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domingo, 9 de fevereiro de 2014

A Máfia de Branco brasileira, elitista, conservadora e exclusivista, reage contra o Programa Mais Médicos, com a ajuda de Ramona e o Caiado por fora








Extraído do Brasil 247:

Entidades declaram guerra ao programa Mais Médicos

 

 

    O Conselho Federal de Medicina, a Federação Nacional dos Médicos e a Associação Médica Brasileira divulgaram, neste domingo, uma carta de repúdio às condições de trabalho dos profissionais que atuam no âmbito do programa Mais Médicos; pretexto foi o caso da cubana Ramona Rodríguez, que desertou e disse ter trabalhado como "escrava"; nesta segunda, o Ministério Público do Trabalho toma o depoimento da médica, que foi contratada por uma dessas entidades.

   9 de Fevereiro de 2014 às 19:41

   Aline Valcarenghi - Repórter da Agência Brasil 

   Entidades médicas divulgaram hoje (9) carta de repúdio às condições de trabalho dos profissionais, cubanos ou não, que atuam no Programa Mais Médicos. O Conselho Federal de Medicina, a Federação Nacional dos Médicos e a Associação Médica Brasileira alegam que o contrato fere direitos individuais e trabalhistas.
   As entidades querem que todas as denúncias e os "indícios de irregularidades" no processo de contratação de intercambistas e de médicos brasileiros sejam apurados pelo Ministério Público Federal, pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pelo Supremo Tribunal Federal.

  (10), o MPT ouvirá o depoimento da médica cubana Ramona Rodriguez, que abandonou o programa na semana passada, alegando que recebia menos de 10% do valor pago aos médicos inscritos individualmente.
Amanhã 

  Desde o lançamento do programa, em julho do ano passado, as entidades médicas defendem que a solução para a falta de profissionais em regiões carentes é a criação de uma carreira federal, semelhante à dos magistrados, para médicos do Sistema Único de Saúde, além da estruturação dos locais de atendimento.

   Os profissionais inscritos individualmente no programa recebem bolsa formação no valor de R$ 10 mil para trabalhar na atenção básica de regiões carentes que não conseguem atrair médicos. Eles não têm vínculo empregatício com o Ministério da Saúde, pois, segundo a pasta, participam de uma especialização na atenção básica, nos moldes de uma residência médica.

   Já os cubanos, que são 5.378 dos 6.600 profissionais do programa, chegam ao Brasil por meio de um acordo entre os governos dos dois países, intermediado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O governo brasileiro faz o pagamento à Opas e a organização repassa para Cuba, que fica com parte da verba.

Familia de Caiado mantém trabalho escravo em suas fazendas :

http://reporterbrasil.org.br/2010/08/fazenda-de-primo-de-ruralista-mantinha-trabalho-escravo/ Fazenda de família de Ronaldo Caiado mantém trabalhadores escravizados.

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/09/os-escravos-do-ruralista-caiado.htmlOs escravos
de Ronaldo Caiado.

http://www.brasildefato.com.br/node/1482 Familia Caiado e seus escravos nas Fazendas.

http://mateusbrandodesouza.blogspot.com.br/2013/09/ronaldo-caiado-e-contra-o-trabalho.html Ronaldo Caiado votou contra a PEC do Trabalho Escravo.


Texto de Fernando Britto, do Tijolaço:

CFM quer que cubanos “escravos” deixem de atender doentes e sirvam cafezinho para “médicos livres”


Chega a ser nojenta a notícia de que o Conselho Federal de Medicina fará uma campanha entre os médicos brasileiros para que ofereçam “empregos administrativos” em seus consultórios e hospitais para os médicos cubanos que “desertem” e abandonem seus postos de atendimento na periferia e no interior do Brasil.
— Vamos dar apoio aos cubanos, mas eles não poderão trabalhar como médicos. Primeiro, eles terão de buscar refúgio e asilo em embaixadas não alinhadas ideologicamente com Cuba. Enquanto isso, com a rede de 400 mil médicos brasileiros, vamos conseguir contratos de trabalho administrativo, para que eles então tentem o Revalida — afirmou neste domingo o presidente do CFM.
O que estes “doutores” querem? Não se contentam em ser desprezados pelo povo brasileiro, querem levar as pessoas pobres que viram um médico pela primeira vez na vida, de volta ao abandono total?
Afinal, quem quer reduzir quem à condição de escravos, de seres inferiores e incapazes senão de servir aos senhores?
Vão lhe servir cafezinho e vocês tolerarão, por isso, que usem a roupa branca?
Vão ser os seus “negrinhos”? Como aquela imbecil que disse que as médicas cubanas tinham cara de “empregada doméstica”.
E que beleza, não é, nem direitos trabalhistas terão, porque não têm visto de trabalho no Brasil para nada senão o que são: médicos de família, doutores em medicina social.
Ou será que os estão provocando até que um deles, em nome de sua dignidade, lhes esbofeteie?
E aqueles brasileiros que estão lá, onde vocês não querem ir, nem ganhando quatro vezes mais do que os cubanos?
É gente simples, que não tem ninguém que olhe por ela, que suplica, implora , se ajoelha, até, para que se cuide de um filho doente.
Os dirigentes destas instituições não fizeram o Juramento de Hipócrates?
Não é possível que tenham prometido nunca  ”causar dano ou mal a alguém.”
A mesquinhez e a crueldade de parte da elite brasileira chegou ao extremo.
Já não lhes basta viver na abundância: é preciso que os pobres morram na doença e no abandono.

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