a sequência de erros e sobre Cancellier. Nem um pio de agentes de Estado. E não foram poucos os chamados a operar.

Da Polícia Federal, 105 policiais para prender Cancellier e mais seis. O documentário elenca os que, entendem os autores, teriam se envolvido em decisões...

...O corregedor na Universidade, e "adversário político" de Cancellier, Rodolfo Hickel do Prado... 

...A delegada Erika Marena, ex-estrela na Operação Lava Jato, e a Juíza Janaína Machado.

Nunca é demais lembrar: algo como 40% dos 620 mil presos do Brasil não têm culpa formada. Fosse Cancellier um pobre da periferia nem ouviríamos falar.

Nessa tragédia, ilegalidades em nome do combate à corrupção. E segue se multiplicando o ferir a lei em nome da lei.

Some-se a dribles na lei por parte de quem aplica a lei. No serviço público o teto salarial é o dos ministros do Supremo: R$ 33.763.

Incontáveis reportagens Brasil afora: há juízes que, ao menos uma vez por ano, recebem mais de R$ 100 mil. 

Resultado de penduricalhos acrescidos ao salário. Tudo, claro, tornado dentro da lei. Mas tudo profundamente imoral se feito por qualquer cidadão dito "comum". 

Sempre a certeza dos "Ouvidos Moucos", dos olhos vendados e do temor reverencial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá... Aqui há um espaço para seus comentários, se assim o desejar. Postagens com agressões gratuitas ou infundados ataques não serão mais aceitas.