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segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Portal do José: Ufa, Bolsonaro derrotado! LULA PRESIDENTE!!! E os vigaristas exploradores da fé têm contas a pagar

 

Do Portal do José:

31/10/22 - ACABOU! CONTAGEM REGRESSIVA TERMINOU COM A LUZ DO SOL! LULA VENCE E INICIA A RESTAURAÇÃO DA DEMOCRACIA NO BRASIL! MAS HAVERÁ MUITA COISA A SER PASSADA À LIMPO. SIGAMOS!



Fascistas não passarão! O Brasil e o mundo, todos os democratas respiram aliviados com a vitória Lula contra Bolsonaro, por Jeferson Miola

 

Mais de 60 milhões de brasileiros e brasileiras, numa votação recorde, deram largada para o começo do fim do pesadelo fascista que atormenta o Brasil e assombra o mundo.

Lula derrotou a poderosíssima e criminosa máquina de guerra de Bolsonaro e cúpulas militares contra a democracia.

www.brasil247.com - Lula

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

Por Jeferson Miola, para o 247

O Brasil e o mundo inteiro respiramos aliviados com a eleição do Lula para a presidência do país.

Mais de 60 milhões de brasileiros e brasileiras, numa votação recorde, deram largada para o começo do fim do pesadelo fascista que atormenta o Brasil e assombra o mundo.

Lula derrotou a poderosíssima e criminosa máquina de guerra de Bolsonaro e cúpulas militares contra a democracia.

Lula era a última – porque a única – barreira democrática ao avanço fascista. Com genialidade política e lucidez histórica, ele edificou uma potente aliança democrática para deter o avanço fascista.

Na “Arca de Noé” para salvar o Brasil só não embarcou a escória indigna e indecente que endossa a destruição e a barbárie bolsonarista.

Neste histórico 30 de outubro de 2022 não estava em jogo simplesmente a escolha do presidente do Brasil, mas a sobrevivência da democracia.

Escolhemos entre a vida ou a morte; entre a dignidade humana ou a barbárie; entre as luzes ou as trevas; entre a democracia ou o fascismo.

Não passarão!

Voltem ao esgoto podre de onde jamais deveriam ter saído!; voltem aos quartéis!; voltem à insignificância! – esta é a mensagem da maioria do povo brasileiro à extrema-direita que devastou o país e causou incomensuráveis dores, perdas e sofrimentos.

A vitória da democracia no contexto da guerra fascista do bolsonarismo significa um claro rechaço ao fascismo, ao militarismo, ao armamentismo, à violência, ao ódio, à barbárie.

Com a eleição do Lula, se inicia um complexo processo de restauração da democracia. Ao lado da urgente reconstrução democrática, é preciso também promover um pacto nacional de desfascitização do Brasil.

Este é um desafio extraordinário que ultrapassará o mandato de quatro anos do governo Lula. Neste esforço, será preciso contar com o empenho prioritário e permanente de todos os segmentos civilizados da sociedade brasileira.

Este esforço para a desfastização do Brasil será recebido com entusiasmo pela comunidade internacional, que assiste em pânico a expansão da extrema-direita fascista em vários países. O debilitamento do elo brasileiro da articulação fascista internacional é uma notícia ansiada pelo mundo inteiro.

Por isso o governo que se inicia em 1º de janeiro de 2023 se legitima para desenvolver uma diplomacia antifascista e uma convocatória mundial para o combate implacável a valores, idéias e programas que violam as conquistas do direito internacional acerca do fascismo e do nazismo.

Não passarão!

A eleição do Lula para a presidência do Brasil é um alívio para o mundo inteiro.

Com esta vitória superlativa, Lula consolida a liderança para reerguer o Brasil dos escombros, a começar pela urgente missão humanitária de retirar 33 milhões de brasileiros e brasileiras da fome e outras dezenas de milhões da pobreza e da miséria.

O Brasil volta a respirar e vê renascer a esperança no futuro e na vida. Para a imensa maioria de 215 milhões de brasileiras e brasileiros, é um privilégio e um conforto ético ser contemporâneo do Lula; é um privilégio pertencer ao mesmo tempo histórico dele e poder contar com a sua genialidade, generosidade e humanidade.

Lula é o grande artífice desta vitória histórica da democracia sobre o fascismo e da vida sobre a barbárie.

Lula – e somente o Lula –, seria capaz de evitar que o Brasil desabasse tragicamente nas profundezas do precipício fascista.

Não passarão!

Voltamos a respirar, finalmente. Lula merece toda a gratidão do mundo e de todo o mundo.

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domingo, 30 de outubro de 2022

E o Nordeste salvou o Brasil do fascismo bolsonarista, por Eduardo Guimarães

 

Do Blog da Cidadania:

O Nordeste salvou o Brasil em 2010, em 2014. Bolsonaro tentou roubar, como era previsto, usando a PRF, mas nem roubar o ajudou. Agora temos que vencer o terceiro turno...



Família Passos, Talquey: Tchau, Jair embora! Acabou!

 

Do Canal da Família Passos:

Não teve Moro, Dallagnol, Curitiba, Fake News, milicos golpistas ou milicianos que impedissem a Democracia com LULA!



Zélia Duncan: “Amor pelo Brasil uniu muita gente boa em torno de Lula” e contra o fascismo

 

Artista destacou a necessidade de, depois que recuperar o Brasil com Lula, “não esquecer que essa luta é para sempre”

www.brasil247.com -

(Foto: Divulgação)

247 - A cantora e compositora Zélia Duncan, em entrevista à TV 247, afirmou que o amor pelo Brasil uniu muita gente boa em torno da candidatura do ex-presidente Lula (PT). “Eu acredito muito na vitória do Brasil”, disse a artista que apoia o atual candidato do PT a presidente contra Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição presidencial.

“Temos que pensar no Brasil como nação e realmente querer participar, como cidadão, sabe? Como a gente tá participando para retomar [o Brasil], a gente não esquecer que essa luta é para sempre. Só que a gente vai levando a boa luta junto com gente que quer o bem do Brasil”, afirmou.

Eduardo Guimarães: eleger Lula e derrotar Bolsonaro virou uma questão planetária

 

“O Bolsonaro assusta a humanidade”, afirmou à TV 247 o jornalista

www.brasil247.com - Lula, Eduardo Guimarães e Jair Bolsonaro

Lula, Eduardo Guimarães e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Isac Nóbrega/PR)

247O jornalista Eduardo Guimarães, em participação na TV 247, afirmou que a necessidade de eleger o ex-presidente Lula (PT) neste domingo (30), derrotando Jair Bolsonaro (PL), virou “uma questão planetária”.

Diante do risco que representa Bolsonaro, formou-se também contra ele, na mesma medida, uma “oposição planetária”, segundo Guimarães.

“O Bolsonaro não assusta só as pessoas cerebradas desse país. O Bolsonaro assusta a humanidade. Você tem o primeiro ministro de Portugal declarando apoio a ele [Lula]. É uma questão planetária. A comunidade das nações veem com apreensão o que acontece no Brasil, porque nós temos hoje o maior extremismo de direita das democracias consolidadas que se enxerga no cenário internacional. Pior que na Hungria, pior que em toda parte - em países com a democracia ainda vigente”, afirmou.

O jornalista ainda disse torcer por uma vitória ampla de Lula, para que não haja risco de contestações por parte de Bolsonaro. 

Assine o 247apoie por Pixinscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

É hora de barrar o terror militarista miliciano e o espanto com as maldades de Bolsonaro, com votos. Artigo de Denise Assis, dos Jornalistas pela Democracia

 

A colunista Denise Assis diz que 'os regimes opressivos se instalam, com ares de normalidade. Disfarçando como quem não quer nada, eles tomam nossos direitos'

www.brasil247.com - Ato Fora Bolsonaro

Ato Fora Bolsonaro (Foto: Oliven Rai/Mídia Ninja)

Por Denise Assis, para o 247

Os tempos estão sombrios. Há no ar algo mais que aviões de carreira. Não. Não falo de ameaça de golpe. Três tentativas de Bolsonaro já fracassaram: o 7 de setembro – abortado por falta de apoio do comando maior do Exército -; o aproveitamento da arruaça promovida por Roberto Jefferson, no último domingo (23/10), um “bom” pretexto para empastelar a eleição e, por último, o “relatório das inserções”, o chamado “H”, para cima do TSE, buscando um adiamento do pleito.

Os episódios mencionados acima se complementam com algo muito mais grave ainda. A manobra radical desfechada pelo candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que tentou apagar da sua campanha as imagens do assassinato de Felipe Lima, de 27 anos, que desgraçadamente atravessou com sua moto o cenário onde Tarcísio e os seus correligionários buscavam o reforço para a narrativa de Bolsonaro, de que “em favelas só moram bandidos”. Armaram um tiroteio – os famosos “teatrinhos”, rotineiros na ditadura civil-militar (1964/1985) – matando com um tiro certeiro o rapaz que simplesmente trafegava próximo ao local onde estava o candidato.

São muitas as pessoas que não se lembram ou não viveram o período de plena atividade da repressão. Quando se faz menção ao período, a tendência é achar ou que exageramos, ou tem-se a impressão errônea de que havia o tempo todo comboios de militares pelas ruas, oprimindo a população.

Não era assim. Havia no ar um clima de normalidade. Os cinemas, os teatros, funcionavam (com programação que usava o máximo de metáforas para burlar a censura, ou o humor escrachado, para não ferir as imposições dos poderosos e ir parar no pau-de-arara). 

O Congresso funcionava, embora tenha sido fechado quatro vezes (na decretação do Institucional nº 2 - AI-2; em 20 de outubro de 1966, para conter uma onda “contrarrevolucionaria” – foi o pretexto dado por Castelo; em 13 de dezembro de 1968, quando Costa e Silva baixou o AI-5 e, por fim, em 1977, por Geisel, no “pacote de abril).

Tal como agora – quando os votos dos deputados são comprados pelo “orçamento secreto” -, na época funcionava do mesmo jeito, com troca de favores e o comércio de consciências -, embora com mais discrição. Havia uma oposição, mas tragada como nos tempos atuais, pelo bloco adesista. 

Toda a introdução é para reforçar para o distinto público que, sim, vivemos tempos de exceção. Para repisar que não estamos na democracia plena e que é assim que os regimes opressivos se instalam, com ares de normalidade. Assoviando, disfarçando como quem não quer nada, eles vão tomando os nossos direitos. A Justiça em tempos de ditadura costuma funcionar ao lado do poder, como foi o STF daquela época.

Sorte a nossa, que o STE tem agido com correção e lisura, impedindo manipulações como tentaram nos ludibriar dois ministros de Estado: Fábios a serviço de farsas: o ministro das Comunicações, Fábio Farias, e seu secretário executivo, Fábio Wajngarten, alegando prejuízo do candidato à reeleição, nas inserções de rádio.

Mas o mais grave disso tudo são as mortes mal explicadas, os crimes omitidos, a desfaçatez – a mesma dos torturadores dos anos de chumbo. A tentar negar, como fez Tarcísio no debate com o seu adversário, Fernando Haddad, que tenha colocado em Paraisópolis um agente da ABIN (o equivalente ao SNI de então), disposto a matar pela sua campanha. E, o que assombra pela semelhança com as atividades dos porões: reativar a prática dos “teatrinhos”, para mascarar a morte de inocentes, salvando a própria pele. É possível que tenha feito naufragar a candidatura, que já nasceu torta pelo domicílio. Tarcísio não conhecia Paraisópolis. Tarcísio não conhece o estado que quer governar. Conhece, porém, e muito, as estratégias do apagamento. 

No domingo, temos a obrigação de varrer para sempre as práticas do arbítrio. Ele não avisa quando chega. Quem assistiu ao filme “Argentina 1985”, pôde constatar o espanto com que os argentinos foram colhidos com as revelações dos abusos da ditadura naquele país. Não foi diferente aqui, com o retorno dos exilados, a contar as suas desditas pelos calabouços do Estado. Chega de espantos. Temos chance de barrar esse terror no domingo! Às urnas!

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Vigília à favor de Lula (e contra o monstro do fascismo - bolsonarismo) “pelo futuro da vida humana no planeta”, por Ricardo Mezavila

 

Na visão de quem vive fora do Brasil, um segundo mandato para Bolsonaro representaria ameaça ao meio ambiente, ao planeta

Ricardo Stuckert

Vigília “pelo futuro da vida humana no planeta”

por Ricardo Mezavila 

A dois dias da eleição da civilização contra a barbárie, as atenções do mundo estão voltadas para o Brasil. O The New York Time defendeu voto em Lula: “pelo futuro da vida humana no planeta, precisamos desesperadamente de um novo presidente brasileiro que não queimará a floresta Amazônica“. 

“O meio ambiente pode e vai se casar com o desenvolvimento. Enquanto eu for presidente, o desenvolvimento estará acima de tudo. Não vou admitir mais o IBAMA sair multando a torto e direito por aí, bem como o ICMBio, essa festa vai acabar”, esse ataque de Bolsonaro à floresta repercutiu negativamente pelo mundo. 

A revista britânica Nature Science publicou Editorial contra Bolsonaro: “(…) os últimos quatro anos do Brasil são um lembrete do que acontece quando aqueles que elegemos desmantelam ativamente as instituições destinadas a reduzir a pobreza, proteger a saúde pública, impulsionar a ciência e o conhecimento, proteger o meio ambiente e defender a justiça e a integridade das evidências.” 

Na visão de quem vive fora do Brasil, um segundo mandato para Bolsonaro representaria ameaça ao meio ambiente, ao planeta; para os brasileiros representaria o reforço 2.0 na intolerância, desemprego, ódio e na fome. 

“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn “

Com apreensão, constatamos que a distopia bolsonarista avançou pelo território brasileiro, principalmente no sul e sudeste, despindo uma sociedade desprezível do ponto de vista moral, extremamente perversa contra as dificuldades do outro; um empresariado autoritário, sem visão social, que financia a eleição de seus representantes para manter o trabalhador na escravidão moderna. 

Assim como eu, você também deve estar desiludido com amigos e parentes, inocentes ou coléricos, caminhando de mãos dadas com fascistas, sendo carregados para o esgoto, descendo pastosamente pela latrina da história. 

Aos evangélicos neopentecostais, obrigados a jejuar pela vitória de satanás, aconselho uma reflexão sobre a incoerência entre a política e a fé, que não é religião, essa é o nó na corrente que aprisiona quem vive em miséria espiritual, servil à gula do charlatanismo. 

A escolha não é difícil, mas equivocada na ausência do senso crítico e para quem normaliza um cartucho caído em uma poça de sangue; e é uma obra de arte para quem sabe o lugar que ocupa, respeita o espaço do outro e compartilha o lugar comum para abraçar os divergentes e derrotar os antagônicos. 

Dia 30 é Lula, é 13! Até à vitória! 

sábado, 29 de outubro de 2022

A esperança para vencer o fascismo: Artistas nacionais e estrelas internacionais anunciam apoio a Lula

 

Do 247:

Artistas brasileiros e estrangeiros anunciaram, durante a Super Live Brasil da Esperança, apoio à candidatura de Lula a presidente. Eles gravam vídeos. Confira.



Do Portal do José: Sobre o debate Lula x Bolsonaro. Como as mensagens chegam ao eleitor?

 

Do Portal do José:

O que será mais importante, não é exatamente aquilo que pessoas como eu e você assistimos. O que realmente irá importar é aquilo que chegará a pessoas diferentes de nós! Isso realmente definirá o destino dessa eleição e de nosso país.




Fiéis protestam pelo fechamento da igreja de Nossa Senhora do Desterro em Campo Grande por Bolsonaro

 

Staff de Bolsonaro ocupou praça em Campo Grande, retirando parte das grades e colocando alambrados, tornando a matriz inacessível por suas quatro entradas

www.brasil247.com - Praça Dom João Esberard, em Campo Grande (RJ)

Praça Dom João Esberard, em Campo Grande (RJ) (Foto: Reprodução)

Por Marcelo Auler, em seu blog

Mais de 1.500 cidadãos, paroquianos da igreja Nossa Senhora do Desterro (Vicariato Episcopal Campo Grande, Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro) ou simplesmente pessoas “de bom coração” aderiram, através da internet, à Carta Aberta que denuncia os “atos ilícitos de apoiadores do Sr. Jair Messias Bolsonaro, que, de maneira grotesca e ameaçadora, estão, desde o dia 22 de outubro de 2022, tentando invadir o espaço da Igreja Matriz Nossa Senhora do Desterro, no intuito de montar uma base para um comício eleitoral que está agendado para o dia 27 de outubro de 2022, sendo realizado na Praça em frente à Igreja Matriz.”

Embora não tenha conseguido o espaço da igreja, o staff de Bolsonaro ocupou a Praça Dom João Esberard. Retiraram parte das grades e colocaram alambrados tornando a matriz inacessível por qualquer uma das quatro entradas que possui.

Com isso aumentou o isolamento do pároco João Lucas, do padre Ricardo Gomes, bem como o diácono Vitor Henrique. Os três estão confinados no interior da igreja – no bairro de Campo Grande, zona Oeste do Rio de Janeiro – desde domingo, tal como narramos na reportagem Comício de Bolsonaro fecha igreja e confina padres.

A reportagem publicada no Blog Marcelo Auler-Repórter e no Brasil 247 foi encaminhada por uma procuradora do Ministério Público do trabalho para a Procuradora Region AL Eleitoral, Neiden Cardoso de Oliveira (protocolo PRR2ª 00032692/2022) a quem caberá tomar as providências que entender necessárias, analisando se houve algum crime eleitoral no caso.

Eduardo Paes: “vamos arrancar votos deles”

Procurado pelos bolsonaristas, o pároco João Lucas explicou que não tinha autorização para ceder vídeos e fotos, algo que deveria ser pedido junto ao Vicariato para Comunicação Social da arquidiocese. O staff da campanha do atual presidente queria, inclusive, ocupar espaços da matriz, como o amplo estacionamento e o salão paroquial.

O prefeito Eduardo Paes confirmou ao Blog que a prefeitura sequer foi procurada e não autorizou o uso da praça, tampouco a retirada das grades. Garantiu que elas terão que ser recolocadas, do contrário dará queixa na delegacia de polícia. Ironicamente, concluiu, “Não há nada a fazer, a não ser usar isso para arrancar mais uns votos dele”.

Não será uma tarefa fácil, pois em Campo Grande o presidente tem um forte apoio. Muitos relacionam esses apoios ao fato de ser um bairro dominado pelas milícias. Provavelmente não será o principal nem o único fator a ajudá-lo.

O fato é que no primeiro turno, nas quatro zonas eleitorais daquele bairro (120, 122, 242 e 245) de um total de 270.059 eleitores aptos a votarem, no dia 2 e outubro foram digitados 254.817 votos válidos. Ou seja, apenas 5,64% dos eleitores dessas zonas eleitorais ou não compareceram ou depositaram votos em branco ou nulo.

Do total de votos validos, Bolsonaro foi escolhido por 149.506 eleitores, o que corresponde a 57,49% dos votos validados pelo TSE. Luiz Inácio Lula da Silva arrematou 87.216 votos (57,49%) enquanto Simone Tebet teve 9.316 votos (3,66%) e Ciro Gomes 8.668 (3,4%). Os demais candidatos tiveram votação pouco significativa.

Diante desse resultado, a expectativa é que Bolsonaro lote a Praça Dom João Esberard, em Campo Grande, cujo espaço reservado para o público, segundo uma das nossas fontes, é mais ou menos o equivalente a um terço da tradicional Praça da Cinelândia no centro do Rio de Janeiro.

Além do espaço menor, ele contará certamente com o apoio de muitos comerciantes da região, todos os donos de pequenos negócios e tradicionalmente conservadores. Sem falar nos fiéis das igrejas neopentecostais

Mas é fato também que existe um movimento nem tão silencioso assim, pelas redes sociais. A CARTA ABERTA DOS FIÉIS CATÓLICOS DA PARÓQUIA N. SRA. DO DESTERRO (Campo Grande – Rio de Janeiro – RJ) SOBRE AMEAÇAS DA CAMPANHA DE JAIR BOLSONARO CONTRA A IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA DO DESTERRO postada na madrugada dessa quinta feira na internet, já tinha recebido 1.564 adesões até as 13h00 e continua ganhando assinaturas. Provavelmente Bolsonaro poderá estar perdendo alguns eleitores naquela região, pela desastrada forma como seu staff preparou o comício previsto para as 16h00 dessa quinta-feira (27/10). Poderá ser mais um tiro no pé.

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Papa pede que Nossa Senhora livre o povo brasileiro do ódio e da intolerância

 Da Band Jornalismo:

Papa Francisco participa da audiência geral semanal no Vaticano, em 26 de outubro de 2022.
Papa Francisco participa da audiência geral semanal no Vaticano, em 26 de outubro de 2022.
REUTERS/Remo Casilli

O Papa Francisco se dirigiu ao Brasil nesta quarta-feira (26) durante a tradicional audiência na Praça São Pedro, no Vaticano, e pediu à Nossa Senhora Aparecida que proteja o povo brasileiro e o livre do "ódio" e da "intolerância". 

Ao final da Audiência-Geral, compromisso semanal com fiéis, a autoridade máxima da Igreja Católica fez a declaração a peregrinos em saudação feita em vários idiomas. Ao fazer referência à padroeira brasileira, Francisco afirmou rezar para que a Santa livre a população também da violência.

Do Portal do José sobre o hospício incontrolável das hordas bolsonaristas às vésperas do segundo turno

 

Do Portal do José:

Abriram-se as portas do manicômio bolsonarista! Como controlá-los? Eles voam como baratas tontas em busca de alguma solução para a campanha de Bolsonaro. Mas a rejeição é grande demais!



terça-feira, 25 de outubro de 2022

Bob Fernandes: Robertão é Bolsonaro e vice-versa. Presidente encena traição ao aliado depois dos tiros e granadas

 

Do Canal do analista político Bob Fernandes:


O dono e seus donos deram a senha, os fascistas estão soltos.

Há uma semana da eleição, atirando, xingando e babando ódio nas ruas.

Na sexta-feira, em Belo Horizonte, no restaurante de um hotel, Marina Silva foi chamada de “vagabunda” e “traidora”.

Marina prestou queixa na polícia.

Domingo. Covardemente, pelas costas, o tipo Diogo Resende socou Rogério de Paula, cinegrafista que trabalha para a Globo.

Que, mesmo “estável”, nesta segunda-feira, seguia na UTI.

Domingo à noite, Macaíba, região metropolitana de Natal, Rio Grande do Norte.

Outro tipo, esse de moto, deu três tiros contra uma carreata pró-Lula.

A governadora Fátima Bezerra foi rapidamente retirada do evento.

Tiros e granadas do extremista de direita Robertão Jefferson que feriram agentes da PF têm responsável político inequívoco.

Jair Messias Bolsonaro, boneco de ventríloquo dos militares no Poder.

As imagens que as amigas e os amigos verão a seguir foram exibidas neste canal há dois anos e meio.

Voltemos no tempo antes de chegarmos aos tiros e granadas de Robertão Jefferson neste domingo de agora.

Retornemos a 30 de abril de 2020.

Quando mostramos neste canal imagens e discursos feitos entre dois domingos: o 19 e o 26 de abril de 2020.

No domingo 26 de abril de 2020, no Palácio da Alvorada, de camiseta laranja e chinelos marrom, Bolsonaro retransmitiu uma live.

Live em seu canal no Facebook, assistida naqueles dias por mais de 3 milhões de seguidores.

Na live, entre outros participantes, o extremista de direita Robertão Jefferson cometeu crimes.

E Bolsonaro retransmitiu Robertão e seus crimes.

Neste domingo de agora, outro personagem de 2020 metido, outra vez, no terror.

Comecemos pelo que vimos e ouvimos há 48 horas. No domingo.

Dito em vídeo pelo deputado e pastor, ou vice-versa, Otoni de Paula.

Segundo ele, Bolsonaro tomou uma decisão depois dos tiros, granadas e a ordem de prisão contra Robertão.

Decisão de mandar as Forças Armadas protegerem Robertão Jefferson.

Até o meio da tarde do domingo, Bolsonaro havia publicado dois tuítes.

Um, informando que devido “ao lamentável episódio”, havia enviado seu ministro da Justiça ao Rio de Janeiro.

Por quê? Pra conversar com quem deu tiros e jogou granadas em agentes da PF?

O desfecho se daria em meio a uma conversa vergonhosamente amistosa entre o extremista de direita Robertão Jefferson e um agente da Polícia Federal.

Agente da PF e o cidadão que atirou na PF. Secundados pelo - definição da senadora Soraya Thronicke - “Padre de Festa Junina”, Kelmon.

Mas ouçamos o que, mais cedo neste domingo, informava o pastor e deputado, ou vice-versa, Otoni de Paula.

- Parabéns, presidente Bolsonaro, por sua atitude de proteção à pátria, de proteção a Roberto Jefferson.

“Ah, mas esse Otoni não fala pelo presidente”.

É mesmo? Então vejamos e ouçamos conselhos dados por Otoni de Paula a Bolsonaro há dois anos e meio.

À época, Otoni transmitiu a conversa a seguir numa live para mais de um milhão de pessoas.

E não foi desmentido pelo presidente.

E teve bem mais naquele domingo de abril de 2020. Vejamos novamente Otoni e seus “conselhos” de então.

Entendam como, por que e por quem o “criminoso” extremista de direita Robertão Jefferson está dando tiros e jogando granadas a uma semana da eleição.

(Otoni de Paula em vídeo)

- À Suprema Corte. Esquece o Exército, tá? Esquece o Exército. Esquece o Exército, AI-5. Esquece isso. Vai ter guerra civil.

E então, há dois anos e meio, outro parça do presidente.

Na página “Admiradores do pastor Mala Faia”, em 2020, foi retransmitido esse mesmo vídeo.

Para mais de um milhão de seguidores.

É assim que essa máquina de mentiras e ódios opera.

Foi contra essa máquina de mentiras e ódio que, tardiamente, o TSE tomou uma decisão que atiçou os atos criminosos de Robertão neste domingo.

O TSE impôs à emissora de rádio e televisão Jovem Pan direitos de resposta para Lula.

E “abstenção excepcionalíssima” de novos ataques até a eleição, se usando os mesmos temas.

Quem berrou “Censura!” contra a decisão”?

Exatamente os que berram pelo AI-5 e uma nova ditadura plena.

Os que costumeiramente ofendem e agridem jornalistas. E não apenas.

Fascistas protestando contra censura, você vê no Brasil de farsantes e hipócritas.

No sábado, por unanimidade, o TSE concedeu o direito de resposta.

116 respostas, no mesmo bloco, mesmo horário e mesma emissora, Jovem Pan.

Isso corresponde a 24 inserções de 30 segundos, cada uma delas.

A Pan foi condenada pela repetição de declarações consideradas distorcidas e ofensivas contra Lula.

Declarações de alguns dos seus comentaristas, a partir de mentiras veiculadas no horário eleitoral ou comerciais da campanha de Bolsonaro.

Declarações forçando a vinculação e preferência por bandidos.

Ou mentiras de que Lula pediu a FHC para libertar sequestradores do empresário Abílio Diniz.

Isso não é jornalismo. É mentira, é cafajestada. E fatura.

Erros acontecem também no jornalismo, dados são confundidos ou exagerados.

Mas Bolsonaro falseia, distorce, mente, como tem mostrado há anos o site Aos Fatos.

E os seus porta-vozes ampliam e repercutem as mentiras e ofensas.

O presidente mente inclusive durante os debates, com o país inteiro assistindo.

Domingo mesmo, no seu Twitter, Bolsonaro escreveu sobre...

- ...a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do Ministério Público.

Mentira. E quem o desmentiu foi Eloisa Machado.

Doutora em Política Constitucional e professora da Fundação Getúlio Vargas, que rebateu em sua página no Twitter. Disse:

- É mentira. Ação penal contra Jefferson foi proposta pela Procuradoria-Geral da República!

A propósito, a mesma doutora Eloísa Machado, revelou no domingo:

- Passei a tarde do sábado dando entrevistas e explicando por que as decisões do TSE não são censura, são óbvias e baseadas na lei, comuns na lei eleitoral desde sempre.

Sim, mas qual teria sido a revelação da doutora Eloísa Machado?

A de que não foi publicada nenhuma das explicações que ela deu a jornalistas.

Mentiras e ofensas reproduzidas, país inteiro, para milhões e milhões de pessoas desequilibram uma eleição.

Definem uma eleição. Mais ainda quando é uma eleição taco a taco, voto a voto.

Vimos o derrame de mamadeiras de piroca e fake news na eleição de 2018. Deu nisso aí.

Legislação eleitoral. Lei 4.737, artigo 323.

Lá está dito.

É proibido divulgar, na propaganda eleitoral ou durante período de campanha eleitoral, fatos que sabe inverídicos em relação a partidos ou a candidatos e capazes de exercer influência perante o eleitorado.

Pena: de dois meses a um ano de prisão. Ou pagamento de 120 a 150 dias-multa.

Parágrafo único. Crime esse, se cometido pela imprensa, rádio, TV, internet, tem a pena agravada.

Na sexta-feira, o extremista de direita Robertão Jefferson partiu para o ataque contra a ministra Carmen Lúcia.

Não exibiremos em vídeo aqui a grotesca fala. Chamando a ministra de “Bruxa” e dizendo, por exemplo, isso:

- Lembra mesmo aquelas prostitutas, aquelas vagabundas, arrombadas que viram para o cara e dizem: ‘Benzinho, no rabinho é a primeira vez’.

Isso dito para uma senhora de 67 anos e, ainda por cima, ministra do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral.

E a fascistaria ainda fica buscando desculpas.

No domingo, de posse da senha já há anos, essa construção chamada fascismo mostrou seus dentes, sua ignorância e seus ódios.

Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, agentes da PF foram prender Robertão.

Em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro.

Robertão estava em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica.

E já vinha desrespeitando o que determina a lei: dava entrevistas, usava internet, fazia reuniões políticas.

As gravíssimas ofensas a Carmen Lúcia e, por consequência, ao STF se deram na sexta-feira..

No domingo, o extremista de direita Robertão Jefferson recebeu a PF com tiros de fuzil e granadas.

Feriu com estilhaços das granadas os policiais federais Karina Miranda e Marcelo Vilela.

Por longas 8 horas, Robertão debochou da PF, do TSE e do STF. Só se entregou à noite.

Grotesco e revelador, o espetáculo encenado entre os tiros e granadas e a prisão.

Para quem tenha um mínimo de inteligência ou bom senso, o espetáculo absurdo deixou nus Bolsonaro e os seus.

E, percebamos, sob silêncio absoluto, estrondoso dos militares. Todos sabendo da profunda ligação entre Bolsonaro e Robertão, grande parceiro do presidente há anos.

Apenas imaginem, por exemplo militares, se tiros e granadas fossem de um aliado, mesmo distante, muito distante, de Lula.

Ou de qualquer candidato da dita esquerda.

Bolsonaro, sempre mentindo, disse no domingo: “Não tenho fotos com Robertão”. Tem. Várias.

E tem e teve muito mais. E ainda obscuro.

O presidente da República despachou para o Rio de Janeiro Anderson Torres, seu ministro da Justiça.

Que é delegado da mesma PF vitimada por tiros e granadas.

Para que o ministro da Justiça no Rio? Num ato, num gesto absolutamente inabitual.

Para mensagens? Para acertar, combinar as coisas?

Quem acabou como mediador, ao menos o visível, o oficial, nesse circo de horrores foi, imaginem só, o Padre Kelmon.

Isso já bastaria para expor Bolsonaro definitivamente.

Kelmon foi linha auxiliar, boneco de ventríloquo de Bolsonaro no debate na Band.

O Brasil assistiu ao indecente troca-troca.

Kelmon, o vice que substituiu o preso Robertão como candidato a presidente, no debate serviu de capacho para o Bolsonaro.

Que mensagem Kelmon teria enviado a Robertão neste domingo de agora? Em nome de quem?

No entrecho com tiros e prisão, o bolsonaristão pirou.

Nas redes sociais, durante a tarde, seguidores, e ditos jornalistas, na coleira, defendendo Robertão.

Nesse episódio, Bolsonaro começou repudiando as ofensas a Carmen Lúcia enquanto, ao mesmo tempo, repudiou a prisão do parceiro Robertão.

E mentindo sobre a ausência da PGR no caso.

Os fiéis o seguiram nas redes sociais. Ora delirando, ora mentindo.

Otoni de Paula, deputado e pastor, ou vice-versa, gravou aquele vídeo informando...

Em defesa de Robertão, Bolsonaro acionaria as Forças Armadas.

Fiéis mais fiéis ficaram molhadinhos com a citação... Forças Armadas. Só pensam naquilo.

Por fim, já à noite, tudo acertado, Bolsonaro gravou vídeo.

Referindo-se à “prisão do criminoso Robertão Jefferson”.

Traiu o parceiraço de campanha, como creem alguns?

Nesta segunda-feira, mentiroso, cínico, publicamente ao menos Bolsonaro renegou Robertão.

E, confiante na ignorância, estupidez ou canalhice, tentou vincular seu feroz aliado Robertão a... Lula.

Bolsonaro traiu mesmo o aliado Robertão ou isso foi parte do combinado com os emissários? Ou isso é parte do acerto, da farsa dominical?

Farsa que, por longas horas, desviou atenções de algo muito mais grave para a população.

Na quinta-feira foi revelado.

Num eventual futuro governo Bolsonaro, o salário mínimo não será corrigido pela inflação.

Pobres, classes médias baixas e aposentados pagariam pela farra do governo Bolsonaro com dinheiro público.

O vale-tudo para vencer as eleições.

Em busca da reeleição, torrados estimados R$160 bilhões num “pacote de bondades”.

Sem contar as dezenas de bilhões do escandaloso, corrupto e corruptor Orçamento Secreto.

Em algum lugar, alguém já disse.

O que chamam de antipetismo ou anti-esquerdismo feroz dessa gente se alimenta de um medo.

Medo que os filhos dos seus empregados um dia já não trabalhem mais como empregados dos seus filhos.


Meteoro Brasil explicando o plano de Paulo Guedes/Bolsonaro para destruir a aposentadoria e encolher o salário mínimo

 

Do Canal Meteoro Brasil:

Paulo Guedes quer desvincular o aumento do salário mínimo da inflação. Basicamente, ele quer o trabalhador ganhando bem menos.



Henrique Vieira: Por que o fundamentalismo religioso mais nocivo (e contra o Cristo) vence há tanto tempo?

 

Do Canal da CartaCapital:

Henrique Vieira, professor, escritor e pastor batista, foi eleito deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro com quase 54 mil votos. Ele se elege em um momento no qual o voto do eleitorado religioso - em especial dos evangélicos - parece ser crucial para a disputa entre Lula e Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições.



A ação de Roberto Jefferson escancara a estratégia golpista de Bolsonaro, por Luis Nassif

 

A reação de Jefferson se dá no momento em que as redes bolsonaristas, no WhatsApp e no Telegram, reforçam cada vez mais o discurso de ódio contra o TSE e contra as eleições. Ao mesmo tempo, o Ministro da Defesa recua em sua decisão de apresentar relatórios de conferência de votos ao TSE, avisando que só encerrará a fiscalização no início do ano.

Artigo de Luis Nassif

As cenas da conversa amistosa de Roberto Jefferson com Policiais Federais que foram prendê-lo mostra que sua atitude contra o Tribunal Superior Eleitoral foi respaldada pelo governo Jair Bolsonaro.

Jefferson simularia uma resistência à prisão, atrairia outros bolsonaristas para a resistência e ajudaria a botar gasolina na fogueira que Bolsonaro pretende armar contra o TSE.

Já estava tudo armado: policiais amigos, a ida do Ministro da Justiça para negociar sua saída. O enredo foi por água abaixo quando Jefferson se precipitou, atingiu carros da PF, feriu policiais federais e chegou a jogar granadas nos veículos.

Bolsonaro que, nas manifestações iniciais, condenara mais o TSE do que Jefferson, foi obrigado a editar suas mensagens, passando a tratar o aliado como inimigo. O Ministro da Justiça tentou se safar com o álibi de que sua ida para a casa do ex-deputado visava impedir derramamento de sangue. Como assim? Um Ministro com a agenda em aberto, antes mesmo de haver informações públicas sobre o gesto de Jefferson?

O episódio reforça as suspeitas da estratégia de Bolsonaro, de não aceitar os resultados eleitorais do 2o turno. Mostra também a falta de rumo de sua campanha, ao radicalizar nos fake news, abandonar as campanhas de rua e, agora, recorrer a esse episódio rocambolesco. Há sinais nítidos de desespero, na ofensiva de empresários bolsonaristas contra seus funcionários, mesmo sob o risco de processos pesados ao final das eleições.

A reação de Jefferson se dá no momento em que as redes bolsonaristas, no WhatsApp e no Telegram, reforçam cada vez mais o discurso de ódio contra o TSE e contra as eleições. Ao mesmo tempo, o Ministro da Defesa recua em sua decisão de apresentar relatórios de conferência de votos ao TSE, avisando que só encerrará a fiscalização no início do ano.

Esse desespero acaba dando maior credibilidade aos trackings do PT, apresentando uma diferença estável de 5 pontos a favor de Lula, entre os votos úteis.

Haverá dois desafios imediatos e um de médio prazo. Os imediatos são a vitória de Lula no 2o turno e os dois meses até que ele assuma a presidência. Será um período de muitas turbulências, com milícias bolsonaristas espalhando violência pelo país, provavelmente para criar um pretexto para uma operação da Garantia de Lei e Ordem ou estado de sítio.

Nesse ponto, se verá o nível de profissionalismo das Forças Armadas e das polícias militares.

Superados esses dois obstáculos, haverá um grande trabalho de reconstrução da paz nacional.

sábado, 22 de outubro de 2022

BBC News Brasil: Cristãos relatam perseguição em igrejas a quem não apoia Bolsonaro

 

Da BBC News Brasil:



Mas apesar de representarem parte expressiva da comunidade evangélica — quatro em cada dez, segundo o levantamento mais recente do instituto —, aqueles que discordam do presidente raramente têm chance de expressar sua opinião. Principalmente dentro das igrejas, eles contam. Neste vídeo, algumas dessas pessoas contam a nosso repórter Ricardo Senra que, enquanto muitos de seus irmãos de fé apoiam Bolsonaro por medo de enfrentarem episódios futuros de intolerância religiosa no Brasil, a perseguição contra cristãos já existiria no país. Nas palavras dos entrevistados, ela acontece dentro dos próprios templos, puxada principalmente por líderes religiosos que ameaçam com castigo divino ou punição dentro da própria igreja aqueles que discordam da fusão entre política e religião que tem marcado estas eleições. A BBC News Brasil recebeu mais de 100 relatos de cristãos, principalmente evangélicos, que narram episódios de pressão ou intimidação dentro dos templos na reta final da eleição. Muitos pediram anonimato, com medo de consequências para si próprios ou suas famílias dentro das igrejas. Outros já sofreram consequências. Assista e confira seus relatos. A BBC News Brasil pediu esclarecimentos a todas as igrejas citadas nesta reportagem: Igreja Quadrangular, Igreja Batista, Assembleia de Deus e Santuário católico de São Miguel Arcanjo. Nenhuma respondeu às solicitações de comentários.