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terça-feira, 9 de junho de 2015

A Câmara vota arrocho contra o trabalhador ao mesmo tempo que "promove" a liberdade de impostos para as Igrejas, especialmente as evangélicas neopentecostais fundamentalistas



  " Enquanto se corta gastos e se aumenta impostos, a Câmara aprovou "aumento de isenção tributária para igrejas", em especial "as neopentecostais", relatou o jornal Folha de S. Paulo. Coisa de uns meros R$ 300 milhões...
 " Embutido e aprovado na moita, o artigo "livra da cobrança de impostos comissões que os religiosos recebem" ao recolher dízimos ou contribuições outras de fiéis."

   Segue ótima análise do jornalista e comentarista político Bob Fernandes, em vídeo e em transcrição textual, sobre a onda reacionária e fundamentalista no Congresso, sob a batuta misitificadora de Eduardo Cunha (logo após, apresentamos também um curto artigo do site Brasil 29 sobre a aprovação, feita na moita por Eduardo Cunha, da isenção aos "indispensáveis" "profissionais da fé"):


Câmara: Ajuste fiscal, corte de gastos e... mais isenção para igrejas...


  A Câmara deve votar o segundo turno da Reforma Política. Antes da primeira votação lembramos aqui: só milagre para não ficar pior do que estava.

  O que de mais importante se votou foi inclusão na Constituição do financiamento empresarial para campanhas.

  Eduardo Cunha perdeu na primeira votação: aquela do dinheiro das empresas direto para os candidatos. Ganhou a segunda votação, feita na mão grande, e que destina o dinheiro irá direto para os partidos.

  Dúvidas e polêmica sobre legalidade, e mais: quem e como nos partidos definirá quais candidatos receberão, e quanto? Não fixaram limite para doações.

  Uma lei cheia de buracos e feita às pressas. Tanta imprecisão foi acaso? Vejamos o fruto de outro desejo de Eduardo Cunha. Esse, bem preciso.

  Enquanto se corta gastos e se aumenta impostos, a Câmara aprovou "aumento de isenção tributária para igrejas", em especial "as neopentecostais", relatou o jornal Folha de S. Paulo. Coisa de uns R$ 300 milhões...

  Embutido e aprovado na moita, o artigo "livra da cobrança de impostos comissões que os religiosos recebem" ao recolher dízimos ou contribuições outras de fiéis.

  Templos religiosos, todos, já têm isenções. O que se fez agora foi enxertar benefícios pessoais para profissionais da fé em meio à Medida Provisória 668.

  Multas incidiam sobre as comissões para líderes religiosos, que pagam contribuição à Previdência e Imposto de Renda sobre remuneração.

  Na origem, a MP 668 tratava do aumento de impostos sobre... produtos importados...

  Eduardo Cunha diz que assim, com essa lei, se evitará "desculpas para lavrar auto de infração contra as igrejas"...

  Como ninguém é de ferro, no feriadão Cunha e os seus ... viajaram.

   À frente Eduardo Cunha e Renan Calheiros, 20 congressistas foram para Israel, Moscou e Paris.

   Viagem a trabalho, claro... reunião de parlamentares dos BRICs...etc.

   Em meio ao trabalho rolou o "Lago dos Cisnes", no Bolshoi, em Moscou, o Mar da Galiléia, Jerusalém e Belém. Pelo menos 8 esposas viajaram junto.

  No Waldorf Astoria, em Jerusalém, diárias de US$ 500 a US$ 1.200. Mas Eduardo Cunha tranquiliza a todos:

  -Quem trouxe a esposa, como eu, está pagando por sua conta.

Segue, agora, artigo extráido do site Brasil 29:

NA MOITA: COM APOIO DE CUNHA E MALAFAIA, CÂMARA AUMENTA ISENÇÃO TRIBUTÁRIA DE IGREJAS




A Câmara dos Deputados aprovou uma forma de aprofundar a isenção tributária a igrejas. O benefício foi aprovado na “moita”, incluso no texto de uma medida provisória que não tinha nada a ver com o assunto.

As informações são do “jornaleco” Folha SP.

De acordo com a reportagem de Sofia Fernandes e Valdo Cruz, a isenção foi incorporada no texto da MP 668, que tratava de impostos sobre produtos importados, por intermédio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que é evangélico da Assembleia de Deus.

A medida livra profissionais da fé de cobranças de impostos sobre “comissões” que os líderes religiosos ganham por bater metas de dízimos ou arrebanhar novos fiéis.

Em igrejas evangélicas como a Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, e a Igreja Internacional da Graça de Deus, do missionário R.R. Soares, o pagamento de comissões chegam a R$ 100 mil.

Ainda de acordo com a Folha, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e Robson Rodovalho, da Sara Nossa Terra, também participaram da articulação para incluir o artigo na MP 668.

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