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terça-feira, 2 de outubro de 2018

Bob Fernandes: Nas manchetes, tribunais mentem, manipulam e agora atacam "ódio, radicalismo"





O capitão Bolsonaro disse de novo: ou ele ganha ou terá sido fraude.
Seu vice, general Mourão, também já pregou golpe. No presente, no passado e para o futuro.
Sabe-se quem conjuga os verbos torturar, matar, golpear. No presente e no passado. Que não seja no futuro..
Sabe-se o que pensam, dizem os candidatos sobre raça, gênero, democracia, ditadura, educação, sexualidade...
Sábado centenas de milhares de mulheres foram às ruas no Brasil. Para, em nome do passado, presente e futuro cantar o #elenão.
Domingo foi dia do #elesim. Convalescendo, Bolsonaro não veio à Paulista.
Foi representado pelo filho, deputado Eduardo Bolsonaro. Que em resposta ao #elenão sacou o familiar estigma. O de mulheres como objetos. Discursou:
-As mulheres de direita são mais bonitas e higiênicas que as da esquerda. Não mostram os peitos nem defecam nas ruas.
História e personagens desta eleição estão ai há anos. Não sabem quem são os que não querem ou os que não têm como saber.
Candidatos disputam votos. Política e ego são implacáveis. Assim é do jogo dizerem o que agora dizem sobre "ódio", "radicalismo" etc.
Mas "ódio" dito, analisado, tornado editorial com ares de surpresa, de espanto?
"Ódio" brota do nada num Brasil que convive há 3 décadas e meia com 1,5 milhão de assassinatos, 64 mil na última macabra contagem?
"Ódio" e "Radicalismo" usados como adjetivos políticos de ocasião eleitoral num país com 52 milhões de pobres, 14 milhões de miseráveis?
Tantos a fingir imparcialidade e equilíbrio que nunca tiveram...nem nas manchetes, nem nos tribunais.
Fux, ministro do Supremo, censura entrevista com Lula. Nesta segunda,1, de novo liberada por Lewandowski.
(PS: e à noite novamente censurada. Por Dias Toffoli, presidente do Supremo.)
Tudo isso enquanto o juiz Moro se joga na campanha como cabo eleitoral. Libera porções da delação de Palocci, feita há meses, exatamente nas vésperas da eleição.
Omitiram, mentiram, esconderam aliados, manipularam, instigaram "ódio" e "radicalismo" contra o qual agora, cínica e oportunisticamente, dizem se importar.
Fizeram, fazem escolhas político-partidárias-eleitorais.
E farsesco agora nivelar como iguais candidatos e candidaturas que não são iguais.
Perigosíssimo igualar os que acatam as regras básicas aos pregadores de golpe. Pregadores do fascismo do passado a caminho do futuro.

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