A injustiça avança hoje a passo firme. Os tiranos fazem planos para dez mil anos. O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são. Nenhuma voz além da dos que mandam. E em todos os mercados proclama a exploração: isto é apenas o meu começo. Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem: Aquilo que nós queremos nunca mais o alcançaremos. Quem ainda está vivo nunca diga: nunca. O que é seguro não é seguro. As coisas não continuarão a ser como são. Depois de falarem os dominantes Falarão os dominados. Quem, pois ousa dizer: nunca? De quem depende que a opressão prossiga? De nós. De quem depende que ela acabe? Também de nós. O que é esmagado que se levante! O que está perdido, lute! O que sabe ao que se chegou, que há ai que o retenha? Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã. E nunca será: ainda hoje.
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