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sábado, 19 de junho de 2021

Com um extremista de direita elogiador de ditaduras militares e torturadores, além de negacionista e menipulador de fake news, o Brasil sob Bolsonaro chega, oficialmente, a 500 mil mortes pela união da pandemia com a necropolítica e descaso pela vida

 


  Correspondente internacional, o jornalista Jamil Chade chamou atenção para as 500 mil mortes, um número maior do que as baixas de guerra. “Com 500 mil mortos, Covid no Brasil supera guerras e ameaça estabilidade e democracia no país. Mortes no país representam 5 vezes os óbitos em conflitos armados no mundo em 2020.”

Jornal GGN – O Brasil atingiu neste sábado (19) a marca de meio milhão de mortos por Covid-19. O País se tornou o segundo no ranking mundial de mortalidade na pandemia, perdendo apenas para os Estados Unidos, que somam mais de 600 mil óbitos desde o começo da crise sanitária nas Américas, no começo de 2020.

Com 17,8 milhões de casos confirmados e menos de 12% da população brasileira completamente vacinada com duas doses, o ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Marcelo Queiroga, divulgou uma mensagem nas redes sociais lamentando as mortandade e afirmando que trabalha “incansavelmente” para vacinas a todos.

“500 mil vidas perdidas pela pandemia que afeta o nosso Brasil e todo o mundo. Trabalho incansavelmente para vacinar todos os brasileiros no menor tempo possível e mudar esse cenário que nos assola há mais de um ano. Presto minha solidariedade a cada pai, mãe, amigos e parentes, que perderam seus entes queridos”, escreveu.

Candidato virtual ao governo de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) culpou a falta de vacinas pela maior parte das mortes. “Foram 300 mil mortos entre janeiro e hoje. A causa mortis não foi só Covid. Foi falta de vacina causada por um genocida no poder”, escreveu no Twitter.

O governador Flávio Dino, do Maranhão, decretou luto oficial. “Estou decretando hoje LUTO OFICIAL de 3 dias, no âmbito do Maranhão, em face da enorme tragédia representada por 500.000 mortes por coronavírus no Brasil. Todas as vidas são sagradas e o mal não pode ser banalizado. Minha solidariedade às famílias brasileiras.”

Correspondente internacional, o jornalista Jamil Chade chamou atenção para as 500 mil mortes, um número maior do que as baixas de guerra. “Com 500 mil mortos, Covid no Brasil supera guerras e ameaça estabilidade e democracia no país. Mortes no país representam 5 vezes os óbitos em conflitos armados no mundo em 2020.”

A CPI da Covid no Senado já revelou que Bolsonaro deixou de responder a mais de 80 e-mails da Pfizer oferecendo vacinas. O governo federal poderia ter comprado vacinas para metade da população brasileira, em primeira dose, via Covax Facility, mas decidiu comprar apenas 10%. As ações e omissões de Bolsonaro apontam para uma tentativa deliberada de atrasar a saída do Brasil da pandemia.

Relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros apontou para o negacionismo de Bolsonaro, responsável por induzir parte da população a afrouxar os cuidados e se expor à doença. ostentando um tratamento precoce que não existe. “O presidente idealizou a sua mais ousada e infame rachadinha: dividir o país entre cloroquina e vacina. A rachadinha do negacionismo é aposta que gerou resultado: meio milhão de mortos. Até agora.”

Neste sábado (19), mais de 400 cidades em todo o Brasil recebem atos pelo impeachment de Bolsonaro.

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