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quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Se querem opinar sobre tudo, opinem sobre o motorista dos Bolsonaro, diz Kennedy Alencar à turma de Dallagnol




Jornal GGN - Os procuradores de Curitiba não são comentaristas nem políticos, mas se querem agir como se fossem, para manipular a opinião pública, deveriam se posicionar também sobre o motorista dos Bolsonaro, que foi pego pelo Coaf movimentando R$ 1,2 milhão em transações suspeitas. Ou sobre o auxílio-moradia de juízes ressuscitado pelo Conselho Nacional de Justiça, entre outros temas que têm arrancado da turma de Deltan Dallagnol nada mais que silêncio. É o que afirma o jornalista Kennedy Alencar.
 
A análise do jornalista foi divulgada pouco antes de o presidente do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli cassar a liminar do ministro Marco Aurélio Mello contra prisões em segunda instância. A liminar poderia abrir caminho para a liberdade de Lula, mas com a ajuda dos procuradores de Curitiba e outros detratores, parte da grande mídia pressionou Toffoli a derrubar a decisão do colega.
 
"A reação de procuradores da República da força-tarefa da Lava Jato é uma tentativa antidemocrática de controlar a narrativa dos fatos relacionados ao ex-presidente Lula, manipulando a opinião pública. A decisão de Marco Aurélio não se aplicaria somente a Lula. A Lava Jato não se enfraqueceria por causa disso. São mentiras ditas para a opinião pública a fim de enfraquecer o ministro do STF", comentou Kennedy.
 
"Procuradores da República não são comentaristas nem políticos. Se desejam tais posições, também poderiam dar opinião sobre as relações da família Bolsonaro com o motorista Fabrício Queiroz, que hoje deu bolo no Ministério Público. Poderiam comentar a vergonha da ressurreição do auxílio-moradia. Deveriam debater por que a Previdência, que paga altas aposentadorias a uma elite do funcionalismo, está em dificuldade", disparou.
 
Para o jornalista, "numa democracia, as instâncias da Justiça têm um papel que precisa ser respeitado, sob pena de minar freios e contrapesos. Procurador da República não é órgão de controle externo do Supremo."
 
Na coluna, Kennedy ainda ponderou que a culpa da crise no Supremo é do uso político da corte por alguns ministros, como Cármen Lúcia, que não pautou duas ações de relatoria de Marco Aurélio Mello sobre prisão em segunda instância para "prejudicar Lula".
 
Leia a coluna completa aqui.


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