Pedalada e créditos suplementares são os motivos alegados para o julgamento da presidente Dilma. "Pedalada" foi o subsídio à agricultura no Plano Safra.
Ex-presidentes, governadores, prefeitos fizeram e fazem isso que chamam "Pedalada". Temer "pedalou".
Se na forma em que se deu isso fosse "crime de responsabilidade" deveria valer para todos. Não apenas quando se torna pretexto, e tramado com envolvimento de funcionário do Tribunal de Contas.
Uma gambiarra jurídica para emprestar legalidade a um fim ilegítimo.
Motivos e trama não se sustentam. O que se busca é, com um golpe parlamentar, derrubar a presidente eleita.
Chamam "Conjunto da Obra" o motivo extra-oficial. Que seriam os erros políticos e econômicos cometidos por Dilma.
A Constituição presidencialista não prevê a derrubada de governo por ser ruim. Se e quando medíocre governo quem remove é o eleitor. Nas urnas.
A corrupção provocou protesto de multidões nas ruas e esse seria fator central nesse "Conjunto da Obra".
Depois de 10 anos de acirrado debate no país sobre corrupção, políticos se preparam para afastar quem não é acusada de corrupção pessoal.
Um impeachment iniciado por Eduardo Cunha. Esse sim acusado de grossa corrupção. Assim como tantos dos seus aliados. Isso diante de estrondoso silêncio cúmplice.
Cunha iniciou o impeachment porque Dilma e o PT não lhe deram três votos para salvar o pescoço.
Dilma está sendo julgada antes de Cunha porque isso é parte da tentativa de salvar Cunha. E de evitar o poder de sua língua.
Acusados, citados ou réus por corrupção serem os maiores articuladores do impeachment é uma escancaração.
Com um terço do Senado e Câmara tendo processos para responder na Justiça.
Ter tentado um motivo a cada mês desde a eleição até se chegar às "pedaladas" e demais é prova solar da intenção real.
Há dias a Lava Jato entrou em choque. Risco de não acontecerem delações da OAS e Odebrecht.
Delações que, ao que se noticia, citam não apenas o PT. Envolvem Temer, a cúpula do PMDB, e pessoas ou governos de Serra, Aécio, Alckmin e dezenas de políticos.
Tomar o Poder, e salvar seus pescoços. Por isso, diante do mundo, a encenação dessa gigantesca Farsa.
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