quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Crimes do inelegível e seus comparsas de direita: A espionagem ilegal da Abin de Bolsonaro mirava até ministros do STF e governadores

 

Gilmar Mendes e o então governador do Ceará, Camilo Santana, hoje ministro da Educação, foram espionados. Alexandre de Moraes também já revelou que tinha seus 'passos monitorados'


Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem Rodrigues
Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem Rodrigues (Foto: Carolina Antunes/PR | Reprodução)

247 - Integrantes da Polícia Federal envolvidos na operação desta quinta-feira (25) e ouvidos por Daniela Lima, do g1, foram informados de que o aparato da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi utilizado para monitorar e investigar ilegalmente até governadores e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o governo Jair Bolsonaro (PL). As suspeitas recaem sobre o então diretor da Abin, o hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que é alvo da operação nesta quinta.

A Abin teria investido em um monitoramento ilegal do ministro Gilmar Mendes e do ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT), atualmente ministro da Educação no governo de Lula (PT). A operação desta quinta, denominada "Vigilância Aproximada", representa um desdobramento da "Primeira Milha", iniciada em outubro de 2023 para investigar o suposto uso criminoso da ferramenta "FirstMile". >>> 'Abin monitorava meus passos', diz Alexandre de Moraes, alvo dos golpistas de 8 de janeiro (vídeo)

Os investigados, que invadiam clandestinamente a rede de telefonia do país para monitorar autoridades públicas e outras pessoas, podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

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