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domingo, 23 de setembro de 2018

Bolsonaro é um risco à democracia, Haddad um político sério, dizem os jornais internacionais The Economist, Financial Times e Bloomberg.... Mas a Globo e a Fiesp já fizeram o estrago na cabeça néscia de muitos protofacistas...



Reportagens e editoriais veiculados por Economist, Financial Times e Bloomberg alteram percepção sobre presidenciáveis 


Bolsonaro é um risco à democracia, Haddad um político sério, dizem jornais internacionais



Foto: EBC
Jornal GGNOs principais jornais internacionais alinhados ao mercado financeiro publicaram nos últimos dias uma série de artigos e editoriais demonstrando preocupação com um governo no Brasil presidido por Jair Bolsonaro, ao mesmo tempo em que começam a se referir ao candidato do PT, Fernando Haddad, como um político sério e moderado.
O levantamento foi exposto na coluna de Patrícia Mello, na Folha de S.Paulo, mostrando mudança de foco das lentes do Economist, Financial Times e Bloomberg. 
"Sabemos que alguns dirão que esses veículos aí são todos “fake news”. Esses alguns deveriam se preocupar com uma possível debandada da “entidade” mercado, que antes apoiavam Bolsonaro de forma quase eufórica", conclui a colunista.
Para o editorial da revista Economist, se Bolsonaro for o vencedor nessas eleições, "o próximo governo não conseguirá nenhuma (das reformas) acima citadas. Pior, seus instintos autoritários podem enfraquecer ainda mais a democracia brasileira”. O material afirma, ainda, que o candidato da extrema-direita irá "colocar em risco a sobrevivência da democracia do maior país da América Latina”.
A mesma linha repete o jornalista Jonathan Wheatley, no Financial Times, apontando que analistas começam a avaliar que Bolsonaro não acredita na necessidade de reformas, "Paulo Guedes certamente é um reformista, mas isso não significa que Bolsonaro vá ouvi-lo", reflete pontuando, em seguida, que Fernando Haddad "é, na realidade, uma pessoa séria".
"Apesar de o programa do PT ser muito contrário a reformas, e inclusive prega que sejam desfeitas as reformas bem pequenas que foram feitas, ele é um cara sério que acredita em deixar a Petrobras e outras petrolíferas determinarem preços, acredita em uma previdência unificada, acabando com o sistema de previdência injusto que beneficia o setor público em detrimento de todo o resto. Então o mercado pode acabar conseguindo o que quer, do jeito que menos espera”, completou.
Já Joe Leahy, chefe da sucursal do Financial Times no Brasil declarou em um podcast:
“Fernando Haddad é um moderador que governou São Paulo por quatro anos, foi fiscalmente responsável e adotou ideias progressistas para transporte público que foram apoiadas pela classe média alta", destacando sua preocupação com o partido do presidenciável que teria se radicalizado "muito por causa do impeachment", querendo trazer de volta o modelo econômico de Lula considerado pelo jornal "de grandes gastos dependente do boom das commodities".
"Vai ser difícil para um governo Haddad lidar com as pressões do PT e do Congresso, que certamente será hostil ao PT", ponderou. 
O Bloomberg, por sua vez, pontuou em reportagem a preocupação de o general Hamilton Mourão assumir o protagonismo no lugar de Bolsonaro. “Esses militares reformados não têm um comprometimento real com as instituições democráticas”. Para ler a coluna na íntegra, clique aqui. 

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