A decisão do Ministro Luiz Edson Fachin de mandar prender Joesley Batista e Ricardo Saud e deixar de fora o ex-procurador Marcelo Miller não poderia ser mais conveniente para Rodrigo Janot.
Joesley e Saud, desmoralizados mais do que já estavam antes da gravação do “papo de bebum” podem dizer que a terra é redonda, que água molha e que fogo queima que ninguém lhes dará muito crédito.
Mas Miller, pressionado pela prisão, era o risco de dizer o agora fatal “ele sabia de tudo” – como se sabe, a maior prova de culpa, hoje, na Justiça brasileira – sobre o conhecimento, a orientação e a participação de Janot na negociação do acordo com a JBS.
O procurador não poderia ter deixado de pedir a prisão de seu ex-braço direito: eram o necessário “doa em quem doer”, o “cortar na própria carne”, o “fui traído e não traí jamais”.
Verdade é nada, imagem é tudo e a dele anda tão tisnada que faz todo o sentido imaginar que tenham sido assim as coisas.
Fernando Brito, no site Tijolaço.
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