Bob Fernandes / Olhar crítico e ácido da mídia estrangeira sobre o impeachment e seus atores
Quando presidente do Supremo Tribunal, Joaquim Barbosa foi duríssimo nas condenações do "Mensalão". Muitos militantes do PT o têm como carrasco.
Nesta terça, no Twitter, Joaquim Barbosa recomendou: "Excelente entrevista do jornalista Glenn Greenwald a Christiane Amanpour, da CNN".
Em 2013, com documentos fornecidos por Edward Snowden, Glenn começou a detonar espionagem global feita pelos Estados Unidos.
Glenn ganhou o Pulitzer, maior prêmio do jornalismo norte-americano. Amanpour é célebre por cobrir conflitos em todo mundo.
Goste-se dele ou não, fato é que Glenn, hoje correspondente no Rio, tem sido entrevistado por mídias do mundo afora. Ele aponta a corrupção do PT, mas também diz:
-Todos partidos de centro e direita estão envolvidos com corrupção. (...) Grupos ricos e poderosos odeiam Lula, Dilma e o PT, e não conseguiram derrotá-los nas urnas...
...E "por isso", diz Glenn, "usam mídias poderosas que pertencem a famílias extremamente ricas".
Os mais influentes jornais, revistas e telejornais do mundo têm noticiado e opinado sobre Brasil.
A votação do impeachment, tratada com perplexidade, deboche e desprezo. São apontadas igualmente corrupção no governo e corrupção na oposição.
Enquanto abordam o desastre econômico e corrupção, ressaltam que Dilma "não enriqueceu". E batem na ladroagem dos opositores que a julgam.
No New York Times já se disse: "Honesta, Dilma pode ser afastada por criminosos". Na Der Spiegel, revista alemã: "A insurreição dos hipócritas".
O Irish Times, irlandês: "Brasil escala os palhaços para o impeachment". No inglês Guardian: "Câmara hostil manchada pela corrupção". Muitos mais disseram muito mais.
Nas mudanças de regras e erros de Dilma na economia, a mídia do mundo a criticava. E por aqui eram registradas tais críticas.
Agora, mundo afora Mídias tem criticado a falta de legitimidade dos que querem o Poder. E o que tratam como ameaças "à jovem democracia do Brasil".
Ontem à noite Dilma decidiu ir à ONU amanhã, 21, para assinar os Acordos de Paris. Terá, como demais Chefes de Estado, de 3 a 4 minutos para se pronunciar.
A conferir se em Nova York, em algum momento, Dilma denunciará o que tem tratado como "golpe".
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