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domingo, 14 de agosto de 2016

“Fora Temer” (agora) pode. “Fora Globo”, jamais

A fala do agente de segurança da Olimpíada é uma aula dos limites da democracia brasileira. Não apenas nos estádios, não apenas em 2016.Em tudo, e há muitas décadas, não pode protesto algum onde “tiver Globo”.
foraglobo
A realidade é uma força maravilhosa.
Expõe, sem discursos, argumentações, teorias ou lá o que seja, a verdade.
A fala do agente de segurança da Olimpíada é uma aula dos limites da democracia brasileira.
Não apenas nos estádios, não apenas em 2016.
Em tudo, e há muitas décadas, não pode protesto algum onde “tiver Globo”.
Não podia nas marchas contra a ditadura, não podia das “Diretas”.
Está bem, reconhecia-se nas conversas privadas que a Globo exercia uma ditadura sobre os rumos políticos do Brasil, mas isso não era coisa para ser dita porque…aí você não aparecia na Globo.
Ia, como disse Leonel Brizola no famoso (e censurado pela Globo) “Muito Além do Cidadão Kane”, para “a Sibéria do esquecimento”.
O sentido “prático” dos políticos, mesmo os de esquerda, fez com que se mantivessem submissos ao poder imperial da Globo.
A todos, Lula inclusive.
Não era “político”, político era acertar-se para ser o novo “favorito”.
Haveria gratidão aos bons tratos, aos favores que merecesse o império.
Como a ilusão que devolveria a ajuda que teve quando os ruinosos negócios internacionais que fez ameaçavam faze-la quebrar, em 2003.
A Globo não é um cão domável.
A Globo é o domador.

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