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segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Natal... Entre a espiritualidade e simplicidade da criança nascida em um estábulo e o materialismo neurótico e consumista longe de Cristo

 


Então, como lembra Lennon, Yoko e Simone, mais uma vez é Natal... e o que nós fizemos dele? Qual significado, de fato, damos a esta data?

Recordamos do nascimento daquele menino que iria se tornar o Homem que iria despertar as
esperanças e estimular a espiritualidade, a tolerância e a fraternidade ou, ao contrário, caimos na paranóia do consumismo, da hipocrisia, do egoísmo e do estresse de mercado? Mercado que, inclusive, desenvolveu uma forma compatível de religião igualmente midiática, espetaculosa e banal a envolver noites e madrugadas a mesmerizar a gente ingênua, vendendo caro a ilusão de pretensos milagres e promessas de benefícios materiais?

A quem a mídia exalta, o Cristo humilde no coração de todos, especialmente dos mais simples,  ou o Papai Noel que só é de fato generoso para quem já nasceu acima da miséria?

Nos reunimos para repartir a ceia com carinho ou esperamos apenas os presentes e a mesa farta (que, para alguns, não existe) em tempos, novamente e pelos "heróis" do moralismo, de inflação galopante e galopante desemprego?

Não é estranho que uma festa que deveria destacar a paz e a espiritualidade seja, pela mídia, transformada no seu oposto mesquinho e materialista? E ainda assim, permitimos que isso aconteça....

Carlos Antonio Fragoso Guimarães

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