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sexta-feira, 27 de maio de 2016

A Golpista Rede Globo articula com o interino e seu bando a extinção da TV Brasil

Sucesso da TV Brasil pode determinar seu fechamento

Por Fábio Lau na Conexão Jornalismo
Ao apostar em um jornalismo plural, democrático, onde todas as correntes de opinião são contempladas, a TV Brasil ampliou seu público e passou a ser vista como a mais importante TV do país no campo da análise política. Mesmo sendo uma TV estatal, onde os recursos disponíveis para produção são infinitamente menores do que as demais, comerciais e com proprietários - embora concessionárias - a TV Brasil cresceu e apareceu. Seu auge ocorre exatamente quando o país vive um momento de instabilidade política com um golpe parlamentar em curso. E é nesta época que o público mais crítico prefere ter acesso a informação diferenciada e de qualidade. Daí ao sucesso de blogs e sites independentes. 

Segundo medições recentes, a TV Brasil não chega a dar um ponto em audiênica durante sua programação - que não passa em TV aberta. Entretanto, especialmente nos jornalísticos - carência maior de qualidade na televisão - a emissora tem se destacado e ampliado o universo de espectadores.

Leia aqui:
Sucateamento e desmonte da TV Brasil já estão em curso - 18/05


Portanto, não chega a surpreender que o presidente Michel Temer tenta interceder, e de maneira arbitrária, no conteúdo jornalístico da emissora. Ricardo Mello, o atual presidente que teria quatro anos de mandato, foi afastado e para o seu lugar será indicado um jornalista cuja ideologia se aproxima do universo liberal dos atuais mandatários que ocupam interinamente o poder.

Em nota, a executiva da Empresa Brasileira de Comunicação, que incorpora a TV Brasil, se manifestou:


"1. O atual diretor-presidente, jornalista Ricardo Melo, foi nomeado pela presidente Dilma Rousseff por meio de decreto publicado no dia 3 de maio de 2016, com base na Lei 11.652/2008, que autorizou a criação da EBC.

2. Em seu artigo 19 a lei prevê que o diretor-presidente e o diretor-geral sejam nomeados pelo presidente da República. O parágrafo segundo do mesmo artigo diz que "o mandato do Diretor-Presidente será de quatro anos".

3. Ao longo do intenso debate público que levou à criação da EBC, firmou-se a concepção de que o diretor-presidente deveria ter mandato fixo, não coincidente com os mandatos de Presidentes da República, para assegurar a independência dos canais públicos, tal como ocorre nos sistemas de radiodifusão pública de outros países democráticos.

4. A EBC tem como missão fundamental instituir e gerir os canais públicos, sob a supervisão do Conselho Curador, composto majoritariamente de representantes da sociedade civil. A lei prevê que caberá também à empresa prestar serviços de comunicação ao governo federal, tais como a gestão do canal governamental NBR e transmissões de atos da administração federal, serviços estes prestados através de unidade específica, a diretoria de Serviços.

Em razão desses fatos, a exoneração do diretor-presidente da EBC antes do término do atual mandato viola um ato jurídico perfeito, princípio fundamental do Estado de Direito, bem como um dos princípios específicos da Radiodifusão Pública, relacionado com sua autonomia em relação ao Governo Federal."


No início deste mês foi divulgada a audiência da TV Brasil. Note que, embora baixos se comparados às emissoras comerciais, o grau de qualidade do público incomoda sobremaneira o governo Temer:




Tela Rural: 0.15
Cozinha Amazônia: 0.16
Visual: 0.10
Hora da Criança: 0.19
Repórter Brasil: 0.15
Repórter São Paulo: 0.10
Hora da Criança: 0.17
Mentes Brilhantes: 0.16
Sem Censura: 0.21
Retratos de Fé: 0.20
Diverso: 0.16
Fique Ligado: 0.17
Estúdio Móvel: 0.15
Repórter Brasil Noite: 0.22
Samba na Gamboa: 0.17
Brasilianas.org: 0.14
Estação Plural: 0.12
Cine Nacional - Centro de Gravidade: 0.11
Brasilianas.org: 0.13
Conhecendo Museus: 0.13

Cada ponto equivale a 69.4 mil domicílios.

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