sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

The Guardian: "Brasil se tornou a vanguarda apocalíptica"




"O Brasil se tornou a vanguarda apocalíptica que sinaliza quão radical é esse momento - com o poder de agravar a crise climática em alta velocidade e deteriorar o planeta inteiro."



Jornal GGNO jornal The Guardian publicou um texto afirmando que Jair Bolsonaro "não é apenas a versão sul-americana da tendência atual de países se transformarem em autoritários". "O Brasil se tornou a vanguarda apocalíptica que sinaliza quão radical é esse momento - com o poder de agravar a crise climática em alta velocidade e deteriorar o planeta inteiro."
 
Assinado por Eliane Brum, o texto avalia que as ideias propagadas pelo governo Bolsonaro sobre o meio ambiente, aquecimento global e a proteção de reservas indígenas configuram uma ameaça que deveria acender um alerta em nível internacional.
 
"Sem a maior floresta tropical do mundo, não há como controlar o aquecimento global. Se o capitalismo messiânico de Bolsonaro não for interrompido, a vida neste planeta será muito pior para todos. Para um contingente de evangélicos neopentecostais, isso pode ser bem-vindo como um apocalipse que precede a salvação final dos 'verdadeiros crentes'. Para a maioria da humanidade, não trará nada além de horror e sofrimento - perpetuado pela estupidez de uma espécie com delírios de grandeza."
 
Brum ressaltou que Bolsonaro promete uma “nova era - um retorno a um tempo livre de dúvidas e insegurança, com certeza sobre o que é um homem e o que é uma mulher e um sentido claro quem está encarregado da esfera pública e da família. Seu ultra-conservadorismo é às vezes brega, às vezes bíblico - mas nunca inocente."
 
Para a jornalista, "os ideólogos do governo fabricaram a ideia de que o 'comunismo' - um sistema nunca implementado no Brasil e hoje em grande parte irrelevante em todo o mundo - é uma ameaça iminente para os brasileiros. O suposto 'enredo marxista internacional' serve para justificar transformar a floresta em uma mercadoria. Nessa fantasia, os povos indígenas, que são a principal barreira à destruição da Amazônia, são retratados como uma “ameaça à soberania nacional."
 
Leia o artigo original aqui.

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