Shinzo Abe, 1º ministro do Japão, atravessou a Terra e aterrissou no Rio. Fantasiado de Mario Bros.
Temer, o interino a caminho de tornar-se definitivo- ou provisório- de novo escondeu-se das vaias.
Para quem pode e pôde, 16 dias de belos e emocionantes Jogos. Como sabem os que tiveram o privilégio de vivenciá-los.
Surpresa com a desigualdade no Rio, no Brasil? Com a saúde na tanga, a miséria, violência? Só para os muito desavisados. Ou o cinismo de sempre.
A justíssima indignação com o torrar dinheiro público cobra uma recordação: anos 90, muito antes da briga pela Rio 2016.
Manhã de um domingo em Copacabana. Insuflados pelos que faturam bilhões com Jogos e Copas, 1 milhão de cariocas clamando por "Olimpíadas".
O mesmo se viu na Copa. Dezoito estados, governadores, prefeitos e empresários lutaram para ser "sede".
Por isso, e diante dos omissos -ou impotentes-, 12 sedes, não 8 como queria o bando da FIFA.
PT, PMDB, PSDB, PSB etc bancaram a farra dos seus estádios. Pagos pelos eleitores-contribuintes.
Em junho de 2013, multidões em fúria nas ruas, hora da amnésia, do tirar o corpo fora e responsabilizar apenas o alheio.
Acabou a festa. Agora, a real. Dilma responderá ao impeachment no Senado.
Perderia ainda mais votos de senadores, mas ganharia medalha se dissesse de cada um que irá questioná-la o que cada um realmente é e faz.
Temer. Depende da língua de Eduardo Cunha. Que se cassado, só depois do impeachment para evitar retaliações, terá duas opções: delatar ou cadeia.
Empreiteiros ainda decidem. Quem sobrevive e quem morre para a Política.
Ensaio nos vazamentos. Por ora, atingidos todos os grandes partidos. E quase todos os líderes candidatos a 2018.
Marcelo Odebrecht e os seus, Léo Pinheiro e OAS, diante da História.
Escancarar, entregar todos? Desnudar a hipocrisia, aditivo da ignorância, ódio e ferocidade?
Apesar dos gigantescos e graves erros que cometeram, medalha de Diamante se o fizessem.
O resto será seguir na auto sabotagem, alimento do viralatísmo. Que já gania alto na Olimpíada até ser enxotado pela cafajestada dos nadadores norte-americanos.
Vira latas, os nossos, que se imaginam com pedigree. Mas que não latem quando a violência cotidiana é contra milhões de periféricos pobres.
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