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domingo, 22 de junho de 2014

O ódio sem charme e sem senso de ridículo de um articulista da Veja

Segue artigo de Paulo Nogueira extraído do Diário do Centro do Mundo:

A perseguição a Trajano





Os velhos truqes contra Trajano


Colocam, no Facebook, mais um artigo de Reinaldo Azevedo contra José Trajano (que criticou ao vivo os articulistas do ódio, como Azevedo, Constantino, Mainardi e outros).

É uma perseguição ao mesmo tempo selvagem, pela intenção de quem a faz, e inútil, porque fora dos círculos dos analfabetos políticos ninguém leva a sério Reinaldo Azevedo.

Por isso, Trajano pode receber as agressões com suspiros de tédio, ou simplesmente com estrepitosa indiferença.

O que eu gostaria de sublinhar, aqui, é o método de RA de polemizar. São sempre os mesmos truques, que conheço desde que se manifestou, há alguns anos, sua obsessão por mim.

Sua primeira investida contra mim veio em 2007 quando, num texto na revista Época, critiquei Mainardi e a “mainardização” da Veja.

Ele tomou as dores de Mainardi, sua alma gêmea, e tentou me indispor com a direção da Globo.

Os truques frequentes:

1) Ele desqualifica o alvo dizendo que não o conhece, como se isso significasse alguma coisa que não sua própria ignorância.

Afora a infantilidade do “argumento”, é algo que não se sustenta minimamente. Imagine, por acaso, que Glenn Greenwald decidisse responder a um dos múltiplos ataques de Azevedo a ele.

Jamais, repito, jamais Greenwald utilizaria este expediente primitivo: ele me conhece, e eu não o conheço.

Numa palavra, é uma estupidez.


2) Azevedo se autoglorifica. Eis uma infantilidade doentia. Em sua insegurança patética, nascida do fato de não ter carreira decente até se prestar ao papel de sicário da plutocracia, ele se autoenaltece sem freios.

Diz que é lido por milhões de pessoas, alega uma erudição que nega ao oponente e parece o Leonardo di Caprio em Titanic quando grita: “Sou o Rei do Universo”.

Se alguém verificar a sério a audiência de Azevedo, provavelmente se decepcionará: são as mesmas pessoas que entram a todo instante em seu blog, saúdam o seu “rei” e deixam os comentários idiotas de praxe. (O mais comum é: “na cascuda!”, signifique isso o que significar.

3) Reinaldo Azevedo se vitimiza e bravateia.

Com Trajano, ele prometeu processá-lo até por racismo. E por injúria, difamação etc. Isso tudo no mesmo tempo em que chamava Trajano de babaca, feio, velho e outras coisas de seu infame arsenal.

No prontuário de Reinaldo Azevedo consta “nassífilis”, como ele se referiu a Nassif alguns anos atrás.

E ele, a despeito de todos os insultos que atira contra os outros, deu agora para ameaçar processar por difamação.

4)  Ele se declara um cruzado da “imprensa independente”.

Independente de quê? Do governo? Passemos para outra piada. As empresas jornalísticas sempre se abarrotaram de dinheiro público de administrações federais, estaduais e municipais.

- (para quem tem dúvidas dos dizeres acima de Reinaldo Azevedo, confira-se os mesmos no próprio site da Veja, em http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/lula-novo-com-culpa-povo/) -

Ou por propaganda – durante anos a preços de tabela quando todos os anunciantes privadas obtinham descontos enormes – ou por expedientes como o lote de assinaturas da Veja que o governo de São Paulo compra da Abril com dinheiro do contribuinte paulista.

Diversos governos estaduais sempre compraram livros da Editora Globo também com dinheiro público. Em meus anos na editora, tive uma briga memorável com o governador do Amazonas porque ele imaginava que, comprando lotes de livros da Globo, teria em troca cobertura favorável da revista Época.

Isso para não falar dos empréstimos do BNDES, a juros maternos. Gráficas, equipamentos televisivos, tudo isso, essencialmente, é fruto do BNDES.

É pedagógica a foto de Roberto Marinho com FHC na inauguração de uma gráfica da Globo feita, pausa para risadas, para imprimir 1 milhão de Globos.

A despeito da fortuna da família, foi com recursos do contribuinte que a gráfica foi erguida.

Isso para não falar da reserva de mercado que existe para a mídia nacional. Para ganhar o mundo, o australiano Murdoch teve que se arriscar, primeiro na Inglaterra, depois nos Estados Unidos.

Isso se chama capitalismo. Aqui, as famílias conseguiram ser protegidas por uma reserva que governo nenhum ousou desafiar.

5)   Ele diz estar se divertindo nas polêmicas.

Bom, quem acredita nisso acredita em tudo. O que emerge nas polêmicas de Reinaldo Azevedo é um sujeito atormentado, cheio de ódio, complexado, inseguro.


Foi o último citado na lista quádrupla de Trajano, mas mesmo assim sempre que fala nela coloca seu nome em primeiro lugar. É como se tivesse ficado ofendido com a ordem estabelecida por Trajano.

Não sei se Trajano está aflito com a perseguição. Não deveria. Ninguém que não seja um analfabeto político leva a sério Reinaldo Azevedo.

Repito: ninguém.



Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

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