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sábado, 2 de abril de 2016

"Não ousar é perder-se", afirmava Kierkegaard... Ousemos, pois, defender a Democracia contra a Globo e os fascistas!




É chegada a hora de os autênticos democratas de centro, de centro esquerda e de esquerda unirem-se e avaliarem a oportunidade de promoverem, por sua própria iniciativa, uma profunda reformulação partidária no Brasil.

É o momento, de os autênticos democratas de centro, de centro esquerda e de esquerda considerarem a possibilidade de realizar a fusão dos partidos comprometidos com a preservação da democracia e das conquistas sociais e econômicas construídas ao longo das últimas décadas no Brasil.

Que todos os democratas autênticos de centro, de centro esquerda e de esquerda se unam em uma ampla, mas coerente frente político-ideológica, livre das mazelas das tradicionais organizações partidárias brasileiras e sem que nenhuma corrente política pretenda exercer hegemonia sobre as demais, abandonando práticas que têm marcado a atuação dos atuais partidos, principalmente de esquerda e centro-esquerda brasileiros, o que os têm isolado continuamente.

Reúnam-se trabalhistas históricos e contemporâneos, liberais democratas, socialistas democráticos e social democratas. Convoquem-se os integrantes autênticos do PDT, do velho MDB, os dissidentes do atual PMDB, do PTB, do PT e dos demais partidos da base governista de Dilma Rousseff.

Revivendo a mística do trabalhismo histórico brasileiro, que criou a Petrobras e iniciou o processo de desenvolvimento econômico e social autônomo no país, atrevo-me a sugerir que esta frente político-ideológica atue de forma horizontal, sem caciquismos e sem personalismos, e adote como denominação a sigla MTBR ou MTBU ou seja, Movimento Trabalhista Brasileiro Renovado ou Movimento Trabalhista Brasileiro Unificado.

Será esta uma forma ousada e honesta de compor maioria congressual, evitar o impeachment da atual presidente da República e, passado o furacão, governar o país sem que novos sobressaltos golpistas imobilizem o governo. É preciso construir uma base política e parlamentar firmada em compromissos político-programáticos, extinguindo o toma-lá-dá-cá, o fisiologismo e a compra de apoios, corriqueiros no "presidencialismo de coalizão" e de transação que nos assola.

Os momentos das grandes crises são também os momentos propícios para as grandes decisões e para se dar início à construção de novos e renovados processos políticos e sociais.

Superar a crise em que o país se encontra hoje exige coragem, humildade e disposição para construir um novo pacto de entendimento. Ousemos, pois!

Benedito Tadeu CésarCientista Político e professor aposentado da UFRGS. Fonte: Contexto Livre

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