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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Bob Fernandes sobre o atentado contra o Charlie Hebdo na França e os ódios fomentados pela direita no Brasil

Segue video e transcrição do comentário do analista político Bob Fernandes, da TV Gazeta:



O atentado na França... e os ódios no Brasil


O ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo é um desses fatos que levam o mundo a refletir.

Doze mortos, entre eles quatro cartunistas. Desde 2011, quando publicou charge com o profeta Maomé, o semanário francês estava ameaçado.

O atentado em Paris teria sido motivado por ódio religioso ou, no mínimo, para provocar tal ódio. Portanto, um ato com origem e sentido ideológico.

O Brasil, cada vez mais mergulhado em ondas de ódio ideológico, tem reflexões a fazer.

O Estado brasileiro é oficialmente laico. O Estado, que é o dono dos espaços de radiodifusão, há décadas apenas assiste à escalada de intolerância religiosa.

Há anos terreiros são atacados e o candomblé é agredido e ridicularizado em alguns espaços na Tv e rádio.

Em 2014 terreiros foram alvo de atentados, por exemplo, na Bahia e no Rio.

E os ódios são variados. O Brasil é campeão mundial no assassinato de homossexuais. Em 2013 foram 312 assassinados. Até setembro passado, outros 218.

Isso diante da complacência com tipos notoriamente pregadores de ódio aos homossexuais. E não apenas.

Nas redes sociais, acoitados pelo anonimato covarde, há os que pregam morte a quem critique seu líder político. A quem fascistas tratam por um dos seus sobrenomes, "Messias".

O que não faltou durante a campanha eleitoral, e sobra desde então, é generalizado ódio ideológico, político-partidário.

De uns que enxergam a oposição como inimigo a ser exterminado.

Ou dos que confundem a resistência a ditaduras com o que chamam de "terrorismo". E isso ao mesmo tempo em que clamam por outra ditadura.

Essa é uma gente que não sabe, a propósito da França, que franceses veem De Gaulle como grande líder no século XX.

Por De Gaulle ter comandado a resistência a um regime ilegal durante a II Guerra. Por aqui, fosse no embalo da ignorancia e burrice, De Gaulle seria chamado de "terrorista".

Um comentário:

  1. Liberdade de expressão
    Liberdade na imprensa
    Liberdade…
    …não significa…
    …não é…
    …constante ou diariamente
    …e publicamente
    …esbofetear
    …bater na cara de alguém‼
    Mesmo esse alguém estando errado‼

    Como tem gente por este Brasil, de pequena a grande, fazendo uso de qualquer meio – principalmente da imprensa [e da liberdade de…] e, da própria política –, para escrever, falar, propagandear, divulgar de maneira mal intencionada, daí, criminosa, para denegrir, desqualificar, desconstruir a ideia de governo, de política, de socialismo, de comunismo... Para atingir predeterminados objetivos, escondendo seu verdadeiro interesse: tomar e ocupar o lugar onde estão aqueles que estão sendo aparentemente denunciados... Destruídos pelo o que escrevem, falam, divulgam como verdades bem intencionadas!! Benéficas a sociedade, ao povo!!

    Professor negreiros

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