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segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Militância CONTRA o fascismo bolsonarista é uma militância à favor da vida. Texto de Ana Cláudia Laurindo

 







Entre gargalhadas e indignações quem não apoiou os atos anti-democráticos no Brasil assiste as cenas decorrentes dos violentos ataques aos poderes constituídos, levadas a efeito no dia 08 de janeiro de 2023.

Mas o tempo pede cada vez mais apropriação e amadurecimento histórico/político para o largo exercício que nos resta daqui adiante, no convívio com os brotos da semeadura maldita do ex-presidente.

Eles estão ao redor dos nossos canteiros e até mesmo dentro dos nossos jardins. O ódio ganhou forma humana. Dirige Uber. Serve nas lanchonetes. Leciona nas universidades e infelizmente, compõe as equipes de segurança pública do Oiapoque ao Chuí.

Controlar os ímpetos de saber que estamos razão por defendermos a liberdade e a vida, nos aponta para a necessidade de estudar mais, compreender as bases destes fenômenos e desarmar essa bomba por dentro, para preservar saúde e paz, na medida do possível.

Desse ácido limão sempre será possível retirar uma limonada, adicionando outros elementos que possam equilibrar os efeitos do azedume.

A promoção de vivências culturais que geram encontros e permitem abraços e cânticos, no louvor da renovação do pensamento, pode ser a tônica.

Se conseguimos sobreviver até aqui, por certo iremos mais longe, contribuindo com nossos laços de saberes e afetos para uma sociedade mais esperançosa e crítica, no campo do equilíbrio que impulsa atos.

A democracia voltou à flor das águas, e até mesmo aquelas instituições brasileiras que na história recente contribuíram com silêncios e omissões para que seus princípios fossem enfraquecidos, agora estão endossando discursos em defesa deste patrimônio imaterial, e precisamos disseminar este instante em artigos, tribunas, ruas e praças, porque o hiato nos favorece.

Não nos envergonhemos de nossas almas libertárias!

Esta história é escrita com a participação de cada pessoa que abre a boca e fala sobre a importância do Estado Democrático de Direito para a estabilidade das nossas vidas, que estiveram sob constante ameaça nos últimos quatro anos.

Que nosso clamor seja tão harmônico e bem vivido, que as insinuações de golpismos se recolham ás cavernas paulatinamente, e as gerações vindouras conheçam melhor do que as atuais o quanto é nocivo desestabilizar direitos civis, para qualquer nação, inclusive a nossa, que acumula lamentáveis páginas de golpes.

Precisamos fortalecer a democracia e dentro dela ampliar conquistas e elevar os padrões humanitários e civilizatórios dessa casa maior, abraçada por terra e águas, nosso amado Brasil.

O Brasil é nosso poema diverso, dentro do qual todos os povos que hoje o compõem precisam resgatar direitos e seguir vivendo em paz. Mas esta paz não virá da inércia. O despertamento político na vida real e virtual guarda o chamado para cada um de nós. Militância é vida!

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