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sábado, 6 de junho de 2020

Bolsonaro (e seus militares) quer(em) invisibilizar mortos pela Covid-19, dizem secretários de saúde


"A vida é nosso valor maior, com ela não se negocia, relativiza ou transige", afirma Conselho de secretários de Saúde, após Bolsonaro confirmar mudanças na divulgação dos dados da pandemia
Foto: Agência Brasil
Jornal GGN O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), presidido por Alberto Beltrame, emitiu nota pública neste sábado (7) repudiando a tentativa do governo Bolsonaro de invisibilizar os mortos pelo coronavírus no País.
Por determinação do Planalto, o Ministério da Saúde tirou do ar o site que consolida os dados diários da pandemia, passou a atrasar os boletins e promete revisar a metodologia dos óbitos, porque consideram o número “fantasioso”.
“A tentativa autoritária, insensível, desumana e antiética de dar invisibilidade aos mortos pela Covid-19, não prosperará”, afirmou o Conass.
Leia a nota completa abaixo:
O CONASS repudia com veemência e indignação as levianas afirmações do Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Wizard.
Ao afirmar que Secretários de Saúde falseiam dados sobre óbitos decorrentes da Covid-19 em busca de mais “orçamento”, o secretário, além de revelar sua profunda ignorância sobre o tema, insulta a memória de todas aquelas vítimas indefesas desta terrível pandemia e suas famílias.
A tentativa autoritária, insensível, desumana e antiética de dar invisibilidade aos mortos pela Covid-19, não prosperará.
Nós e a sociedade brasileira não os esqueceremos e tampouco a tragédia que se abate sobre a nação.
Ofende Secretários, médicos e todos os profissionais da saúde que têm se dedicado incansavelmente a salvar vidas.
Wizard menospreza a inteligência de todos os brasileiros, que num momento de tanto sofrimento e dor, veem seus entes queridos mortos tratados como “mercadoria”.
Sua declaração grosseira, falaciosa, desprovida de qualquer senso ético, de humanidade e de respeito, merece nosso profundo desprezo, repúdio e asco.
Não somos mercadores da morte.
A vida é nosso valor maior, com ela não se negocia, relativiza ou transige.
O povo brasileiro é forte e resiliente, seguiremos a seu lado e juntos para preservar sua saúde e salvar vidas.

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