OBScena: ditadura, golpe e boçalidade à moda Globo
Quando tenho dúvida a respeito de determinados fatos políticos, observo o posicionamento da Rede Globo e de seus ventríloquos no RS. E opto pelo oposto. Não erro nunca. Quem tem no seu DNA uma conjunto de procedimentos todos voltados contra os interesses sociais, e que trabalha com afinco para negar qualquer direito que não seja do seu grupo de interesse, não merece respeito, muito menos credibilidade. Desde sempre, todas as iniciativas que foram tomadas em benefícios dos desvalidos, a Globo tem se posicionado contra. Todos os governos que priorizam a educação, a Globo vê como concorrente, porque pensa que ela detém o direito de educar o povo brasileiro. Desde sempre, a educação começa pelo exemplo. O exemplo que a Rede Globo dá é de total desrespeito à inteligência alheia. Trama, dá golpe, sonega, mente, incrimina, julga e condena, mas só seus adversário ideológicos. Para a Globo, CUnha é um anjo, um bênção.
Mais uma vez na história deste país, sob o comando da Rede Globo é instalada a Cleptocracia. Na orquestra que a Rede Globo montou para tocar o baile da Ilha Fiscal os músicos são todos réus. A escolha da Globo se deu exatamente segundo a ordem crescente de denúncias. A menor acusação que pesa sobre eles é a tentativa de golpe para acabar com as investigações que os tornam réus. Nenhuma investigação pode ser feita sobre os golpistas, pelos menos não antes de consuma-lo. A ordem, em forma de método e prática, às vezes implícita mas quase sempre de forma bem explícita, percorrem os múltiplos braços do polvo siciliano também conhecido como Cosa Nostra, no popular, Máfia. Nossa velha mídia forma verdadeiro grupo mafiomidiático sob coordenação do Instituto Millenium.
O termo república nasce com Cícero, no seu De Re Publica, inspirada nos diálogos de Platão. O filósofo grego concebia uma forma ideal de organização política. O romano, usando o método socrático, via na Re Publica (a coisa pública) medida para um bom governo. Pelas páginas de O Globo e via Jornal Nacional, o Grupo Globo também vende sua concepção de governo. É a ré pública. Todos os que ela apoia são foram, são ou serão réus públicos. As escolhas obedecem uma lógica. E tem história, está incrustrado no seu DNA. É uma longa construção que remonta à sua origem mas que aparece claramente como “ré pública” em 1954, e confirma com o conjunto da obra perpetrada em 1964. Ali estavam todos os artigos com quais trabalharia ao longo do tempo até os dias de hoje. Nos governos instaurados sob os auspícios da Rede Globo os principais personagens, sejam em 1964 ou em 2016, nunca passam pelo crivo popular. Quando passam, como Collor de Mello, só com grosseira manipulação. E ainda assim, não sobrevivem por que são tão honestos quanto quem os engendram.
Nada mais parecido com os jornais de 1964 que as repetidas edições de 2016. Até o apoio à Marcha dos Zumbis se parece com aqueles da famiglia, tradição e propriedade de 1964. Recentemente a Rede Globo omitiu, escondeu, uma manifestação de centena de milhares de pessoas pela paulista, exatamente como fizeram com o comício pela Diretas-Já, em 1984, no Vale do Anhangabaú.
É sintomático que a Rede Globo já tenha admitido em editorial que foi um erro o apoio à Ditadura. Não pediu perdão, nem disse que não o faria de novo. Pior, jamais admitiu que foi um erro ter escondido os comícios que pediam Diretas-Já, nem que não mais manipularia debates, como fez com o debate entre Lula x Collor. Mas Boni, 22 anos depois, confessou a manipulação. Está gravado em vídeo. E o que se fez diante das palavras de Boni? Nada. A mídia não se mexeu. A justiça não se mexeu. O governo não se mexeu. O MPF não se mexeu. Então, se tudo o que se faz de errado não é questiono, resta a lição de que se pode continuar cometendo o mesmo crime. A Globo entendeu o recados das instituições e permanece com as mesmas práticas. Da mesma forma acontece em relação aos crimes da ditadura. Quando o STF decide que não se deve mexer com os crimes praticados pela ditadura, é porque está cultivando e adubando Bolsonaro. Bolsonaro, hoje, é filho da omissão covarde do STF em relação aos crimes da ditadura. Entende-se, pois, para condenar os crimes praticados pela ditadura, o STF chegaria na Rede Globo, nas peruas da Folha e nas valas clandestinas do Cemitério de Perus. Chegaria aos mandantes e beneficiados das sessões de tortura, estupro, morte e esquartejamento. Paulo Malhães confessou, e nem por isso houve punição. Brilhante Ustra morreu inocente… Por essas e outras que há ainda imbecis que pedem a volta da ditadura. A existência destes boçais é a contribuição silenciosa do STF à grande famiglia de Bolsonaros.
A Rede Globo sabe que a verdade só pode ser obtida pelo conhecimento. Está na alegoria da Caverna, na República de Platão. Por isso a mentira na forma de informação. A verdade é conhecimento, a Globo depende da mentira para sobreviver. E por isso a vende como verdade. A ignorância é a mãe do atraso, e o atraso é uma mãe para a Globo.
Quanto ao papel do Globo, basta verificarmos, por exemplo, edições da época. O golpe militar foi festejado com o “Ressurge a Democracia”. Se no princípio da ditadura a Globo vendia que o 13º aos trabalhadores seria uma tragédia, em 2016 fez publicar, para atacar as políticas sociais e raciais, o famigerado “Não somos Racistas”. Os editorias de antes agora se somam aos livros e articulistas proxenetas que fazem às vezes de voz do patrão.
Toda vez que um governo resolve implantar políticas sociais, as organizações Globo partem para o golpe. Foi assim com Getúlio Vargas em 1954, com Jango em 1964, com Brizola (Proconsult) em, com Lula (Rubens Ricúpero & Carlos Monforte) e as estatuetas ao Assas JB Corp, e agora com a parceria com Eduardo CUnha para derrubar Dilma e “Restaurar a Cleptocracia”. FIES, PROUNI, Mais Médicos, tudo foi duramente combatido pela mesma plutocracia que finanCIA a Globo. E, pela ignorância, muitos dos beneficiados com estas políticas, sequer se dão conta do quanto foi difícil implementá-las, de quem trabalhou para que elas existissem, e também dos que trabalharam para que elas não vingassem. É o caso do ENEM, por exemplo, que sobrevive apesar da luta diuturna dos privatistas.
Simbolicamente, a República de Platão denuncia que a cicuta a Sócrates é a forma com que a plutocracia chega ao poder. Faz-se necessário conspirar, atacar diuturnamente, injetando cicuta na forma de ódio de classe, como se viu nas manifestações convocadas pela Rede Globo. Sócrates foi acusado pela plutocracia ateniense de enganar os jovens. Qual a diferença entre os acusadores de Sócrates com o papel desempenhado Bolsonaro, Silas Malafaia, José Serra, Michel Temer, Aécio Neves, Merval Pereira e Eduardo CUnha, todos na mão da Globo, nas manifestações em apoio ao golpe!?
Da Alegoria da Caverna saem as semelhanças com o baile dos vampiros da plutocracia brasileira. Nem tudo é o que parece.
A Rede Globo não tem Platão no seu manual. Outro personagem da mitologia grega casa melhor com o método Globo, Procusto.
Este bandoleiro grego tinha um estilo de aplicar justiça igual aos métodos empregados pela Rede Globo. Suas vítimas eram espichadas sobre uma cama. As mais curtas, espichava. As maiores, cortava para que ficassem do tamanho da cama.
Assim são as informações da Rede Globo, corta ou espicha dependendo da vítima. Por exemplo, se preocupa com os pedalinhos do Lula mas silencia a respeito dos envolvidos com um heliPÓptero com 450 kg de pasta base de cocaína. Nada diz a respeito da Lista Falciani do HSBC, da Lista de Furnas, da Lista Odebrecht, do Panama Papers, onde aliás está de corpo, alma e triplex (sob o manto da Mossack & Fonseca). A Globo entende tudo dos filhos do Lula, mas nada diz a respeito do filho de FHC com a funcionária Miriam Dutra, ou de Paulo Henrique Cardoso, de Luciana Cardoso. A Rede Globo nunca deu espaço em seu Jornal Nacional para falar da participação de sua filial RBS, pega na Operação Zelotes, ou Zelotsky como carinhosamente apelidam os gaúchos, decorrente dos escândalos no CARF.
Sonegação, Meritocracia, Choque de Gestão são assuntos tratados ao melhor estilo Procusto. Meritocracia acontece quando um estudante no Rio de Janeiro, com apenas 17 anos, ganha emprego em Brasília. Quando ganha de presente de parentes emprego de vice-presidente das Loterias da Caixa. Quando constrói aeroportos com dinheiro público em terras de familiares. Quando uso o helicóptero do estado para transportar familiares e amigos. Quando é preso bêbado, sem carteira de trânsito e ainda assim não vira escândalo.
Para quem se interessa, há um livro disponível em “.pdf” na internet, a História Secreta da Rede Globo, escrita por Daniel Hertz. Há também um documentário que a Globo conseguiu proibir sua divulgação no Brasil, mas que também está disponível para quem quer conhecer um pouco melhor a respeito do modus operandi da famiglia mais siciliana do Brasif, Muito Além do Cidadão Kane.
Dado o golpe, a Globo recomeça um período de purificação. Aos poucos entrega os anéis para ficar com os dedos. Mas jamais entrega o rubi, o PSDB. Estes são monstros sagrados. E não só para a Globo, mas também para o Estadão, Folha, RBS, Poder Judiciário, MPF. Como confessou o deputado gaúcho Jorge Pozzobom, o PSDB tem imunidade e, por isso, pode traficar, dirigir embriagado, ser decadelatado, que continuará como se fosse um partido de vestais.
Despois do Golpe, o STF afasta CUnha. Depois do Golpe, a Rede Globo ataca CUnha. Depois do Golpe, a Folha e Estadão, sempre a serviço do José “tarja preta” Serra, soltam pequenas notas contra Aécio Neves. Depois do golpe, cospem em quem sujou as mãos por eles.
Os EUA invadiram a Itália pela Sicília. Não foi uma escolha aleatória. Houve um acordo com a máfia. Foram recebidos com tiros de festim. É mais ou menos isso que está acontecendo no Brasil.
Os cleptocratas adentram ao Palácio do Planalto sob tiros de festim. O Paraguai os reconhece.
Ressurge a Cleptocracia!
Gilmar Crestani
No Ficha Corrida
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