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sexta-feira, 16 de junho de 2017

Bob Fernandes sobre Gilmar Mendes e suas relações com a mídia

Fonte: TV Gazeta


Bob Fernandes/Gilmar critica “Mídias”. E regulação econômica volta a ser tema no Olimpo da Justiça




O ministro Gilmar Mendes critica o "engajamento" e "pressões de parte dos grupos de mídia".

Refere-se à pancadaria em seu lombo depois de ele e o TSE decidirem que Temer fica.

Em entrevista a Mônica Bergamo, da Folha, Gilmar disse: "grupos de Mídia, e setores da Política", quiseram usar o TSE para "cassar o mandato de Temer".


Em 2014, nas dramáticas 48 horas que antecederam a eleição de Dilma, foi intensa a interlocução do mesmo Gilmar com tais "grupos de Mídia".

Então era Gilmar quem pressionava. A revista Veja havia publicado reportagem com Dilma e Lula. Sobre a Petrobras e com o título: "Eles sabiam de tudo".

A Tv Globo não repercutiu a reportagem no seu telejornal noturno. Na mesma noite, hora depois se daria na mesma Globo o debate de encerramento da campanha eleitoral.

Naquelas horas, além da revista Veja -que cobrou os parceiros por se sentir isolada- Gilmar é quem estava na posição de cobrança.

Pouco antes, nos dias quentes do chamado "Mensalão do PT", Gilmar era recebido e saudado como parceiro.

Como até há pouco. Os que agora atacam Gilmar ferozmente o idolatravam enquanto ele era visto como "parça".

Naqueles tempos sentiam-se acuados outros dois ministros do Supremo, não Gilmar.

Então, ambos indagavam e verbalizavam sobre um tema que agora volta a frequentar conversas no Olimpo da Justiça: Regulação Econômica da indústria de Mídia.

Registre-se: em porções do mundo conhecidas como civilizadas, Regulação Econômica no setor de Mídias é algo normal, corriqueiro. Não um instrumento de vingança, revanche.

Para citar apenas o coração do capitalismo: Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha têm instituições e regras para refrear monopólios no setor.

José Roberto de Toledo relata, no Estadão, dados do IBOPE: 56% dos eleitores confirmam que mídias sociais vão influencia-los na eleição presidencial de 2018.

Por essas e outras, nessa disputa pelo monopólio da narrativa, Gilmar Mendes e o procurador Dallagnol estão no Twitter. O procurador Carlos Fernando, no Facebook. Todos expondo, e expondo-se.

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