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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Joe Biden entregou pessoalmente provas de torturas, mortes e outros crimes contra a humanidade praticados na ditadura e negados por Bolsonaro

 


Documentos oficiais foram entregues às mãos da então presidente Dilma Rousseff em 2014. Os dados são os considerados os mais detalhados sobre técnicas de tortura e assassinato na Ditadura Militar

Jornal GGN Além de se encontrarem em polos politicamente opostos, o presidenciável Joe Biden e o presidente brasileiro Jair Bolsonaro mostram visões divergentes em outras questões, como aqueles relacionados ao período da ditadura militar brasileira.

Biden não apenas criticou a devastação da Amazônia e considerou colocar sanções econômicas ao país, como está no centro de um dos pontos mais menosprezados por Bolsonaro: a apuração dos crimes cometidos pelos agentes públicos durante a ditadura militar brasileira, entre 1964 e 1985.

Reportagem publicada pela BBC Brasil mostra que, em 2014, Biden veio ao Brasil com um HD com 43 documentos produzidos pelas autoridades norte-americanas entre 1967 e 1977, onde eram detalhadas informações sobre censura, tortura e assassinatos ocorridos durante o regime militar.

Esses documentos eram considerados secretos, já que o governo norte-americano colaborou com a ditadura na maior parte do tempo – e, inclusive, são considerados os registros mais detalhados sobre os métodos de tortura cometidos pelo regime no país.

Cinco anos depois, Bolsonaro desqualificou as revelações feitas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), afirmando que era “balela”.

Na ocasião, o presidente respondia a uma questão que atingia o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, ao afirmar que poderia esclarecer como seu pai, Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira, havia desaparecido.  “A questão de 64 não existem documentos se matou ou não matou, isso aí é balela, está certo?”, disse Bolsonaro.

 

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