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http://www.geocities.ws/carlos.guimaraes/transpessoal.html
Este nosso site foi elaborado com base em escritos feitos entre dezembro de 1996 a abril de 2007. Possuia (e ainda possui) textos voltados para temas como holismo, mecanicismo, psicologia transpessoal, psicologia holística, entre outros.
Inicialmente, foi pensando e feito para o então livre e mundialmente aceito GeoCities, espaço de divulgação de HPs e textos de livre acesso. Este espaço foi comprado pelo Yahoo e mantido em operação até outubro de 2009. Infelizmente, a ganância mercantilista fez o Yahoo fechar o espaço, deixando milhões de usuários sem acesso para pesquisa ou divulgação de novos trabalhos, alguns dos quais de importância.
Em nosso caso, felizmente, muitas pessoas conseguiram repor alguns dos sites no ar, em suan totalidade (ou quase), entre os quais o nosso "Para Além do Cérebro". Assim, aos interessados, divulgamos a URL de um desses espaços recuperadores onde está nosso trabalho: http://www.geocities.ws/carlos.guimaraes/transpessoal.html
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terça-feira, 28 de setembro de 2010
Memória Extra-Cerebral e Reencarnação
Memória Extra-Cerebral: Evidências a favor da Reencarnação
Carlos Antonio Fragoso Guimarães(Publicado no Boletim GEAE Número 456 de 27 de maio de 2003)http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geae/memoria-extra-cerebral.html
Memória Extra-Cerebral.... É este o termo técnico usado por cientistas e parapsicólogos para as lembranças espontâneas de crianças que, geralmente a partir do começo da fala ao redor dos dois anos, parecem demonstrar recordações referentes a pessoas e fatos existentes ou ocorridas antes de seu nascimento (STEVENSON, 1995; ANDRADE, 1993; SHRONDER, 2001). As crianças não dizem lembrar-se de que vêm tais pessoas ou fatos como envolvendo outras pessoas, mas que são estas pessoas e que vivenciaram pessoalmente estes fatos.
A memória extra-cerebral traz o incômodo paradoxo de que as lembranças narradas (e, em vários casos, posteriormente confirmadas através de documentos, etc.) não foram registradas através da aparelhagem neuro-psicomotora do sujeito que as detêm, mas, a principio, pelo "cérebro" e demais órgãos sensoriais de uma outra pessoa, impreterivelmente morta à época em que a criança espontaneamente narra suas lembranças, muitas vezes referentes a outras famílias e em outros locais que não estão em relação com a família da criança hoje (STEVENSON, 1995; ANDRADE, 1993; SHRODER, 2001). Este fenômeno faz questionar se o modelo mecanicista da mente dominante na ciência não será limitado demais... Pois o fenômeno parece ter um substrato psíquico não necessariamente associado ao sistema nervoso da criança que recorda.
Hoje, a pesquisa da Memória Extra-Cerebral adentra os corredores das universidades. Entre estas, temos de destacar as pesquisas iniciadas pelo Dr. Ian Stevenson na Universidade de Virgínia, Estados Unidos, onde foi professor de Psiquiatria e Psicologia e, mas recentemente, chefe da Divisão de Estudos da Personalidade. A Psychical Research Foundation, da mesma universidade, possui uma revista própria, científica, dedicada a todos os aspectos metodológicos da pesquisa que sugiram a sobrevivência após a morte do corpo físico, incluindo todos os fenômenos parapsicológicos, além dos estudos de casos de Memória Extra-Cerebral. A revista chama-se THETA, não sem razão o nome dado aos prováveis agentes não-físicos causadores de vários dos fenômenos paranormais ligados à teoria da sobrevivência (Poltergeists, Memória Extra-Cerebral, Aparições, etc.). As pesquisas neste sentido realizadas por pesquisadores da Universidade de Virgínia ganhou o nome de "Projeto THETA".
Diversos fatores diferenciais são utilizados como métodos e técnicas de indícios de Reencarnação. Citemos:
1) Experiências de Regressão de Memória Artificialmente Provocadas quer seja através de hipnose ou de relaxamento profundo. Tem o inconveniente de que a sugestão da regressão possa provocar lembranças fictícias ou fantasiosas para atender a expectativa do hipnólogo, mas, ao mesmo tempo, pode atingir realmente instâncias profundas do inconsciente (PINCHERLE, 1990);
2) Regressão de Memória Espontânea. Caso raro em que certas pessoas entram em transe espontâneo e recordam de eventos prováveis de vidas passadas;
3) Memórias Espontâneas. Geralmente ocorrem em crianças e adolescentes que, em dado momento, começam a recordar nitidamente reminiscências ligadas a uma personalidade que elas dizem ser em outro tempo e lugar. Em algumas destas lembranças existem marcas de nascença que, de alguma forma, estão ligados a traumas físicos que elas dizem ter causado a morte na sua vida anterior.
Entre os primeiros investigadores europeus a realizar estudos sobre memórias espontâneas ligadas a marcas de nascença, está o Dr. Resart Bayer, psiquiatra e presidente da Sociedade Turca de Parapsicologia. Fala o Dr. Bayer que "Certos sinais ou marcas congênitas, muito evidentes, como cicatrizes, etc., que não têm explicações dentro das leis biológicas mas que obrigatoriamente têm de ter uma causa" geralmente associadas às lembranças espontâneas em sua quase totalidade ligadas a ferimentos e traumas que causaram a morte em outra vida, e obrigam a ciência a ocupar-se com seriedade destes fenômenos. O Dr. Stevenson publicou um livro, em dois volumes, com mais de mil páginas, com casos documentados de memórias espontâneas ligadas a marcas de nascença (STEVENSON, 1997). Estes casos são muito raros, mas o conjunto de casos levantados por Stevenson e colaboradores não podem ser negligenciados como as melhores evidências a favor da hipótese da Reencarnação.
Bibliografia
Andrade, Hernani Guimarães. Reencarnação no Brasil. Matão, 1993, Casa Editora O Clarim.
Shroder, Tom. Almas Antigas - A busca de evidências científicas da reencarnação. Rio de Janeiro, Sextante, 2001.
Pincherle, Livio et al. Terapia de Vida Passada. São Paulo, Summus Editorial, 1990.
Stevenson, Ian. Twenty Cases Suggestive of Reincarnation. Charlotteville, University Press of Virginia, 1995.
______________ Reincarnation and Biology, vol. 1: Birthmarks; Vol. 2: Birth Defects and Other Anomalies. Esport, Connecticut. Prager, 1997
terça-feira, 21 de setembro de 2010
A hipocrisia fundamentalista
A hipocrisia fundamentalista
Carlos Antonio Fragoso Guimarães
Querem, os fundamentalistas de todos os matizes, impor determinadas formas de interpretar o mundo, de acordo com textos sempre percebidos em modos de adequação de palavras a uma visão de mundo a priori entendida como válida.
Será o capitalismo o ponto perfeito de sistema econômico, destroçando o meio-ambiente e desagregando famílias, países e, em termos individuais, neurotizando pessoas?
Será o discurso cientificista o único válido, reduzindo a complexidade do real a pontos materiais ou o comportamento humano e as relações sociais a números estatísticos em artigos que ninguém lê e que, portanto, não traz nenhum benefício a, no caso do Brasil, pessoas que os pagam com seus impostos?
Será, no meio fundamentalista cristão, que o Deus Abba pai amoroso pode conviver com o Javé ou o Jeová ciumento e violento, "deus" dos Exércitos de uma comunidade guerreira de séculos antes de Cristo?
E será que apenas os que gritam, em pé em praças públicas, "Senhor, Senhor" conseguirão, ao custo de muito gritar, convencer a Deus, a si mesmos e aos demais que estão salvos e poderão salvar?
Obras e coerência baseados no "amai-vos uns aos outros" e no "amai vossos inimigos", consubstanciados no "fazei aos outros aquilo que gostariam que fizessem a vós" vale menos que a idéia de que apenas a fé - em uma imagem antropocêntrica do mais além - pode elevar alguém?
Mas fé baseada em uma mensagem que leve a uma mudança de percepção, que faça ressurgir novos homens e mulheres amorosos que ajam conforme a percepção ética de Deus em tudo, ou "fé" em uma figura humana que, ao que se saiba, nunca falou em culto à própria personalidade e em destuir os que não o aceitam?
No amor a quê? No reconhecimento da irmandade humana universal que se expressa na diversidade ou na luta para uma homogeinização do pensamento segundo dogmas e critérios rígidos do que seria uma "única verdade"?
Na esperança de quê?... De que todos temos em nós a herança de um Ser superior ou a de que nossos "achismos" são os únicos válidos e por isso, deve ser imposto a quem "acha" algo diferente de nós mesmos?
Estas ditas "minorias" parece querer abafar as próprias dúvidas impedindo a voz do diferente. Um dia, dizem, há de chegar o seu “reino”... Repita-se, o “reino de um deus” exclusivista e exclusivo deles..., tão aparentemente humildes mas praticamente arrogantes que são, em tudo!
Só mesmo tendo a certeza de ser salvo viver para lá da morte o que não exemplificam aqui na Terra... Só assim poderiam ser os anjos que substituam os demônios da intolerância que foram aqui, usando de todos os meios e mídias para agrediar e vilependiar idéias e dignidades do "outro" diferente deles mesmos.
É mesmo necessário que disponham da vida eterna para — eternamente e no “reino de Deus” — poderem serem mais que humanos e ressarcir-se do que fazem nesta passagem pelo mundo, vivida “na fé, no amor, na esperança”, enquanto discurso, mas que na prática se movimenta no ódio, na agressão e no terror contra a alteridade e a diferença.
Pode haver maior contradição que pregar o amor empunhando a espada?
domingo, 12 de setembro de 2010
A justiça moderna à antiga, segundo Ruy Barbosa
Sábias palavras de Ruy Barbosa que os advogados, políticos, procuradores gerais ligados ao poder e juízes do Brasil deveriam ler, refletir e aprender:
“De Anás a Herodes o julgamento de Cristo é o espelho de todas as deserções da justiça, corrompida pelas facções, pelos demagogos e pelos governos. A sua fraqueza, a sua inconsciência, a sua perversão moral crucificaram o Salvador, e continuam a crucificá-lo, ainda hoje, nos impérios e nas repúblicas, de cada vez que um tribunal sofisma, tergiversa, recua, abdica.
"Foi como agitador do povo e subversor das instituições que se imolou Jesus. E, de cada vez que há precisão de sacrificar um amigo do direito, um advogado da verdade, um protetor dos indefesos, um apóstolo de idéias generosas, um confessor da lei, um educador do povo, é esse, a ordem pública, o pretexto, que renasce, para exculpar as transações dos juízes tíbios com os interesses do poder.
"Todos esses acreditam, como Pôncio, salvar-se, lavando as mãos do sangue, que vão derramar, do atentado, que vão cometer. Medo, venalidade, paixão partidária, respeito pessoal, subserviência, espírito conservador, interpretação restritiva, razão de estado, interesse supremo, como quer te chames, prevaricação judiciária, não escaparás ao ferrete de Pilatos! O bom ladrão salvou-se. Mas não há salvação para o juiz covarde”.
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sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Filme "Nosso Lar", baseado na obra homônima de Chico Xavier, bate recorde de público em apenas cinco dias.
O filme Nosso Lar bateu, em menos de uma semana de exibição, a marca de 1 milhão de espectadores. É um feito inédito no cinema brasileiro recente e indica que a velha fórmula de filmes de violência gratuita e apelo vazio já ultrapassou o nível de saturamento. O público deseja alento e beleza, esperança e um pouco de reflexão, coisa que raramente se vêem no cinema dos filmes americanalhados de hoje em dia.
Outro filme de sucesso, atrelado à temática espírita, Chico Xavier, que também é o atual recordista de bilheteria do cinema nacional neste ano, chegou ao mesmo resultado em sete dias.
Nosso Lar, do diretor Wagner de Assis, é inspirado em obra homônima de Chico Xavier, e, infelizmente com grande liberdade no resumo do texto original do livro, narra um caso - dentro dos muitos possíveis - de um médico que desperta após a morte em um mundo ao mesmo tempo diferente e semelhante ao nosso. O que, porém, deixa a desejar é o fato de que o filme apela demais para o moralismo evangélico, o que encobre muitas das ações dramáticas e mesmo existenciais encontradas no livro original.
O filme é uma co-produção Brasil-Estados Unidos, unindo, entre outras, a produtora Cinética Filmes, a Globo Filmes e Twenth-Century Fox. A direção de fotografia ficou a cargo do Ueli Steiger, de filmes como "O Dia Depois de Amanhã" e "10.000 a. C". Os efeitos especiais foram efetuados pela equipe canadense da Intelligent Creatures , responsável pelos efeitos de filmes conhecidos, como "Watchemen".
O elenco do filme tenta recuperar parte da falta dramática do roteiro -- que, repetimos, ficou bem longe do clima dramático do livro -- e, em certos momentos, brilha com as atuações de Renato Prieto, Lu Grimaldi, Othon Bastos, Werner Schunemman, Paulo Goulart e outros.