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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Pobre em São Paulo só serve para levar tiro e dar voto? A violência em Pinheirinho






Carlos Antonio Fragoso Guimarães


  Policiais militares despejando, à base da violência, milhares de famílias pobres na comunidade Pinheirinho em São José dos Campos, São Paulo, que há oito anos montaram suas casas em terreno que pertenceria a uma empresa imobiliária falida do especulador financeiro líbano-brasileiro Naji Nahas, principal responsável pela quebra da bolsa de valores do Rio em 1989 e um dos envolvidos com Daniel Dantas no caso Satiagraha.

  O caso ocorrido no último dia 22 de janeiro, um domingo, choca pela truculência aos mais desvalidos em proteção dos interesses dos mais ricos e com o apoio do Governo estadual (há anos nas mãos do PSDB) e a parcialidade da Justiça paulista, que exigiu o feito (embora a Justiça Federal estivesse buscando uma solução civilizada para o caso) e está mais preocupada em abafar a operação do Conselho Nacional de Justiça sobre os milhões desviados, supostamente por desembargadores, que agir, como seria de seu ofício, para proteger a dignidade da pessoa humana. Interessante como um órgão público, como o TJ, mantido com o dinheiro público, venha a se transformar em um clube corporativo elitista. Cabe lembrar que a operação paulista foi em contrário ao que determinava a Justiça Federal, que buscava uma solução para o caso, mas o Tribunal de Justiça do estado do PSDB, em favor do especulador e empresário imobiliário responsável pela queda do prédio Palace 2, Naji Nahas, mandou uma ordem de enfrentamento que exigia passar por cima de qualquer . inclusive ordem federal e que dizia textualmente enfrentar qualquer"óbice que venha a surgir no curso da execução, inclusive a oposição de corporação policial federal".
 Veja agora o vídeo devastador em que o Defensor Público Jairo Salvador, em depoimento histórico, desmonta as mentiras que procuram salvar os fascistas responsáveis pela atrocidade cometida em Pinheirinho e que passavam por determinações judiciais anteriores que proibiam a violência, a vergonha impetrada pelos asseclas fascistas de extrema-direita, com graves denúncias de quem conhecia o processo e esteve presente in loco à ação de extermínio da polícia à mando das elites paulistas:

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