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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Diante do caso da tentativa da transferência "repentina" de Lula para São Paulo, pergunta-se o quanto pode ser indigno um ser humano em um cargo público? Por Eduardo Ramos



Um dia, esse episódio da tentativa de transferência de Lula para um presídio comum em São Paulo, será narrado em livros de todo o mundo, como um exemplo cabal do uso torpe, vil, do Poder público contra um cidadão.


Do GGN:


Quanto pode ser indigno um ser humano em um cargo público?

por Eduardo Ramos

Tragicamente, o que une essas quatro criaturas, Carolina Lebbos, Moro, Dória Jr. e o juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci, vai muito além de ideologias políticas. Não o é igualmente, o fato de suas falas e ações os colocarem no campo da direita e do antipetismo. Cláudio Lembo e Bresser Pereira, só para citar dois exemplos, fizeram suas carreiras políticas como oposição a Lula e ao PT, em partidos conservadores ideologicamente falando. E nem por isso perderam seus valores, sua ética, seu apego à verdade e ao que é justo – ao contrário, ambos teceram críticas ferozes às elites brasileiras e às nossas classes médias por esse período selvagem de ódio a Lula e ao PT, o fanatismo, as incoerências nítidas em suas falas e seus comportamentos. Do mesmo modo, denunciaram com todas as letras a farsa que representava o julgamento de Lula e todos os crimes e violações às Leis pertinentes à Lava Jato.
O amálgama que une essas quatro autoridades é justamente o oposto da DIGNIDADE mostrada por Bresser Pereira e Cláudio Lembo: é a PERVERSIDADE ABSOLUTA, a perversão do Direito, a prática de desumanidades constantes, a perda de toda e qualquer civilidade, a mais basilar, é o fato de PRATICAREM O DIREITO PENAL DO INIMIGO com ódio e sadismo inomináveis, contra o ex-presidente Lula. Nada pode ser mais INDIGNO no exercício de uma função pública.
Um dia, esse episódio da tentativa de transferência de Lula para um presídio comum em São Paulo, será narrado em livros de todo o mundo, como um exemplo cabal do uso torpe, vil, do Poder público contra um cidadão. Será usado como exemplo do que é o NAZISMO PRESENTE NA POLÍTICA, será usado como um sintoma de uma nação enferma, fraturada, banhada em preconceitos, fanatismo e um ódio feio, pegajoso, fétido…
O que move a GESTAPO BRASILEIRA, nossa Polícia Federal em Curitiba, não é “a falta de condições de cuidarem do prisioneiro Lula”, como alegam em um cinismo acanalhado… – é o ódio!
O que move a juíza Carolina Lebbos, não é um “entendimento racional de que os motivos da Polícia Federal são justos e verdadeiros” (sic…) – é o ódio!
O que move o juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci, não é a justiça, ou o cumprimento da Lei, ou qualquer outra coisa… – é o ódio!
E o que move João Dória Jr., também um suspeito, amigo de Sérgio Moro, a tripudiar de Lula, jogando para a turba que o apoia, não é outro motivo ou sentimento, que não o ódio!
Nos tornamos esse país ENFERMO DE ÓDIO!
Não há nação civilizada no planeta, que não preveja em seus estatutos legais condições mínimas de dignidade a um ex-estadista, um homem público, um ex-presidente do país. Até mesmo pelo óbvio, pela SEGURANÇA de sua vida, por sua integridade física e mental.
A tentativa de hoje, marca mais uma travessia rumo à barbárie, ao que é selvagem, tosco, canalha!
O lado positivo fica por conta do 10 X 1 do Supremo, numa rápida resposta à violência sem limites praticada contra Lula.
Que seja o início de uma virada na omissão imperdoável do Tribunal nos últimos anos.
É como têm dito vários analistas políticos: Não se trata mais de uma “luta pelo poder”, ultrapassamos esses limites há tempos. Trata-se, hoje, de salvar o país do autoritarismo mais canhestro e desumano, da barbárie absoluta, da selvageria, da perda de tudo o que pode nos fazer de novo, um país civilizado.

dra Carolina é a de azul, entre juiz federal Marcelo Malucelli e desembargador federal, presidente do TRF4, Thompson Flores

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