Em documento, pontífice pediu que se admita o histórico de dominação masculina e o abuso sexual de mulheres e crianças
Jornal GGN – Em meio a uma série de escândalos envolvendo abusos sexuais, o papa Francisco afirmou que a Igreja Católica deve admitir o histórico de dominação masculina e o abuso sexual de mulheres e crianças e tem que restaurar a reputação junto aos jovens, caso contrário, vai se tornar “um museu”.
A declaração do Vaticano ocorre em um documento de 50 páginas com as reflexões do Papa Francisco sobre os trabalhos de uma reunião de bispos do mês passado, sobre a importância dos jovens na Igreja. Chamado “Exortação Apostólica”, o líder católico defendeu a necessidade de reconhecer os erros relacionados ao “autoritarismo masculino” e “sexismo”.
“Uma Igreja viva consegue contemplar a história e reconhecer uma parcela considerável de autoritarismo masculino, dominação, várias formas de escravidão, abuso e violência sexista”, escreveu o pontífice.
De acordo com reportagem da Reuters, contudo, o Papa negou em concordar “com tudo que certos grupos feministas propõem”, em referência direta ao ordenamento de mulheres.
“Com esta perspectiva, ela consegue apoiar o clamor pelo respeito aos direitos das mulheres e oferecer um apoio convicto a uma reciprocidade maior entre homens e mulheres, embora sem concordar com tudo que certos grupos feministas propõem”, continuou.
A Igreja descarta o ordenamento feminino, com a alegação de que Jesus só escolheu apóstolos homens. O papa Francisco é alvo de críticas sobre a reação da Igreja diante da crise de abusos sexuais revelados ao longo de décadas.
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